WOM Reviews – Messiah / Skeleton / Atomic Drop / Alkira / Forgery System / Skull Koraptor / Downcross / Moonreflex
WOM Reviews – Messiah / Skeleton / Atomic Drop / Alkira / Forgery System / Skull Koraptor / Downcross / Moonreflex
Messiah – “Fatal Grotesque Symbols”
2020 – High Roller Records
É por isto que gosto de fazer reviews. Como apreciador de música, tão depressa passo do rock melódico para o death metal, como é o caso. Os suiços Messiah apresentam um EP com três temas de metal poderoso, enraivecido, cheio de garra e vocalizações sombrios.Uma produção bem conseguida permite à banda transmitir o seu death/thrash sem falhas. Tem tudo para ser um clássico do género.
10/10
Miguel Correia
Skeleton – “Skeleton”
2020 – 20 Buck Spin
A capa é bem rústica. Como se dissesse, nós somos metal sem merdas e queremos é que vocês se fodam. Até poderia supor que o som fosse, tal como a capa indica, primitivo e sem grandes cuidados. Não é o caso. A produção não deixa de ser algo crua, mas há também bastante poder metálico por aqui, mantendo as coisas no sítio onde devem estar. Um black/thrash energético mas também com alguns repentes de melodia que conseguem encaixar bem – “Catacombs” é perfeito nesse sentido – e que fazem elevar esta estreia auto-intitulada bem para lá do que pensaríamos inicialmente.
8/10
Fernando Ferreira
Atomic Drop – “Mid-Card Purgatory”
2020 – Edição de Autor
A capa da estreia dos Atomic Drop (ou deveremos dizer do projecto Atomic Drop, já que se trata de uma one-man band) é curiosa e enigmática mas mais ainda é a o conceito da banda – Wrestling. Bem, por esta altura já vimos de tudo, porque não também Wrestling? O que interessa é mesmo o som, que neste caso é um thrash/death/black metal (a parte do death é sobretudo devido à abordagem vocal). E ao contrário do que se pode esperar, o resultado é bem acima da média – isto porque a questão das one-man bands fora do reduto black metal não é propriamente esmagadoramente positivo. Groove thrash tradicional, bons solos e boas malhas. Não é preciso mais. Bem, talvez menos samples de filmes, mas isso já é um preciosismo.
7.5/10
Fernando Ferreira
Alkira – “The Pulse”
2019 – Edição de Autor
O groove no thrash é tão essencial como pode ser prejudicial – principalmente quando denota uma certa falta de criatividade. No caso dos Alkira, até lhes faz bem. “The Pulse” é composto por quatro temas que apresentam garra e boa capacidade para todos os que gostam de um bom headbang – “Powertrip” é o exemplo supremo contido neste EP. Ganga da boa que apesar de não ser revolucionária cumpre bem o propósito de manter-nos interessados. Esperamos ouvir mais deles em breve.
7.5/10
Fernando Ferreira
Forgery System – “Demons Among Us”
2020 – Edição de Autor
Novo EP dos italianos Forgery System, que de acordo com os próprios, tocam uma mistura de groove com metalcore. Na nossa opinião tocam thrash metal moderno. Boa energia e um som que tem apenas um pequeno defeito, um volume algo baixo na mistura. A parte boa é que apesar da descrição algo genérica do seu som (por esta altura já é coisa para causar enfado, saber que estamos perante mais uma banda de metalcore), a sua música consegue cativar-nos inclusive na parte da guitarra solo, com uma boa prestação – ouvir a “Theatre Of Basterds”. Ainda há um caminho a percorrer e apesar de alguns tiros dados no pé (“Colourful Worlds” é uma balada inesperada e que não resulta exactamente bem, apesar de alguns bons momentos – solo de guitarra mais uma vez) este é um EP interessante.
7/10
Fernando Ferreira
Skull Koraptor – “Chaos Station”
2020 – Ragnarok Records
Thraaash! Os gregos Skull Koraptor chegam ao primeiro álbum seis anos após o EP de estreia “Dead Ahead”. Entusiasmo latente e uma pegada no old school que até nos faz relembrar as propostas que crescemos a ouvir no final da década de oitenta e inícios da noventa. Esse fulgor nostálgico é sem dúvida a maior arma mas não há razões para desilusões. Ritmos e cavalgadas à boa velha maneira são sempre algo que nos sabe muito bem e nunca está em desuso. Inocente mas divertido. Claro que recomendamos que seja consumido por apreciadores do estilo, já que todos os outros vão-se queixar de certeza. Não sabem o que é bom!
7.5/10
Fernando Ferreira
Downcross – “Current Towards End”
2020 – Cavum Atrum Rex
A Bielorússia não é conhecida pelas suas bandas de Heavy Metal, se bem que isto não inviabiliza que não haja qualidade. Estes Downcross, desde 2015 que editam, espalhando assim o seu “veneno” a todos aqueles dispostos a dar-lhes atenção.
Após dois álbuns editados em 2019, chega-nos agora o EP “Current Towards End”, 4 temas de Black Metal com apontamentos Thrash – e até mesmo Heavy – Metal, sempre numa toada muito próxima dos 90, ainda que adicionando melodias mais “modernas” e actuais.
À primeira, soa um tanto ou quanto estranho, sinceramente, “dar de caras” com apontamentos mais modernos, num trabalho que se crê que esteja assente numa sonoridade mais clássica. Há uma elevada carga melódica, fazendo com que este EP seja de fácil “absorção”. Black Metal melódico, esta é a base da sonoridade da banda. Riffs clássicos, mas com momentos de um Heavy Metal mais tradicional. Não, não são na linha de Iron Maiden, esqueçam! Associado a estes, uma bateria que, esta sim, está assente no género base da banda.
Estão longe de inventar a roda ou de aporetar algo de significativo. Apresentam, isso sim, um trabalho competente q.b., que poderá agradar a muitos fãs da linha mais melódica e “acessível” do Black Metal e a pessoal que aprecia suaves pinceladas de Thrash Metal no seu Black Metal. Um trabalho capaz.
6/10
Daniel Pinheiro
Moonreflex – “Storm In All The Universe”
2020 – Edição de Autor
Pensei muito antes de iniciar esta review. Quem nos acompanha sabe que tento sempre dar um ênfase positivo a todas as nossas análises mesmo quando a música não tem nada de positivo para isso. Mas também fica difícil fazer quando nos aparece algo assim. “Storm In All The Universe” é a estreia dos Moonreflex e soa algo extremamente amador. Um duo composto por Jennifer Tarentini na voz (boa voz, estilo Doro, pena os efeitos de eco em demasia) e Giuseppe Daggiano na guitarra, baixo e bateria. Esta última parte é o grande problema. A bateria é claramente programada. E mal. O baixo não se ouve e parece que fica apenas a guitarra com um som sofrível. As música valem exclusivamente pela voz, sendo que instrumentalmente há alguns leads e solos engraçados, mas não mais que isso, não restando mais nada de positivo a dizer sobre este álbum de estreia. Não deveria ter sido apresentado ao público, tão simples quanto isto.
3/10
Fernando Ferreira