Review

WOM Reviews – Seven Spires / Crimson Bridge / Bryan Eckermann / Vanhelga

WOM Reviews – Seven Spires / Crimson Bridge / Bryan Eckermann / Vanhelga

Seven Spires – “Gods Of Debauchery”

2021 – Frontiers Music

De Boston, Estados unidos, para um mundo, surgem os Seven Spires. Formados em 2013, o quarteto planeou o lançamento de uma trilogia sonora conceptual, que se apresentou através de “Solveig”, em 2017, seguido de “Emerald Seas” em 2020 e “Gods of Debauchery”, é assim o terceiro trabalho.

Eu não os conhecia, no meio de tanta coisa, naturalmente passou ao lado e nem tempo tive para tomar o devido conhecimento às duas partes que antecedem este lançamento, mas aqui o que me foi dado a ouvir é uma combinando elementos sinfónicos, fortes, progressivos, por vezes obscuros, de influências de black, death metal, que por vezes nos parece abraçar em momentos mais tranquilos e emocionais, executados com uma habilidade… única. São dezasseis temas épicos, que merecem toda a nossa atenção.

9/10
Miguel Correia

Crimson Bridge – “In Pitch Black”

2021 – Edição De Autor

Os Crimson Bridge fazem-nos recuar uns anos. Fazem-nos pensar naqueles tempos em que o death metal melódico começava a estar outra vez na ordem do dia mas graças a uma abordagem moderna chegou a um público e geração mais nova. E o que é interessante no seu som é terem pormenores que são mesmo tradicionais, tornando assim esta estreia muito interessante mesmo que se sinta que o que está aqui é apenas o início de algo que promete ser maior. É o início mas com valor suficiente para nos deixar em sentido e sobretudo com atenção em relação ao que se seguirá.

8/10
Fernando Ferreira

Bryan Eckermann – “Plague Bringers”

2021 – Edição de Autor

Designação não recomendada para um projecto de black/death metal melódico. Não só lhe retira mística – porque quer queiramos ou não, neste estilo, a componente conceptual está sempre ligada a algo fantasiado e ter um nome “comum” à frente destroí isso um pouco – como também leva ao engano. Falo por mim, quando peguei nesta promo, sem qualquer tipo de informação (porque prefiro que sempre que possível seja a música a falar primeiro) pensei que se tratasse de algo progressivo ou de um trabalho instrumental. O que é pena porque o talento de Eckermann é enorme, não só a nível de composição como de composição – e provavelmente produção. A sonoridade vai buscar o feeling clássico da música extrema quando a mesma tentava ir por caminhos mais melódicos. A voz será o calcanhar de aquiles, não por não ser boa mas por falta de variação, podendo cansar ao final de alguns tempos. Principalmente tendo em conta que o trabalho ultrapassa uma hora de duração, sendo este o outro ponto que poderá jogar contra si. No lado positivo temos a música que realmente é boa e vai agradar a quem não resiste ao elemento épico e melódico aliado ao black e death metal. No geral, uma boa surpresa e um chamariz para o resto da sua discografia que mantém um álbum lançado por ano desde 2014 – 2017 não editou nenhou mas em 2015 teve dois. Portanto, a conhecer mais a fundo.

8/10
Fernando Ferreira

Vanhelga – “Enfin Morte”

2021 – Cult Of Parthenope

Quem olha para os Vanhelga pensa logo em black metal agreste e frio. Essa presunção poderá levar a alguma surpresa para quem for ouvir o seu som. E quem começar por este EP poderá ficar até algo confuso. Em cinco faixas a banda consegue apresentar outras tantas completamente distintas. Começa com uma espécie de pós-black metal arraçado de shoegaze (“Skulig Samhörighet”), depois passa para um black metal melódico (mas bruto) à la And Oceans… (“Totalt Jävla Ursparad”), indo para algo mais depressivo, na onda de um trip hop orgânico (“Dagar Som Denna”), para depois passar para um black metal mais agressivo e macabro (“Time Is Cancer”) e terminando com uma abordagem indie rock que parece que caiu do espaço mas até faz todo o sentido (“Finally Dead” – e a conjugação da atmosfera meio alegre com as letras é brilhante). Não é um EP normal mas é um lançamento que vai cativar ou estranhar o suficiente para ir averiguar o resto. Se assim for, prova superada.

6.5/10
Fernando Ferreira

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