WOM Reviews – Them / Unleash The Archers / Mentalist / The Lightbringer Of Sweden / Desdemona / Primal Fear
WOM Reviews – Them / Unleash The Archers / Mentalist / The Lightbringer Of Sweden / Desdemona / Primal Fear
Them – “Return To Hemmersmoor”
2020 – Steamhammer / SPV
Os Them estão de volta com o seu heavy metal thrashado (que basicamente equivale ao power metal norte-americano onde os Iced Earth são uma boa referência) e é também o regresso da trilogia que começou no primeiro álbum “Sweet Hollow”. Confesso que apesar de gostar de álbuns conceptuais, este não é o seu principal atractivo – fruto de os analisar apenas pela música unicamente e sem ter acesso às letras. E é a música que domina por completo a nossa atenção. Riffs marcantes, melodias vocais e, claro, grandes solos de guitarra. “Free” e “The Thin Veil” são excelentes exemplos desta classe que é esbanjada ao longo de quase cinquenta minutos.
9/10
Fernando Ferreira
Unleash The Archers – “Abyss”
2020 – Napalm Records
Assim que se vislumbrou no horizonte ter de fazer a review dos Unleash The Archers, houve uma certa melancolia a instalar-se. Não que a banda me cause algum tipo de alergia sentimental mas porque estes novos temas poderiam estar a ser descobertos ao vivo, caso o Vagos Metal Fest se tivesse realizado. Esse sentimento não melhorou após efectivamente ter ouvido “Abyss”, que é monstruoso! No melhor dos sentidos. A mistura entre diversos géneros já é uma marca registada – sendo que é o entusiasmo power metal vitaminado que acaba por sobressair. O entusiasmo de canções como “Legacy”, “Return To Me” e “Soulbound” são uma boa representação do que podemos ouvir aqui e também de temas que adoraria ver ao vivo. Bem, não temos a música ao vivo mas pelo menos, e por enquanto, ainda a podemos ouvir agora. O tempo poderá provar ser exagero, mas por enquanto a convicção é de que este é um dos seus melhores.
9.5/10
Fernando Ferreira
Mentalist – “Freedom Of Speech”
2020 – Mentalist Records / Pride & Joy Music
Os Mentalist são uma banda de metal melódico de Saarbrücken, Alemanha, fundada em 2018 com uma sonoridade baseada num power metal melódico com um toque levemente progressivo. A música é definida através de uma infinidade de melodias de guitarra e linhas de gancho vocais. Suas principais influências vêm de bandas de renome como Iron Maiden, Helloween e Blind Guardian. “Freedom Of Speech” é assim um disco interessante, cheio de momentos muito acima de media, com aquelas guitarras galopantes solos brilhantes e claro que é um nome para manter debaixo de olho.
10/10
Miguel Correia
The Lightbringer Of Sweden – “Rise Of The Beast”
2020 – Edição de Autor
The Lightbringer Of Sweden é um nome que é tudo menos apelativo. Acreditamos que seja por questões de copyright, até porque já existem uns Lightbringer que são canadianos. Temos então uma nova banda que lança a sua estreia discográfica e que evidencia um enorme potencial. Movimentando-se pelo meio do heavy/power metal era previsível encontrarmos uma série de lugares comuns e efectivamente é o que acontece. Felizmente a par disso temos bons temas com refrões memoráveis. A partir do momento em que temos bons refrães e bons solos, não há muito mais que fique a faltar.
8.5/10
Fernando Ferreira
Desdemona – “Lady Of The Lore”
2001 /2020 – Elevate Records
O início do milénio foi tão rico em propostas de power metal que é natural que ainda agora, quase vinte anos depois, ainda esteja a descobrir coisas que foram lançadas na altura. Em minha defesa, os Desdemona nem tinham o nome mais sonante nem tanto tiveram a capa mais apelativa. “Lady Of The Lore” poderá falhar em design mas compensa de forma sonora, com um álbum que não tem medo dos lugares comuns. Aliás, até os empunha com um certo orgulho. Vertente neo-clássica, vocalista com bom poder vocal – ainda que tenha um timbre comum para o estilo na altura. Repescada agora pela Elevate Records, esta estreia poderá trazer alguma justiça para uma banda que terá sido ignorada injustamente.
7.5/10
Fernando Ferreira
Primal Fear – “16.6 (Before The Devil Knows You’re Dead”
2009/2020 Nuclear Blast
Como já vimos aqui, o anterior álbum “New Religion” mostrou um lado diferente dos Primal Fear e aqui “16.6 Before The Devil Knows You’re Dead” (um título que sinceramente nunca percebi) temos exactamente a mesma fórmula embora aqui exista uma consciencialização de que as coisas não terão corrido lá muito bem e que a solução passaria por pegar no seu som de sempre. No entanto não se trata de um trabalho muito superior, com ainda alguns deslizes, principalmente nos temas mais melódicos/sinfónicos que são os temas mais fracos. Ainda assim, ainda conseguimos ter alguns temas memoráveis como “Riding The Eagle” e “Under The Radar”.
7.5/10
Fernando Ferreira
Primal Fear – “New Religion”
2012/2020 – Nuclear Blast
O regresso dos Primal Fear à Nuclear Blast marca também a reedição dos álbuns que a banda editou pela Frontiers Music durante a sua estadia na editora italiana. Este primeiro álbum fora da Nuclear Blast também foi um que foi recebido de forma morna tanto pela crítica como pelos fãs. Isto porque demonstrava ir por caminhos mais sinfónicos, para além do heavy/power metal mais musculado que faz parte da sua identidade desde a génese. Algumas dessas experiências mais melódicas nitidamente não resultaram, mas não deixamos de ter poderosos hinos metálicos bem à tradição Primal Fear. Não sendo propriamente um mau disco, consegue-se perceber o porquê de alguns fãs não terem ficado satisfeitos. Como bónus temos uma versão orquestral da “Fighting Darkness”, uma das faixas mais representativas desta nova orientação
7/10
Fernando Ferreira
Primal Fear – “Live In The USA”
2010/2020 – Nuclear Blast
OS álbuns ao vivo estão completamente banalizados embora se perceba a razão de ainda serem uma aposta comercial por parte das editoras e das bandas, principalmente numa ocasião em que vêm no seguimento de um sucesso que se quer aproveitar. Ora “Live In The USA” é um caso estranho já que o álbum em questão, aqui já analisado também a sua reedição pela Nuclear Blast, “16.6 (Before The Devil Knows You’re Dead”, não é propriamente um dos álbuns mais fortes da banda. Tendo sido lançado inicialmente pela Frontiers, percebe-se o porquê já que este tipo de lançamentos faz parte da sua estratégia base. Não se percebe tão bem é o interesse da Nuclear Blast em reeditá-los. Questões negociais e que provavelmente fazem parte do acordo que levou novamente os Primal Fear à Nuclear Blast. Em termos de interesse, podemos encontrar alguns dos melhores momentos dos álbuns mais recentes (na altura) mas são mesmo os clássicos que nos roubam a atenção, como é expectável. Os fãs vão querer ter mas esses provavelmente também já o têm.
6.5/10
Fernando Ferreira