WOM Reviews – Vega / Magnus Karlsson’s Free Fall / Hartmann / Leather Synn / Dictator Ship / Powerwolf / Blizzen / Coffeinne
WOM Reviews – Vega / Magnus Karlsson’s Free Fall / Hartmann / Leather Synn / Dictator Ship / Powerwolf / Blizzen / Coffeinne
Vega – “Grit Your Teeth”
2020 – Frontiers Music
Os Vega são garantia de excelente hard rock. Sempre foram e eram essas as nossas expectativas para mais este trabalho. Já o sexto. Aquilo que se salienta logo é a a produção forte e sólida, talvez a melhor da banda desde sempre. E depois disso, temos também um excelente conjunto de canções que nos fazem manter a crença de que o hard rock (com mais ou menos revivalismo) continua a estar com uma qualidade enorme. Neste caso concreto, nem temos revivalismo, mas a piscadela às raízes blues não deixam de estar presentes. Melhores que nunca.
9/10
Fernando Ferreira
Magnus Karlsson’s Free Fall – “We Are Night”
2020 – Frontiers Music
Chris Reese e Tom Dring dos Corrupt Moral Altar têm uma nova aventura musical, estes Lake Baihal, e apesar de ser apenas um tema, em termos de duração, podemos dizer que se trata de um EP já que são quinze minutos, numa autêntica viagem de montanha-russa, com vários géneros a juntar-se do black ao doom metal, onde até solos de saxofone se fazem sentir. Tudo flui de forma perfeita. De tal forma que a cada vez que ouvimos há novos pormenores a surgir e novas perspectivas. E é apenas um tema. Imaginem um álbum inteiro.
9/10
Fernando Ferreira
Hartmann – “15 Pearls And Gems”
2020 – Pride & Joy Music
Mais um produto da escola alemã, que já tanto nos deu de bom e promete continuar a fazer, pois o filão também é enorme e dali não param de surgir excelentes propostas. Já adivinharam então o que penso sobre este disco dos Hartmann, cujo mentor é Oliver Hartamann, guitarrista de Avantasia e membro de outros projetos não menos conhecidos. Sim, “15 Perals And Gems”, é um lançamento, de muita qualidade, eficiente na forma como flui na audição, numa sonoridade hard rock, simples e direta e um reforço de peso no catálogo da banda, que começou em 2005 com “Out In the Cold”. Trata-se de um lançamento composto por quatro novas canções, uma remistura, cinco covers e cinco faixas ao vivo. Se recomendo? Sem dúvida!
10/10
Miguel Correia
Leather Synn – “Warlord”
2020 – Non Nubis Productions
O início do tema título do novo trabalho dos Leather Synn até pode levar a pensar que a banda enveredou por outras paisagens sonoras mas o piano é temporário e as guitarras heavy metal não demoram muito tempo a dar o ar da sua (eterna) graça. O factor épico revela-se em grande forma, com um heavy metal cru mas bastante honesto. Após quatro anos deu ausência – a banda passou por mais uma revolução no seu alinhamento onde se mantiveram apenas Carlos Faria (baixo) e Eduardo Cano na voz. O heavy metal está mais melódico, mais próximo do hard rock mas a identidade da banda continua intacta e completamente válida. São quatro temas que nos sabem a pouco mas que mostra que a banda está no caminho certo.
8/10
Fernando Ferreira
Dictator Ship – “Your Favorites”
2020 – The Sign Records
Rock descomprometido. Rebelde e inconformado, como o rock deve ser. Algo que, até custa dizer mas, está em falta hoje em dia. Não temos aqui nada de transcendente, nada de revolucionário, sem qualquer tipo de complexidade instrumentais ou até mesmo na composição e apesar disto, ainda assim, é bastante bom. Melhor que isso, é fantástico. Bom feeling para ouvir numa qualquer estrada para longe daqui para fora ou num qualquer bar que por enquanto ainda só está aberto na nossa cabeça e/ou desejos. “Your Favorites” é uma estreia de algo que precisamos, uma banda que rock valentemente!
8/10
Fernando Ferreira
Powerwolf – “Best Of The Blessed”
2020 – Napalm Records
As compilações são coisas ultrapassadas. Foi o que pensei assim que recebi esta promo, denunciando já o entusiasmo (ou falta dele) que tinha para analisar esta compilação. Como estamos a falar de Powerwolf, tive tudo menos aborrecimento. É uma colecção de luxo a que tivemos acesso – versão de três cds, onde no primeiro temos clássicos de toda a carreira e muitas regravações (que mantém o espírito original), no segundo temos um concerto (julgo que tenha sido gravada uma actuação da banda) dado na digressão da banda alemã em 2018 e ainda temos um terceiro disco, mais curto com mais quatro temas ao vivo, disponível apenas na versão earbook e na versão vinil. Será apetitoso para os fãs mais fanáticos embora seja um excelente ponto de partida para quem quer ficar a conhecer a banda mais a fundo, mas lá está, para tal basca comprar os álbuns todos. O atractivo são mesmo os temas ao vivo.
7.5/10
Fernando Ferreira
Blizzen – “World In Chains”
2020 – Pure Steel Records
Os germânicos estão no segundo trabalho do seu catálogo, com um heavy, speed metal com todos os ingredientes da escola alemã. Power, som muito rasgado, empurrado por guitarras gémeas, tudo cheio de groove e bons solos. Mas a proposta fica ainda aquém daquilo que poderia ser, na minha opinião, o resultado final, talvez a necessitar de uma produção mais poderosa, moderna que dê outra força a “World Of Chains”. Contudo, há por aqui bons momentos, “Gates Of Hell” rompe depois de uma intro, clássica do estilo, e o passo seguinte, leva-nos aquela que é para mim a melhor faixa deste disco, “Forged With Evil” é soberba e depois sobra “World In Chains”, mais um tema forte deste disco. Tudo resto, estamos perante um disco interessante, que pode ser ou não um passo em diante para os Blizzen, depende da perspetiva.
7.5/10
Miguel Correia
Coffeinne – “Requiem”
2020 – Art Gates Records
Heavy metal com garra. Gostamos quando encontramos bandas que não têm medo de colocar um pouco de peso no som da sua música. Sem que isso distorça a intenção de tocar heavy metal. Tudo bem, Coffeinne para nome de banda não lembra o diabo, mas a música tem garra suficiente para superar isso, mesmo nos seus momentos mais génericos, que ainda são alguns (como “Never Again”). No geral, é um segundo álbum sólido de uma banda que procura afirmar-se e que irá conseguir certamente nos próximos tempos.
7/10
Fernando Ferreira