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WOM Tops – Top 15 Alternative Albums 2016

WOM Tops – Top 15 Alternative Albums 2016

Resolvemos voltar atrás no tempo, até aos momentos em que iniciámos uma nova fase na World Of Metal. No primeiro número da nossa revista, publicámos este Top 15 das nossas escolhas para os álbuns alternativos de 2016. Quatro anos já passaram e passando a vista (e os ouvidos) por esta selecção, ficamos com a certeza de que a música pesada é mesmo imortal.

15 – ANDY BLACK – “THE SHADOW SIDE”

Universal

Andy Black é a designação do trabalho a solo de Andy Biersack, vocalista dos Black Veil Brides. Mesmo que a música da sua banda não seja daquela que mais nos impressiona, não podemos negar que “Shadow Side” evidencia um músico mais maduro. É catchy, é moderadamente pesado e é o mais próximo ao pop que nos vamos aproximar – ou não, estamos sempre a ser surpreendidos com as coisas que apreciamos. Um lançamento forte que pode até distrair-nos da sua banda principal, mesmo para aqueles que não suportam os Black Veil Brides. Como nós.

Fernando Ferreira

14 – CHEVELLE – “THE NORTH CORRIDOR”

Epic Records

Os Chevelle são uma banda de rock norte-americana que apesar de todo o seu sucesso, não podemos dizer que seja sobejamente conhecida. Em dezassete anos de carreira lançaram oito álbuns e este “The North Corridor” mostra como a banda amadureceu muito bem para lá das garras do nu metal e da influência dos Tool, entregando-nos um dos seus álbuns mais pesado de sempre. Como sempre, o peso não é o objectivo. Existem muitas camadas de paisagens sonoras que nos mostram a profundidade que este power trio consegue entregar.

Fernando Ferreira

13 – LACEY STURM – “LIFE SCREAMS

Followspot

Que grande álbum! “Life screams” é a estreia para Lacey Sturm e dá-nos uma grande proposta de rock alternativo com a voz de Lacey a soar suave e doce mas ao mesmo tempo, muito forte e poderosa. Além disso, temos um álbum que mistura como um pro rock alternativo e uma espécie de feeling pop que combina muito bem com a voz dela. E às vezes as coisas até chegam a ficar pesadas, quase metal. Uma excelente surpresa.

Fernando Ferreira

12 – SKILLET – “UNLEASHED”

Atlantic

Os Skillet tornaram-se uma das grandes sensções rock que veio dos E.U.A. e “Unleashed” não parece pôr essa posição em perigo. Aqui podemos ouvir a banda a apostar forte na electrónica mas isso não significa que deixam de trazer à luz do dia grandes temas rock. Os velhos fãs vão continuar a gostar e até são capazes de atrair outros novos com este álbum sólido.

Fernando Ferreira

11 – INSCH – “SAFE HAVEN”

Farol

E agora é tempo de mais música portuguesa. O álbum de estreia dos Insch é uma poderosa lição em rock alternativo, misturando perfeitamente emoção e peso. O resultado é uma boa colecção de músicas que explicamnos o porquê da banda ter feito tanto sucesso na Balcony TV. Em caso de dúvida, ouvir os malhões como “Komorebi” ou “WYCMN” e verão do que estamos agora a falar.

Fernando Ferreira

10 – KORN – “THE SERENITY OF SUFFERING”

Roadrunner

Não é a primeira vez que temos “regresso às raízes” que acabam em desilusões monumentais, principalmente quando as fãs anseiam por esse regresso como pão para a boca. Então estávamos cépticos quando ouvimos que este “Serenity Of Suffering” foi apontado quer por fãs, quer por não fãs, quer pela crítica como o regresso dos Korn à boa forma. E fomos agradavelmente surpreendidos. Apesar de Korn não estarem entre as nossas bandas favoritas de nu metal, sempre apreciámos alguma da sua música principalmente pela entrega vocal amalucada de Jonathan Davies. E temos isso tudo aqui – o homem até grunhe! Outro dos elementos que se salientou neste trabalho foi o ambiente. É algo estranho de se dizer de um álbum dos Korn, mas existe aqui um sabor clássico sem que soe forçado. Tudo soa orgânico. Mesmo com alguns arranjos orgânicos que se consegue ouvir. Tudo resulta de forma perfeita. Podem ter andado um pouco perdidos durante alguns anos mas voltam com tudo com “Serenity Of Suffering”.
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Fernando Ferreira

9 – THRICE – “TO BE EVERYWHERE IS TO BE NOWHERE”

Vagrant

Os italianos 5Rand vão aparecer em muitos mais sítios depois deste “Dark Mother”, que é uma poderosa descarga de death metal moderno e levemente melódico. A forma como atacam os dois estilos – e acabam por evidenciar/estabelecer a sua identidade muito própria – traz-nos um sentido de frescura que não é comum neste nicho. E mais do que refrescante, temos a sensação que a banda poderá fazer ainda mais e melhor.

Fernando Ferreira

8 – AVATAR – “FEATHERS & FLESH”

Entertainment One

Os Avatar são um caso estranho. Começaram como uma banda de death metal melódico quando o mesmo não era popular e depois mudaram para o nu metal quando este não era popular. Modas aparte, este trabalho é mesmo bom. Tenho que ser sincero. Desde a evolução lenta dos In Flames que perdi a fé em bandas que largaram as suas raízes death metal para algo bem mais acessível. Em defesa dos Avatar e depois de ouvir este “Feathers & Fles”, o que temos aqui é uma obra de arte poderosa que nos entretem por mais de uma hora e faz-nos esquecer o género em que se insere. É excelente e para nós isso chega.

Fernando Ferreira

7 – NOTHING – “TIRED OF TOMORROW”

Relapse Records

O segundo álbum dos Nothing é uma obra de arte. Depois de algumas complicações com a editora Collect Records, regressaram à Relapse Records e lançaram um trabalho que assenta sobretudo na emoção para entregar a sua mensagem. “Tire Of Tomorrow é mais do que um simples álbum shoegaze. Está aliás acima de toda e qualquer classificação. É apenas excelente música. “Apenas”.

Fernando Ferreira

6 – MOTHER FEATHER – “MOTHER FEATHER”

Metal Blade

Esta escolha é capaz de não ser unânime mas fomos realmente surpreendidos pela qualidade deste álbum de estreia, apesar da imagem estranha (aberrante?) das suas duas vocalistas. Com um som que tem tanto de rock alternativo como à new wave / pós-punk da década de oitenta, o que temos é uma grande colecção de músicaas que ficam coladas na cabeça. Não é o tipo de banda que poderíamos esperar no catálogo da banda mas se a banda é boa, o que interessa isso?

Fernando Ferreira

5 – SWANS – “THE GLOWING MAN”

Young God / Mute

Existe alguma banda com maior influência na música experimental que os Swans? Claro que existirão sempre muitos pretendentes ao trono e é sempre uma daquelas questões retóricas mas o que queremos salientar é que se passarmos em revista do rock ao grindcore, o nome “Swans” surge com mais frequência do que aquela que seria esperado quando o assunto é influências. Não quer isto dizer que são um grupo acessível. Muito pelo contrário. Para além de toda a experimentação, existe todo um conceito de peso – talvez demasiado até para estar nesa lista. Peso sonoro, peso lírico, até a atmosfera é pesada. E mesmo que essa intensidade não se reflicta da forma mais comum e banal de distorção e feedback, há sempre aquela aura, aquela presença que enche o ar, deixando-o denso como uma parede de tijolos. Agora imaginem isso em dois cds, ao longo de duas horas. É o que temos em “The Glowing Man”. Pura e simplesmente.

Fernando Ferreira

4 – ALTER BRIDGE – “THE LAST HERO”

Napalm Records

Não só Mark Tremonti deu-nos um grande álbum da sua banda solo como a sua banda principal lança um grande trabalho. Enorme! Ambos têm um sabor metal acentuado (especialmente “Dust) e ambos têm aquele feeling alternativo. Mais uma vez, tal como com Tremonti, não podemos deixar de nos questionar porque é que só agora fomos atraídos para esta banda, já que eles rockam como tudo. Grandes músicas, grandes riffs e solos de guitarras, ritmo solo e ganchos suficientes para nos agarrar num instante. Foi um grande ano para Tremonti e um grande ano para os fãs de boa música.

Fernando Ferreira

3 – THE PRETTY RECKLESS – “WHO YOU SELLING FOR”

Razor & Tie

Esta escolha é capaz de não ser unânime mas fomos realmente surpreendidos pela qualidade deste álbum de estreia, apesar da imagem estranha (aberrante?) das suas duas vocalistas. Com um som que tem tanto de rock alternativo como à new wave / pós-punk da década de oitenta, o que temos é uma grande colecção de músicaas que ficam coladas na cabeça. Não é o tipo de banda que poderíamos esperar no catálogo da banda mas se a banda é boa, o que interessa isso?

Fernando Ferreira

2 – TREMONTI – “DUST

Fret 12

Falar de Tremonti é falar de Mark Tremonti, o talentoso (muitas vezes um pouco subvalorizado) guitarrista que conhecemos dos Creed e dos Alter Bridge. Quem diria que o homem responsável por músicas “Higher” pudesse entregar malhões poderosos como “Another Heart” or “You Waste Your Time”. Este é o terceiro álbum da banda que conta também com o filho de Eddie Van Halen no baixo (ele que é baixista nos próprios Van Halen). Depois de ouvirmos este trabalho, podemos ficar tentado a incluí-lo a colocá-lo na lista de heavy metal ou pelo menos na de hard rock. Bem, em nossa defesa, a voz de Mark (sim, ele não se limita a brilhar na guitarra, também canta com alma) tem um tom alternativo que estabelece o tom para o álbum. E não é a última vez que vemos o Mark como poderão ver mais à frente.

Fernando Ferreira

1 – DEFTONES – “GORE”

Reprise

Se há alguma banda a colocar desafios ao termo nu metal, essa banda é sem dúvida os Deftones. Desde os seus primórdios que demonstram um certo desconforto acerca de serem chamados de uma banda de nu metal e apesar de algumas características em comum, eles realmente não eram como os seus restantes pares. Mais aventureiros, mais melancólicos, mais profundos. Mais tudo. Bem, “Gore” mostrou ao mundo que eles ainda poderiam ir um pouco mais além na categoria “mais”, trazendo-nos aquele que é, provavelmente, o seu trabalho mais poderoso desde o início do século. Pesado, emocional, viajante e simplesmente brilhante, “Gore” deverá figurar em qualquer top de álbuns.

Fernando Ferreira

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