WOM Report HoChiMinh, Lvnae Lvmen @Theatro Club, Cacém – 01.02.2019
O Theatro Club abriu as portas às sonoridades mais pesadas pela primeira vez, num evento com o apoio da World Of Metal. A ocasião reuniu duas grandes bandas com raízes em Beja, os HoChiMinh e os Lvnae Lvmen, sendo que estes últimos mudaram a sua localização para Lisboa. Apesar de serem duas bandas bastante diferentes, a boa disposição é certamente um dos pontos que ambas partilham. Isso e a boa música que debitam. Com bastante frio a fustigar os incautos na rua, tivemos que nos abrigar no Theatro Club antes do início das hostilidades que estavam previstas para as 22h30. Acabaram por acontecer muito mais tarde, após a meia noite, mas num espaço castiço, bom ambiente e boa música, esse até acabou por não ser um problema, de todo.
Com uma sala já muito bem composta, os Lvnae Lvmen subiram ao palco para darem a sua habitual lição de história de Portugal, sempre bem humorada pelo seu interlocutor, Sérgio Páscoa. O início deu-se com a “Death Or Glory”, tema já habitual de abertura e onde Sérgio surge com o bandolim que dá uma cor diferente e especial ao som da banda. Aquilo que é notório a cada actuação que vemos dos Lvnae Lvmen, é a forma como estão a soar cada vez mais coesos, onde temas como “Forgotten Sacrifice” são altamente eficazes. Praticamente a jogar em casa com a assistência a dividir-se entre pessoas de Lisboa e de Beja, a festa foi garantida onde o metal extremo foi muito bem recebido entre as paredes do Theatro Club.
Após a saída dos guerreiros lusitanos, era a vez de algo completamente diferente mas nem por isso menos aguardado. Os HoChiMinh são aquela máquina imbatível de metal moderno e mestres em agarrar um público bem agarrado e não o largar mais – e neste caso, foi mesmo o público que não os queria largar, mas já lá vamos. A banda de Beja teve direito a um alinhamento mais alargado, o que foi uma boa prenda para os seus fãs e a oportunidade de tocar temas que normalmente não têm tempo e espaço para o fazer. Não faltaram então malhões como “Alive”, “Shout It Out” e “Aside” que promoveram a agitação em frente ao palco.
Tínhamos crowd surfing, tínhamos membros do público a cantar sem se deixar intimidar quando João Ramos (a.k.a. Skatro) passava o microfone para a frente – sem se deixar intimidar e até a fazerem alguns brilharetes. Energia a mil, excelente boa disposição como já é costume e também alguns azares técnicos, com cada guitarrista a partir uma corda e o baterista a furar a tarola. Todos estes incidentes fizeram com que a actuação tivesse algumas pausas, mas apesar da fluidez estar perdida, o público, esse, esteve sempre com eles com temas como “I Am”, “Signs” e a cover que assegura sempre o apoio do público, “Enjoy The Silence”, dos Depeche Mode, aquela banda pesadíssima, como Ramos se refere a ela.
No final, a banda ainda soltou dois temas pela insistência do público que não queria que eles se fossem apesar do adiantado da hora. Até parte da banda andou em crowd surfing, isso só poderá ser bom sinal e indicador de sucesso, certo? Foi um bom início para a sala, nesta aposta nas sonoridades pesadas, onde se provou que tem boas condições para receber mais eventos de peso – consta que os próximos serão os Rasgo no final de Março – sendo mais uma boa sala nos arredores que surge como alternativa/possibilidade para eventos de peso.
Texto por Fernando Ferreira
Fotos por Sónia Ferreira
Agradecimentos Theatro Club & Sabena Events
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