WOM Reviews – Warkings / Resurrection Kings / Doro / Dirkschneider & The Old Gang / Sunbomb / Sommo Inquisitore / Crystal Winds / Dagorlath
WOM Reviews – Warkings / Resurrection Kings / Doro / Dirkschneider & The Old Gang / Sunbomb / Sommo Inquisitore / Crystal Winds / Dagorlath
Warkings – “Revolution”
2021 – Napalm
Ao terceiro álbum, a confirmação definitiva. Os Warkings são, desde o início da sua carreira, uma banda que fez por apresentar algo diferente ainda que em termos musicais se encaixassem perfeitamente no quesito do heavy/power metal, assumindo cada um dos seus músicos uma personagem diferente, um dos reis da guerra. Se líricamente o seu conceito é limitador – focando sempre a parte bélica da história da humanidade – os potenciais são aproveitados ao máximo e de todos os seus álbuns, este é aquele que talvez se sinta mais isso. Embora seja um álbum coeso, a primeira metade é demolidora – principalmente os três primeiros temas. Um álbum que só não é perfeito pela forma como não surpreende na produção. Não me entendam mal, é boa, apenas soa um pouco igual a todas as outras. Uma pequena nota de rodapé em relação ao poder que tem “Revolution”.
9/10
Fernando Ferreira
Resurrection Kings – “Skygazer”
2021 – Frontiers Music
Os Resurrection Kings, compostos pelos membros principais Craig Goldy (guitarras), Chas West (vocais) e Vinny Appice (bateria), estão de volta e com eles vem o segundo álbum “Skygazer”, oferecendo um magnífico conjunto de músicas com riffs grandes e pesados, juntamente com muitos ganchos e melodias cativantes. Goldy está numa forma fantástica, atingindo cada nota com paixão e sensação. O vocalista Chas West mostra seus atributos vocais, oferecendo uma performance requintada de hard rock. Appice é, como sempre, sólido por trás do kit. Os fãs que adoraram a vibe hard rock/metal dos anos 80, juntamente com toques das lendas dos anos 70 da estreia da banda, terão muito a comemorar com “Skygazer”. Resurrection Kings é uma banda centrada nos talentos de Craig Goldy, da fama de Giuffria e Dio. Welcome back!
10/10
Miguel Correia
Doro – “Triumph And Agony Live”
2021 – Rare Diamonds Productions
Celebração ao vivo do último álbum de originais dos Warlock, uma celebração interessante que não passa por tocar o álbum na totalidade pela mesma ordem, mas tornando as coisas inesperadas e troicando a ordem. O testemunho para a validade destes temas de 1987 dá-se automaticamentge, com a voz de Doro, apesar de algumas limitações, estar em perfeita forma para fazer estes temas brilhar como merecem. Um álbum ao vivo e uma celebração de um capítulo importante da carreira da Diva do Metal. Não sei como é que fisicamente este trabalho vai estar disponível mas posso dizer que tivemos acesso tanto ao áudio como também ao visual que além do concerto traz uma entrevista (ou conjunto de entrevistas) a contar a gravação do mítico álbum que foi lançado em 1987.
8.5/10
Fernando Ferreira
Dirkschneider & The Old Gang – “Arising”
2021 – AFM Records
O Mestre está de volta e com ele aquela sonoridade nostálgica que nos encantou e continua a fazer sorrir cada vez que se ouve. “Arise” é um Ep (?) de três temas, puro Heavy Metal, na linha melódica do último trabalho “We Are One”, e que conta com a participação do seu filho Sven na bateria e mais uma vez, (The Old Gang), alguns dos ex-companheiros dos tempos dos Accept, Peter Baltes, baixo, Srefan Kaufamann, guitarra o ex-UDO Clamper Matthias Dieth e a cantora Manuela Bilbert. O homem é uma lenda e tudo o que faz é magia pura!
10/10
Miguel Correia
Sunbomb – “Evil And Divine”
2021 – Frontiers Music
Michael tem sido incansável em termos musicais, o homem não para e agora surge algo que, pelo menos para mim, não passaria em momento algum na cabeça: uma parceria com Tracii Guns! O guitarrista Guns é, naturalmente, mais conhecido por ser cofundador da banda de glam metalL.A. Guns, bem como por seu trabalho com Contraband e Brides of Destruction. E Sweet é o conhecido cofundador, vocalista e guitarrista dos Stryper, a primeira banda de heavy metal abertamente cristã. “Evil And Divine” é no geral um álbum pesado, se calhar surpreendentemente pesado, mais do que aquilo que era expectável, proporcionando uma audição divertida e com excelentes momentos.
9/10
Miguel Correia
Sommo Inquisitore – “Anno Mille”
2021 – Metal Resistance
Hoje temos um álbum que se define maioritariamente num estilo de metal mais clássico enquanto que ao mesmo tempo mantém um toque de frescura no seu som. “Anno Mille” dos Sommo Inquisitore é um álbum de 40 minutos que se caracteriza com um trabalho instrumental situado no campo do heavy metal mais clássico (riffs relativamente calmos, mas desavergonhados) e uma voz de estilo intenso e limpo – que se pode tornar por vezes incomodativo devido à sua entoação tão marcada – que sugere um treino vocal especializado por parte do vocalista da banda. Em tudo, este álbum exibe-se como uma pérola deslocada do seu tempo. Isto é evidente através do seu estilo musical como também a nível do seu estilo visual. O álbum é todo cantado em italiano, mas as suas temáticas não deixam de ser familiares: os tempos do obscurantismo medieval. Um trabalho muito bem-vindo.
8/10
Matias Melim
Crystal Winds – “Return To The Dark Age”
2021 – Sleaszy Rider
Desfasado do tempo, claramente. Pela capa e até pelo som. E será que isso chateia? Poderá chatear alguns dos que não suportam coisas nostálgicas ou de uma forma geral não gostam do hard’n’heavy. Até porque “Return To The Dark Age” é mesmo tradicional até ao seu âmago. Da produção às músicas, às estruturas das composições e isto tudo vindo da Grécia, um dos países da Europa que sempre trataram bem o heavy metal tradicional mesmo que nunca tenham apresentado um grande de bandas memoráveis do género. Definitivamente que isso muda com este álbum de estreia. Os Crystal Winds vão buscar a simplicidade do estilo que torna algo catchy sem propriamente entreter o cérebro até que chegue outra coisa qualquer melhor. Estreia promissora, grande banda!
8/10
Fernando Ferreira
Dagorlath – “ 2010 – 2020”
2021 – Edição de Autor
Não se trata do novo trabalho dos espanhóis Dagorlath mas antes uma espécie de balanço da sua carreira. Um “best of” mas que tem a particularidade de todos os temas terem sido regravados pela banda agora. É uma boa forma de apresentar a banda a quem não os conhece. Claro que para isso é fundamental gostar-se de heavy metal melódico com uma base power metal e cantado em castelhano – um factor que costuma ser decisivo. Paixão pelo estilo por parte de uma banda que ainda tem muito caminho a percorrer à frente do seu caminho e um álbum que é uma justa celebração de carreira.
6.5/10
Fernando Ferreia