Alien – Resurrection Review
Quando todos pensávamos que a morte de Ripley tinha posto fim á saga Alien eis que surge este Alien – Resurrection. A acção tem lugar muitos anos depois dos acontecimento do filme anterior, numa nave militar onde se fazem experiências de clonagem sobre Ripley para poder retirar do seu corpo a Rainha que se encontra em gestação. Em cena entra um grupo de mercenário que vem entregar cobaias para os aliens poderem incubar (parte-se do príncipio que não é a primeira vez que isto acontece já que há pelo menos 6 aliens, fora a rainha que estava dentro do peito de Ripley ou do seu clone) e durante a estadia, um grupo deles consegue escapar, iniciando-se assim mais uma vez o massacre. Ripley alia-se ao grupo de mercenários para tentar encontrar a saída da nave e acaba por se tornar o elemento chave, já que o resultado da clonagem foi a mistura da fisionomia humana com a alienígena, tendo força sobrehumana e pressentindo onde os outros aliens. E no final verifica-se que não foi só Ripley a receber uma dádiva…
Inesperadamente um dos responsáveis do estúdio queria voltar a reviver a saga e pensou num jovem argumentista, Joss Whedon (que já nos trouxe entreanto muitas alegrias quer na televisão quer no cinema) para escrever uma pequena sinopse, ao qual os responsáveis acharam interessante, apenas disseram que tinha de por lá Ripley. Os produtores David Giler e Walter Hill é que não ficaram tão entusiasmados com esta ideia, pensando inclusivamente que iria arruinar toda a saga. Tentaram impedir de que o filme fosse realmente feito, por isso o argumento foi feito sem a sua participação mas tinha partido de uma ideia de Giler, quando Weaver lhe disse na festa do Alien 3 que sentia-se um pouco mal de ter saído do “franchise” e Giler respondeu para ela não se preocupar que arranjavam maneira de lhe arrancar uma unha e de a clonar.
Foi pedido a Whedon um filme de Alien, ou seja tão asustador como o primeiro, excitante como o segundo e além da premissa de ter Ripley de volta não havia mais nenhuma orientação o que fez com que ele entrasse em pânico. De qualquer maneira quando fez o primeiro esboço, Whedon fez de Ripley uma pessoa estranha devido á mistura genética e com receio que Sigourney Weaver não gostasse mostra-lhe e para sua surpresa, ela pede-lhe para ele fazer Ripley ainda mais estranha, reforçando a ideia que ela era realmente um ser hibrido. A personagem cresceu em grande parte por causa das ideias de Weaver, portanto quase se pode dizer que Ripley criou Ripley. Uma das coisas que agradou a Weaver foi o facto de ela ter gostado do argumento e de ver que o estúdio ia continuar na mesma filosofia de escolher um brilhante jovem realizador que iria incorporar os elementos do conceito Alien numa sua visão pessoal.
E o realizador escolhido foi um dos mais brilhantes realizadores europeus da actualidade: Jean Pierre Jeunet, o realizador de A Cidade das Crianças Perdidas e A Fabulosa aventura de Amélie. Quando o convidaram ele parecia incrédulo e a primeira coisa que disse quando se encontrou com os responsáveis da Fox foi” Poque é que me querem contratar? Eu estou ocupado e não qero fazer um filme de Hollywood”. Foi exactamente isso que eles queriam ouvir. Alien – Resurrection é um assalto visual á mente do telespectador, Sigourney Weaver domina completamente o filme e conta com um bom elenco como já é regra. Destaque para Winona Ryder e para Ron Pearlman (brilhante!!) que já tinha trabalhado com Jeunet antes. Gosto também do humor negro que Jeunet insere no filme, tendo se percebido que os truques que resultaram no primeiro e segundo filme nunca iriam resultar numa sequela. Welcome to the Resurrection…
Nota 8.5/10