Review

WOM Reviews – Sojourner / Seven Spires / Cathubodua / Aether Realm / Constraint / Horrorwish / Exess / Rising Sunset

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Sojourner – “Premonitions”

2020 – Napalm Records

Já não há palavras que tenha para descrever os Sojourner. Capacidade para escrever grandes temas e claro de os conjugar de forma perfeita num álbum. Tenho que confessar, nas primeiras audições, não fiquei convencido, principalmente com os primeiros temas. No entanto, estamos a falar dos Sojourner, não é? “The Shadowed Road” teve um impacto grandioso o suficiente para que lhe dessemos o benefício da dúvida e não nos arrependemos, porque a cada audição pudemos sentir que o mesmo cresceu bastante de poder, mesmo que mantenhamos a opinião de que a segunda metade do disco é de longe superior à primeira. No geral “Premonitions” poderá não ser tão esmagador como o segundo álbum mas prova que esta é uma daquelas bandas que não tem como lançar um mau álbum.

9/10
Fernando Ferreira

Seven Spires – “Emerald Seas”

2020 – Frontiers Music

Uma abertura arrepiante! “Igne Defendit” é uma clássica abertura para um álbum de metal sinfónico, muito cinematográfica e é disso mesmo que se trata este disco. “Emerald Seas” é uma obra prima, cheio de estilo, cheio de personalidade com incursões pelo death metal, majestoso cheio de power! Este álbum é uma experiência que vale a pena ter e ouvi-lo com toda a atenção para não deixar escapar os pequenos detalhes presentes nos arranjos de cada música. Não deixem escapar este disco, pois com tanta oferta acredito que muitos de vocês não lhe deem a atenção merecida!

10/10
Miguel Correia

Cathubodua – “Continuum”

2019 – Massacre Records

Os lugares comuns não são um bicho papão. Pelo menos para nós. Muitas das vezes até nos ajudam, dão-nos indicação daquiloque a banda quer mostrar e vão muitas vezes ao encontro daquilo que os fãs querem. Dito isto, percebemos que esta estreia dos belgas Bathubodua poderá parecer que abusa dos lugares sem trazer nada de novo para o chamado metal sinfónico, espectro que já é por só bem vasto. “Continuum” mostra que a banda associa orquestrações luxuosas com uma enorme voz (cortesia de Sara Vanderheyden) com tiques folk, power e gothic metal. “Hero Of Ages” é uma boa representação e temos aqui muitos outros temas que evidenciam todo o seu poder. Apesar de serem quinze temos, chegamos ao final com tanto entusiasmo como quando começámos. Queremos mais.

9/10
Fernando Ferreira

Aether Realm – “Redneck Vikings From Hell”

2020 – Napalm Records

Este título até poderia antecipar algo mais em bruto mas não, a estreia dos Aether Realm na Napalm Records até podemos dizer que os mostra bem aprumadinhos. Demasiado talvez. A forma como o folk se funde com alguns tiques de metal sinfónico também não é apresentada da melhor forma, havendo por aqui algumas escorregadelas épicas – “Guardian” é uma delas, completamente dispensável. Apesar desses pontos menos bons que diminuem o impacto de “Redneck Vikings From Hell”, o álbum tem certamente pontos positivos e no geral cumpre perfeitamente a sua função de entreter.

7/10
Fernando Ferreira

Constraint – “The Tides Of Entropy”

2020 – Edição de Autor

Metal sinfónico tem as costas largas, muito largas. Várias vertentes do metal pode ser considerada como sinfónica e no caso dos Contraint, é uma sonoridade mais moderna, com recurso a elementos onde costumamos encontrar mais no metalcore (por exemplo) ou alternativo. Não é no entanto esta a principal característica dos Constraint. Para ser completamente justo, a banda italiana vai beber a muitas outras fontes mas é mesmo a voz de Beatrice Bini que é o elo de ligação entre tudo isto que o fio condutor ao longo de pouco mais quarenta minutos. Interessante e recomendado aos fãs absolutos do género.

6.5/10
Fernando Ferreira

Horrorwish – “No Place To Hide”

2020 – Edição de Autor

Horrorwish inicia aqui o seu caminho com este álbum de estreia. Antes de mais convém dizer que se trata de uma one-man band e que a sua sonoridade, apesar de muito pouco ortodoxa, anda pelos campos do metal gótico, bastante avantajado em termos de peso. A aproximação ao heavy metal também é notória embora seja feita, como já disse, de forma bastante pouco ortodoxa. Apesar do esforço que é notório, há duas coisas que limitam o alcance. Para já trata-se de um álbum longo demais, que nem sempre consegue manter os níveis de interesse. E depois há a barreira que se ergue devido a ser, claramente, uma produção caseira – começando logo pela capa. Interessante, sem dúvida, mas para chegar mais longe, é necessário mais.

5.5/10 
Fernando Ferreira

Exess – “Deus Ex Machina”

2020 – Fastball Music

Damos as boas vindas aos Exess à World Of Metal, eles que nos visitam com “Deus Ex Machina”, um trablho que mostra em como o gótico e o alternativo andam bem de mãos dadas. Conjunto de canções ricas e dinâmicas e que nos deixam uma boa impressão, embora, tenhamos que admitir, não tenha sempre o punch necessário ou sequer a capacidade para serem memoráveis. Audição agradável contudo, principalmente para quem espera algo mais suave. Para chatear esses, há a excepção de “Nothing Is Left”, um tema bem pesado e que mostra que há muitas opções de caminho em termos criativos. Boa surpresa também a cover Tashmin Archer, “Sleeping Satellite” para trazer nostalgia.

6/10
Fernando Ferreira

Rising Sunset – “De Mysterium Tenebris”

2020 – Wormholedeath

Aos primeiros instantes de “De Mysterium Tenebris”, o terceiro álbum dos Rising Sunset, parece-nos que estamos numa outra época. Já diversas vezes falei disto aqui, do efeito nostálgico. Algumas vezes de forma positiva, outras nem por isso. Porque há várias fases da nostalgia. Há a nostalgia positiva, aquela que nos relembra uma certa inocência, e há a nostalgia negativa, daquela que nos faz recordar quando a inocência se começa a perder. Os Rising Sunset andam na fronteira entre os dois. Death/black melódico, onde os teclados são o centro das atenções, com as vocalizações alternadas entre o gutural e a voz mais rasgada. A nostalgia é boa mas as músicas acabam por não ser marcantes o suficiente para que não seja mais um impacto nostálgico. Ainda assim vale umas rodagens.

6.5/10
Fernando Ferreira

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