WOM Reviews – New Horizon / Ronnie Atkins / Radioactive / STS
New Horizon – “Gate Of The Gods”
2022 – Frontiers Music
Os New Horizon são uma ideia da multi-instrumentista Jona Tee, que também é membro dos H.E.A.T., muito influenciado por bandas de heavy power metal como os Helloween, Hammerfall e Edguy. Para realizar um sonho duradouro, ele começou a escrever músicas para seu próprio projeto de power metal. Originalmente, era para contar com a participação de vários vocalistas, mas uma vez que seu ex-companheiro de banda, Erik Grönwall, fez uma primeira participação nas faixas vocais, logo ficou definido que seria ele a dar voz em todas as faixas. De resto o baterista Robban Bäck (Mustasch) dá por ali uma base sólida, e para os solos de guitarra Sam Totman (DragonForce), Love Magnusson (Dynazty), Dave Dalone (H.E.A.T), Niko Vuorela (Temple Balls) e Laucha Figueroa foram responsáveis. “Gate Of The Gods” dos New Horizon é um álbum de power metal maravilhoso, bem produzido, que cresce a cada audição, dando a descobrir sempre novos pormenores. Jona e Erik conseguiram criar um enredo musical de power metal tradicional com fortes melodias e refrões cativantes, de forma simples, mas eficiente.
10/10
Miguel Correia
Ronnie Atkins – “Make it Count”
2022 – Frontiers Music
Sou um enorme admirador de Ronnie Atkins A e dos seus Pretty Maids, desde sempre. Já tive o privilégio de poder fazer uma entrevista com ele, num momento em que nunca esquecerei, uma vez que foi tempos depois de ter sido tornada publica a sua condição de saúde, não foi fácil de gerir, mas naquele momento senti ali que estava na presença de alguém com muita garra e determinação. E é isso que Ronnie Atkins traz para as suas músicas e que aliadas a paixão pela mesma faz com que tudo seja fácil. “Make It Count” está aí, após o brilhante “One Shot”. Gravado com a mesma banda de músicos e o mesmo produtor Chris Laney e não querendo ser parcial, sinto que é tudo muito glorioso, ouvir músicas dentro daquele habitual e pesado rock melódico com umas pitadas de AOR de alta qualidade vinda da voz de Pretty Maids. Uau!
10/10
Miguel Correia
Radioactive – “X.X.X.”
2022 – Frontiers Music
Os Radioactive começaram em 1991, tendo como mentor o guitarrista, compositor e produtor sueco Tommy Denander e “X.X.X.” é o quinto álbum e o primeiro novo lançamento desde 2015. Tal como acontece com os álbuns anteriores da banda, “X.X.X.” apresenta uma lista impressionante de vocalistas convidados emprestando os seus talentos vocais: Robin McAuley, Robbie LaBlanc, Jerome Mazza, Clif Magness, Christian Ingebrigtsen e Daniel Byrne. Tommy também trouxe um convidado muito especial, nada mais nada menos que o renomado produtor Mutt Lange (Def Leppard, AC/DC), que co-escreveu duas faixas, “Move It” e “I Have A Dream”, com Tommy e Olle Romö e também forneceu os “backing vocals”. Erik Grönwall (ex-H.E.A.T.) também contribuiu para a escrita de “I Have A Dream” e o resto das faixas foram escritas por Tommy e Olle Romö, que também tocam bateria no álbum. Baterias adicionais são fornecidas por Neil Anami com todos os outros instrumentos (guitarra, baixo e teclados) a cargo de Tommy. “XXX” é um álbum incrível, revelador da excelente forma de Denander e revelador da sagacidade em misturar os elementos mais importantes do hard rock melódico: melodia e harmonia da música, ritmo e groove de rock cativantes. Sem reparos…
10/10
Miguel Correia
STS – “C’mon ‘n’ Rock”
2022 – Edição de Autor
Os STS Paranoid, são uma das muitas referências na história do hard ‘n’ heavy nacional e decidiram, e bem, relançar o mítico tema “C’mon ‘n’ Rock”, pela mão de dois elementos originais dos agora STS, que são Orlando Matias, guitarra, teclas e “backing vocals” e João Henrique, voz, baixo, guitarra, “drum programming”, “backing vocals” e responsável pela cuidada mixagem. Dedicada a todos os fans da banda e àqueles que por ela passaram na sua formação, a nova versão de “C’mon ‘n’ Rock”, a que eu chamo de 2022, soa como se fosse uma música nova. Ela está sublime, e exemplarmente trabalhada para soar como está. Heavy Metal no seu melhor, com um refrão que fica facilmente no ouvido e que mantem incluída gravações do publico, aclamando pelos STS, numa das muitas atuações nos anos 80. Ainda neste processo surgem dois convidados especiais que são Luís Fernando, responsável pelo solo e Frank Phillips, “backing vocals”. Confesso que senti uns arrepios quando comecei a ouvir “C’mon ‘n’ Rock”…viajei no tempo, relembrei as poucas vezes que tive oportunidade de os ver, nos meus 15 ou 16 anos, e com isso aqueles tempos, agitados, em que se vivia tudo a correr e que ainda hoje me fazem estar aqui a fazer tudo isto. São momentos que marcam e ficam connosco para sempre!
10/10
Miguel Correia
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