WOM Reviews – One Desire / Axel Rudi Pell / Big City / Witchfynde / Peter H Nilsson / Heaven & Earth / Toby Hitchcock / Fargo
WOM Reviews – One Desire / Axel Rudi Pell / Big City / Witchfynde / Peter H Nilsson / Heaven & Earth / Toby Hitchcock / Fargo
One Desire – “One Night Only – Live In Helsinki”
2021 – Frontiers Music
A banda One Desire tem dois grandes e poderosos álbuns no seu catálogo e para quem não os conheça ao ouvir este disco ao vivo ficará com a ideia de ter perdido o seu tempo.
Por aqui desfilam aquelas que são sem dúvida das suas melhores músicas, numa demonstração de qualidade indiscutível a todos os níveis para além de deixar uma sensação diferente daquela a que estamos habituados com lançamentos ao vivo, que é a de que estas músicas estarem a soar ainda melhor do que em estúdio! Fãs de rock melódico…A NÃO PERDER!
10/10
Miguel Correia
Axel Rudi Pell – “Diamonds Unlocked II”
2021 – Steamhammer/SPV
Catorze anos depois, aqui está a segunda parte de uma colecção de covers por parte do mestre Rudi Pell e é mais um conjunto fantástico de temas que o guitarrista e a sua banda transforma como seus. Nem todos são propriamente conhecidos ou pelo menos imediatos – o que é bom na minha opinião, é sempre uma forma de ampliar o conhecimentos. E todos eles, apesar das suas diversas proveniências conseguem manter uma linha condutora que nos parece que é um álbum típico da banda alemã. Temas universais como “Paint It Black” ou “I Put A Spell On You” soam como se tivessem sido nascido pelas mãos talentosas de Axel Rudi Pell e a sua equipa talentosa. E claro que também teremos que referir a voz de Johnny Gioeli, que será sempre uma das peças fulcrais deste conjunto.
8.5/10
Fernando Ferreira
Big City – “Testify X”
2020 – Argento Records
Os Big City, são uma banda de rock/metal melódico da Noruega, que facilmente pode captar aquela franja de fans de nomes como os Firewind, Queensrÿche, Magnus Karlsson’s Free Fall, Europe, Fair Warning e afins.
A banda, foi originalmente criada pelo guitarrista e compositor Daniel Olaisen que tinha em mente usar uma grande quantidade de ideias armazenadas ao longo de anos de inspiração, onde proliferam músicas e riffs de guitarra influenciados pelo metal dos anos 80.
Frank Ørland, que também tocou com Daniel nos Scariot (banda prog/thrash/pesada com membros dos Communic e dos Spiral Architect), foi uma escolha óbvia para segundo guitarrista. Frank Nordeng Røe (Withem, Maraton, baterista de estúdio dos Circus Maximus e Leprous) surge como responsável na bateria, depois de ter sido descoberto por Daniel através de algumas pesquisas na internet. A banda ficou completa com Jan Le Brandt nos vocais, entretanto substituído por Jørgen Bergersen e Geir Inge Olsen, como baixista de sessão. “Testify X” é um disco muito interessante que certamente não terá o rotulo de ser mais um!
9/10
Miguel Correia
Witchfynde – “Give’em Hell”
1980 / 2021 – High Roller Records
Clássico álbum de estreia dos Witchfynde, representativo de toda a ingenuidade de uma era, de um descobrir pelo hard’n’heavy. “Give’em Hell” não será o trabalho mais emblemático da banda britânica mas é representativo de ter algo especial, um certo je ne sais quoi. Seja pela simplicidade, pela som orgânico ainda que bastante cru e primitivo ou pelo espírito de aventura que vai para além da fórmula heavy metal que estava cimentada por nomes como Deep Purple, Black Sabbath, Led Zeppelin, Judas Priest e Motörhead. Isso sente-se sobretudo num tema como “Unto The Ages Of Ages”, um épico de oito minutos que entra por caminhos psicadélicos. Poderá não ser tão memorável como o próximo álbum “Stage Fright”, lançado no mesmo ano, mas é um clássico a ter na colecção de vinil e CD de qualquer fã de música pesada que se preze. Ainda para mais temas bónus.
8.5/10
Fernando Ferreira
Peter H Nilsson – “Sign Of Myself”
2021 – AOR Heaven
É inegável o cheirinho à década de oitenta que temos por aqui e correndo o risco de me repetir – já o disse por algumas ocasiões – não se trata de cheiro a naftalina. Claro que quem não aprecia do bom hard rock melódico ou rock FM, vai sempre encontrar motivos para não apreciar. A sonoridade clássica que já tinha sido evidenciada na estreia há três anos atrás está de volta e com ela também onze temas com refrões e melodias apuradas. Uma classe que facilmente nos conquista apesar de algumas escorregadelas devido ao alto teor de oleosidade detectado em temas como o tema-título.
8/10
Fernando Ferreira
Heaven & Earth – “V”
2021 – Frontiers Music
Os Heaven & Earth ganharam corpo enquanto projeto internacional com uma cantora italiana de nome Gianluca Petralia, um teclista húngaro George Barabas e três britânicos (Stuart, Simon Wright e Lynn Sorensen). Agora, mais um passo é dado e Smith e companhia surgem com aquele que é o quinto álbum de estúdio, apropriadamente intitulado “V” e sem Petralia nas vozes.
A banda continua a sua tradição clássica de hard rock melódico, com o belo trabalho de guitarra de Smith como peça central. No entanto, esse não é o único fio comum em muitas músicas, pois o órgão Hammond de Barabas, ocupa muitas das vezes as atenções do ouvinte, soando ao lado dos práticos solos de guitarra de Smith. Sem deslumbrar é um disco que recomendo e que não desaponta!
8/10
Miguel Correia
Toby Hitchcock – “Changes”
2020 – Frontiers Music
“Changes” é o terceiro álbum solo do vocalista dos Pride of Lions, Toby Hitchcock e a sua sonoridade é naturalmente familiar, pois segue uma linha musical bastante próxima daquilo que é feito pelos Lions. A voz de Toby é daquelas que se encaixa perfeitamente no estilo AOR/ Rock melódico e quando assim é tudo soa bem, tudo flui de forma fácil e “Changes” é muito do mesmo. Com ele surge o também produtor Alessandro Del Vecchio, que escreveu e produziu o álbum, além de tocar baixo e teclado e de fazer todas as vozes dos coros.
8/10
Miguel Correia
Fargo – “Strangers D’Amour”
2021 – Steamhammer/SPV
Este poderá ser um trabalho um pouco para o taboo, tendo em conta o estilo musical desta nossa comunidade. “Strangers D’Amour” é um álbum focado no estilo de hard rock de “vou curtir a vida mas de uma forma bastante normal” que lembra um pouco aquela ideia de música de que alguns dos nossos avós mais rebeldes costumava ouvir (não nos esqueçamos que os padrões de rebeldia evoluíram de uma forma um pouco descontrolada). Para mim, este é um trabalho mais fora de tempo (negativo) do que deslocado de tempo (positivo) porque parece estar a desenvolver uma tentativa de criar algum hino inesquecível de rock dos anos 70/80, como AC/DC se fossem mais bem-educados e cumpridores das regras morais e sociais, em 2021… e com pouca medida de sucesso. Num todo, o álbum tem o ocasional trabalho de guitarra interessante, mas no geral o ambiente musical sente-se bastante antiquado e aborrecido. Posso ser eu que simplesmente não tenho ouvido para este estilo de hard rock, mas não consigo recomendar este álbum. É hard rock sem ponta cortante.
5/10
Matias Melim