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WOM Reviews – Vader / Verbal Razors / Dead Tree Seeds / Unsafe / Perfect NME / Hyperia / Red Hour / Poison Asp

WOM Reviews – Vader / Verbal Razors / Dead Tree Seeds / Unsafe / Perfect NME / Hyperia / Red Hour / Poison Asp

Vader – “Solitude In Madness”

2020 – Nuclear Blast Records

Os Vader, a icónica banda Polaca assinala em 2020 os seus 28 anos de carreira com o lançamento do seu 13º álbum de originais ‘Solitude In Madness’. Qual máquina trituradora os Vader são desde há muito tempo verdadeiros mestres da dicotomia Death/Thrash Metal. ‘Solitude In Madness’ é mais uma copiosa descarga de carismático e impiedoso Death Metal regado com a aceleração do Thrash tão característico da banda, onde emergem distintamente os vigorosos e intempestivos riffs e a inconfundível e magnética voz de PiotrPeterWiwczarek o único membro fundador ainda presente na banda. ‘Solitude In Madness’ é mais uma irredutível prova do “bom envelhecimento” dos Vader, uma banda que tem sobrevivido com distinção às “modas” das sonoridades mais pesadas fazendo das suas origens e da sua capacidade de modernização e adaptação as suas maiores virtudes. Não obstante do típico excesso de repetibilidade e carência de originalidade ‘Solitude In Madness’ evidencia ainda assim um assinalável nível de qualidade.

7.5/10
Jorge Pereira

Verbal Razors – “By Thunder And Lightning”

2020 – Edição De Autor

Num resumo muito breve, é um álbum fulminante e poderoso. “By Thunder and Lightning” é um longa-duração rápido e sem preconceitos, apoiando muito da sua sonoridade num thrash metal clássico e afinado, sem grandes delongas. Para além de uma sonoridade rápido, o disco acaba por não ser longo, tendo diversas faixas com pouco mais de dois minutos, apesar das treze faixas cheias de intensidade.

Este é o terceiro álbum de originais dos franceses de Tours, após dois discos de estúdio radiantes e, igualmente, cheios de uma velocidade estonteante que os assemelha aos lendários Municipal Waste. Os doze anos de existência servem para complementar este “By Thunder and Lightning” que irradia um quarteto mais ciente da sua personalidade musical, com marcos como a faixa-título, “Trash”, “Riot” e “Water Drop” – que demonstra o porquê de os franceses serem considerados como uma das boas bandas de crossover / thrash.

8/10
João Braga

Dead Tree Seeds – “Push The Button”

2020 – Music-Records

Thraaaaaaash! Sem tretas, sem grandes invenções, apenas thrashada bruta. Os franceses Dead Tree Seeds podem ter estado sete anos sem lançar nada, mas este álbum mostra que a banda não perdeu nem um bocado de vitalidade. Bons riffs, bons solos de guitarra e, o mais importante, sinceridade e honestidade na forma como a banda apresenta o seu som. Não é preciso muito para sermos felizes e quanto mais simples as coisas nos são apresentadas – desde que simplicidade não seja o oposto da qualidade – mais impacto têm. Para quem gosta de thrash metal, há aqui muitas razões para se ser feliz.

8.5/10
Fernando Ferreira

Unsafe – “Mankind”

2019 – Edição de Autor

Thrash Metal moderno e poderoso. É essa a receita dos Unsafe para uma vida feliz. Com uma voz bem poderosa – cortesia de Stéphanie Nolf – e com um instrumental que não se fica atrás, “Mankind” é porrada no lombo irresistível. Mesmo para quem já está um bocado cansado desta questão do groove, ou do death/thrash. Garantimos que para quem tem essas razões de queixa vai encontrar aqui razões para ser feliz. Este “Mankind” até poderá ser uma forma de conseguir recuperar alguma fé perdida. Uma boa surpresa.

8/10
Fernando Ferreira

Perfect NME – “Remains To Be Seen”

2020 – WormHoleDeath

Tenho que dizer desde já que certas mutações do thrash, principalmente na década de noventa, sempre me custaram a entrar. Pelo menos em comparação directa com o estilo tradicional ficavam sempre a perder. Entretanto os anos, a rodagem intensa de música por estes ouvidos atenuaram estes dogmas. Continuo a apreciar (muito) o thrash tradicional, mas quando surgem propostas mais modernas e/ou que expandem o seu som noutras direcções, consigo interiorizá-lo bem. Isto com mais ou menos esforço. Com “Remains To Be Seen” não houve qualquer esforço. As músicas aqui presentes vão muito mais além do thrash metal, entrando muitas vezes por toadas mais groove e modernas, mas os temas em si não são prejudicados, com riffs e solos à altura. É bom para curar preconceitos.

7.5/10
Fernando Ferreira

Hyperia – “Insanitorium”

2020 – Sliptrick Records

Há qualquer coisa nesta capa que nos chama a atenção para o thrash metal. Quase que acertávamos, porque os Hyperia tocam um death/thrash metal com ênfase neste último componente. A banda canadiana conta com o vozeirão de Marlee Ryley que vai alternando a abordagem masi tradicional do estilo e a gutural. É um trabalho cru mas que revela algumas potencialidades que bem exploradas poderão muito bem dar bons frutos. Agora é seguir em frente e apostar na evolução. Principalmente na produção – seria bom ouvir estas guitarras com o modo “enxame de abelhas” desligado.

7/10 
Fernando Ferreira

Red Hour – “Mob Mentality”

2020 – Edição de Autor

Os Red Hour são uma banda norte-americana que se encaixa perfeitamente no som típico da última década. Um pé no groove, outro no thrash musculado com uma voz mais puxada com ocasionais assomos mais death metal. E o groove a puxar aquele feeling southern, que mesmo que tentemos ficar imunes, não conseguimos. Sem ser brilhante ou original, a raça da banda torna-se irresistível. Clichês? Às toneladas. E depois?

7/10
Fernando Ferreira

Poison Asp – “Beyond The Walls Of Sleep – The Complete Work”

2020 – Golden Core Records / ZYX

Não há muito que ter dúvidas em relação a este trabalho. Trata-se de uma compilação que reúne a totalidade do trabalho editado por parte dos alemães Poison Asp. Temos o EP que dá o título a este lançamento, os dois que compuseram a participação da banda no split “German Metal Fighters No. II” e ainda a primeira demo da banda a par de alguns temas inéditos. Para quem gosta de thrash metal vintage, há diversos pontos de interesse mas a produção precária, apesar de conferir algum encanto, faz com que as composições não sejam tão impactantes como o exigível.

6.5/10
Fernando Ferreira

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