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WOM Tops – Top 20 Death/Black Thrash Metal 2019

WOM Tops – Top 20 Death/Black Thrash Metal 2019

Aqui é que as coisas começam a complicar. Ou não. Um dos grandes prazeres que nos dá nesta compilação e divisão por géneros, é o facto de podermos ir ao pormenor, ir ao detalhe. Bem sei que a divisão em categorias e pequenas categorias dentro dessas é algo quase exclusivo da imprensa, mas é um mal necessário a meu ver, já que assim podemos ir ao encontro dos gostos mais específicos dos fãs do metal, que como já vimos, têm muita música por onde pegar e se perder. Dentro da mistura do death com o thrash ou do black com o thrash (ou ambas) temos aqui mais vinte propostas para levar de 2019 para a eternidade.

20 – Bitchhammer – “Offenders Of The Faith”

Pure Steel Records

Vamos começar pelo óbvio: Bitchhammer é, como dizem os nossos irmãos brasileiros, um puta nome! E o título “Offenders Of The Faith” não se lhe fica atrás. Nem a capa. Tudo parece resultar de forma perfeita mesmo que seja tudo um pouco gratuito e previsível. Aliás, tal como o som. Black thrash metal javardo, sem muita ciência, mas com muito feeling. Aquele som que assim que ouvimos consegue logo sacar reacções, boas ou más. E é nos lugares-comuns que encontra a sua maior força. Sem dúvida um álbum que não se tem dificuldade em gostar para quem gosta dos primórdios do metal extremo.

Fernando Ferreira

19 – Three Dead Fingers – “Breed Of The Devil”

Bleeding Music Records

Este é provavelmente o nome mais parvo que já ouvimos. Mas a capa… atenção, esta capa é de uma qualidade assombrosa, a ilustração em si. Agora aquilo que ilustra? Bem, poderia ficar aqui mais umas semanas a falar da capa, no entanto, o facto que um nome tão parvo e uma capa a conduzir nos trazem um thraaaaaaaaaaaaaaash destes, fica tudo perdoado. Death/thrash metal bruto e vitaminado que é muito bem construído mesmo que por vezes vá de encontro aos lugares comuns como um avançado desesperado a mandar-se para o chão dentro da grande área à procura do penalty. Poderá não ser dass coisas mais elaboradas ou originais que tivemos mas sem dúvida que nos limpa os olhos da capa e nome.

Fernando Ferreira

18 – Grave Violator – “Back To The Cult”

Reaper Metal Productions

Primeira coisa a salientar… som da bateria estupidamente alto, principalmente no início da “Baptized In Filthy Semen”, o que parece ser uma constante neste álbum. Enquanto numa mistura, que se queira dinâmica, obviamente, terá que se ter flutuações de volume entre os diversos instrumentos para destacar esta ou aquela parte, a táctica aqui terá sido desse destaque ser dado através de um volume extremamente alto. Na faixa da abertura temos o caso da bateria já mencionado como também da guitarra num lead mais para o meio da canção. O parvo é que a cena resulta. O som geral desta estreia da banda finlandesa é javardo mas isso enquadra que nem uma luva na atitude e no thrash bem cru dos Grave Violator. Com aquele espírito blasfemo do final da década de noventa de bandas como Bewitched (mas ainda mais crús), esta estreia é bastante interessante para todos os fãs de um bom thrash metal necro.

Fernando Ferreira

17 – Witchgöat – “Egregors Of The Black Faith”

Morbid Skull Records / Hell Productions

A tarefa de crítico músical é ingrata. Não tão ingrata como a do músico mas de um ponto de vista filosófico, bastante. Isto porque por vezes dizemos coisas que somos obrigados a engolir. Como dizer que certo melhor seria melhor se tivesse uma produção mais cuidada ou que teria mais charme se fosse mais podre. A verdade é que tentamos, e falo por nós aqui na World Of Metal, de mergulhar no trabalho em questão e nas potencialidades que o mesmo encerra. No caso deste Witchgöat de El Salvador, temos um black thrash metal porco, feio e mau… no bom sentido. E limitado em alguns aspectos, mas essas limitações são o que lhes trazem poder também. E é nesta parte é que é ingrato ser-se crítico. Chega a uma altura ninguém percebe que raio estamos a falar. Entretanto, no que diz respeito à música, esta podridão acaba por colmatar todas as folhas que se lhes possam apontar. Um assalto extremo ao passado.

Fernando Ferreira

16 – Sacrilegia – “The Triclavian Advent”

Invictus Productions

Pode não parecer, mas os Sacrilegia são irlandeses, de Dublin e trazem-nos uma maravilhosa mistura entre thrash e black metal, bem necro, mas cheio de garra. E por muito genérico que isto possa soar, a coisa realmente resulta de forma quase perfeita. Um daqueles álbuns onde a qualidade dos riffs e leads old school realmente fazem com que se consiga passar por cima de tudo o resto. Cheira-nos a material para os nossos tops de 2019.

Fernando Ferreira

15 – S.R.L. – “Hic Sunt Leones”

Rockshots Records

Só para esclarecer, S.R.L. significa “Società a Responsabilità Limitata” – algo como “Companhia Lda.” – o que nos serve para tirar a primeira conclusão acerca desta banda italiana veterana: que raio de nome, pá! Seguindo em frente, “Hic Sunt Leones” é o quarto álbum da banda em quase trinta anos de carreira, e apresenta um death/thrash metal moderno com algumas tendências modernas. Nada de novo até aqui, certo? Bem, para já cantam em italiano, há-de servir como distinção embora acredita que não seja a seu favor. E depois, mesmo num lugar tão sobrepovoado, estas malhas (“Tenebre”, “Un Sasso Nel Vuoto” e “Vertigine – Qui Ci Sono I Leoni” são aquelas que mais sobressaiem, mas não há por aqui fillers) são um vício absoluto. É sempre bom sermos apresentados a bandas veteranas, principalmente quando (ainda) mexem desta forma.

Fernando Ferreira

14 – Hellish Grave – “Hell No Longer Waits”

Rockshots Records

Lançamento limitado e não apenas por isso, bastante valoroso. Os brasileiros apresentam o seu segundo álbum com a abordagem bastante peculiar de heavy metal e na sua mistura com o black metal – ou abordagem peculiar ao black metal e na sua mistura com o heavy metal, como o quiserem encarar. Primitivo mas bastante puro, a produção é a condizer e o ambiente deste trabalho é um enorme atractivo para quem gosta das coisas clássicas, simples mas ainda assim extremas e cheias de blasfémia. E começam o álbum com um tema instrumental. Mais old school (e bom gosto) que isto, não há.

Fernando Ferreira

13 – All Hell – “The Witch’s Grail”

Prosthetic Records

Exemplo perfeito do ritmo old school de lançar discos. Os norte-americanos começaram em 2013 e desde então lançaram uma demo (no ano em que se juntaram) e já têm quatro álbuns, sendo que este “The Witch’s Grail” é o mais recente. A capa, de belo efeito, também evidencia uma aproximação ao occult rock típico da década de setenta, algo que se reflecte na aura. Na forma já há uma aproximação ao thrash metal blackado do final da década de noventa. O resultado é um álbum que se absorve muito bem cheio de bons momentos, riffs e malhas às quais voltaremos mais tarde, definitivamente.

Fernando Ferreira

12 – Nekrofilth – “Worm Ritual”

Hells Headbangers Records

Os Nekrofilth não deixam muito à imaginação. E nem é preciso já que o nome diz mesmo tudo. Temos aqui meia hora de podridão necro que se torna obrigatória para quem gosta, tal como nós, da forma como o death e black se fundem com o punk e thrash metal (e até crust) para criar um híbrido que já não impressiona hoje em dia como impressionaria em 2005 mas que definitivamente continua a bater em todos os pontos certos. Um malhão como “Rot With The Dead” diz mesmo tudo. Daquelas bujardas que queremos levar, repetidamente.

Fernando Ferreira

11 – Catalyst – “The Great Purpose Of The Lords”

Great Dane Records

Ambicioso álbum de estreia dos franceses Catalyst. “The Great Purpose Of The Lords” tem mais de uma hora de duração, algo que se poderia pensar que a banda deu o passo maior que a perna – afinal quantas vezes não vimos isso a acontecer, onde a máxima “menos é mais”. Efectivamente intros (“Omniscient Bodies”), interlúdios (“First Light” e “The Council”) pouco ou nada acrescentam ao trabalho como um todo mas é inegável que apesar disso, este é um álbum rico em dinâmicas e com grandes malhas que não envelhecem, pelo menos tão rapidamente quanto seria expectável. Se algumas bandas precisam de amadurecer, diríamos que eles estão já muito perto disso logo na estreia. Ainda com gorduras a cortar.

Fernando Ferreira

10 – Inculter – “Fatal Visions”

Edged Circle Productions

Provenientes da terra onde se queimavam igrejas antes de ser fixe e de onde o melhor bacalhau provém (Noruega), os Inculter apresentam o seu segundo álbum, Fatal Visions. O estilo desta banda reside numa sonoridade 100% thrash que acaba por se transformar num speed devido à velocidade que predomina em Fatal Visions, enquanto que o vocal oscila numa linha pouco comum entre o thrash e o black menos regurgitado, sendo designado no meio online de blackened thrash metal (nunca ouvi o termo mas como todos sabemos que se algo existe online quer dizer que é indubitavelmente verdade!). Pelo que demonstram neste álbum, os Inculter parecem ser daqueles indivíduos que gostam de namoriscar com a linha do perigo legal, já que com esta peça passam qualidade com certeza, mas sempre com um certo grau de pânico e tensão gerado pela sua rapidez e habilidade, que certamente será capaz de induzir as piores das experiências aos mais sensíveis (ironicamente, no bom sentido). A sua coragem para enfrentar este perigo deve ser apenas preservada pelas poucas passagens mais lentas que introduzem como via de relaxamento entre as faixas mais agressivas. É curioso verificar que a banda se demonstrar extremamente pesada apesar de na sua sonoridade não se verificarem aqueles graves dissonantes  nem baterias avassaladoras. O seu peso é produto simplesmente da forma como todos os músicos se articulam entre si na sua composição (e já referi a velocidade com que tocam?). Também se destaca que este é daqueles trabalhos em que provavelmente não se vai apreciar nada individualmente, mas sim o todo como o conjunto diabólico que é, não havendo aqui favoritos. Em suma a única forma de descrever esta banda em duas palavras seria: agressiva e rápida; e se uma terceira palavra fosse autorizada: viciante, já que este álbum torna-se numa máquina dispensadora de adrenalina e em que mal começam a tomar, não a conseguem largar (servindo isso também como marca de qualidade dos diabólicos metaleiros noruegueses). Portanto, fica o aviso para eu próprio ficar isento de responsabilidades legais: Not For The Faint Of Heart! (Não Aconselhável aos Fracos de Coração!).

Matias Melim

9 – Warchest – “Sentenced Since Conception”

Toxic/Mechanix

“Thraaaaaaaaaaaaaaaaaash! Fuck yeah! Grande som!” Esta é a sucessão de pensamentos que temos conforme mergulhamos na intro instrumental “Caras de Muerte”, o primeiro tema dos chilenos Warchest, que nos trazem um thrash metal bem bruto, old school mas ainda assim com um som e produção fantástica que nos deixa completamente desarmados. Thrash metal a roçar o death, à boa e velha maneira chilena. Grandes riffs e malhões que nos fazem partir a louça toda. Ou pelo menos querer. Até solos de baixo temos aqui. Grande vício!


Fernando Ferreira

8 – Ringworm – “Death Becomes My Voice”

Relapse Records

É inegável o impacto positivo que os Ringworm têm tido na cena com a sua fusão muito própria entre o thrahs metal e hardcore, principalmente por não soar como apenas mais uma dentro de uma longa lista de lugares comuns – e aqui o hardcore é praticamente death metal. Partindo com isso em mente, poderia dizer que “Death Becomes My Voice” não foi uma surpresa, porque apresentaram exactamente o que esperávamos, ou seja thrash metal bruto com aquela frontalidade implacável do hardcore. O tema título, o primeiro do álbum, coloca isso tudo a nu e não poderia ser melhor. Apesar de no resto do disco esse equilibrio acabar por não ser igualado, isso não impede que se tenha aqui um grande álbum. Vício.

Fernando Ferreira

7 – Sinners Bleed – “Absolution”

War Anthem Records

Os Sinner Bleed são uma banda com um percurso algo atípico dentro dos círculos do metal, na medida em que após terem dado ao mundo o seu primeiro álbum, intitulado de From Womb to Tomb, em 2003, procederam a suspender o seu projeto por 16 anos. Agora em 2019, apresentam finalmente o seu segundo álbum, o qual intitularam de Absolution. Numa retrospeção breve, é de relevar que esta banda tem as suas raízes na Alemanha e a sua formação ocorreu ainda no século passado, em 1997. Com este álbum provam que não é por se “abandonar” um projeto por 16 anos que se deixa de saber fazer música, porque o “Absolution” é aquele tipo de álbum que põe a tocar enquanto estão sozinhos e procedem a destruir toda a vossa casa às tantas da manhã, num frenesim causa por uma ou duas cervejas a mais. Dentro de um estilo que funde thrash e death metal, os Sinners Bleed tornam-se numa banda mais que se junta a um panorama de bandas de música extrema e relativamente equilibrada, na medida em que aqui não há cruezas nem brutal death, tem se sim uma máquina de guerra bem oleada. A sonoridade é claramente extrema e mantém-se sempre nos ritmos elevados, as guitarras são relativamente discretas e fundem-se no restante quadro musical de destruição, o vocal é bastante acessível tanto para os fãs de peso como os mais sensíveis, a bateria como já referi é explosiva e rápida e, por fim, em relação ao elemento escondido (o baixo) tem uma papel importante na criação dos graves que caracterizam este álbum (o elemento que elemina a crueza de som). Num todo, este álbum é uma boa peça para desabafar frustrações que se tenham vindo a acumular durante o dia, mas ao mesmo tempo numa ou outra faixa (exemplo “Dawn of Infinity” e “Obedience”) é configurada uma maior virtuosidade “guitarrística” à música, o que sinceramente é a cereja no topo do bolo e que ajudam a quebrar o sentimento de repetição.

Matias Melim

6 – Nocturnal Witch – “A Thousand Pyres“

Evil Spell Records / Undercover

No ano em que completam uma década de existência, os germânicos Nocturnal Witch, presenteiam-nos com este segundo longa duração, de nome “A Thousand Pyres”. Em 8 temas, perfazendo pouco mais de 30 minutos, é-nos dada uma bela demosntração do pdoderia destes Black Thrashers. Com elementos bem vincado de Black Metal e os rasgos acutilantes do melhor Thrash Teutónico do Passado, aos quais se juntam deliciosos momentos do Heavy Metal mais tradicional. O duo composto por Baphomet e Tyrant, mescla todos estes elementos de uma forma imensamente bem conseguida, apresentando um trabalho final que flui muito bem, deixando no ouvinte a ideia de que nenhum dos temas poderá ser considerado um filler. Os Nocturnal Witch são aquilo que considero um híbrido. Com um pé no Black Metal (“Follow the Call…”) (“Raise the Swords”) e um pé no Thrash Metal, de forma tão marcada, são-nos reminiscente dos clássicos germãnicos como Desaster ou Nocturnal, sem que por isso soem a uma cópia pouco capaz. Imensamente aconselhável a todos aqueles que ainda sentem a força do Thrash Metal clássico (e bom) a correr nas veias!

Daniel Pinheiro

5 – Frosthelm – “Pyrrhic”

Revenger Records

O black/thrash metal até pode ser um sub-género que perdeu o impacto que já teve tempos atrás mas ainda vai apresentando algumas boas propostas, sendo que os Frosthelm são uma das mais sólidas. Segundo álbum que não só vai beber ao thrash como também (e talvez em maior quantidade) vai ao heavy metal buscar algumas harmonias nos leads, isto sempre com solos à espreita que intervalam com a voz ácida de Tyler Pfliger. A base poderá ser extrema mas este pessoal tem o som sagrado a correr nas veias.

Fernando Ferreira

4 – Extirpation – “A Damnation’s Stairway To The Altar Of Failure”

Triumph Of Death

Extirpatioooooon! Sem dúvida a banda mais alucinada que alguma vez tive oportunidade de ver ao vivo, no saudoso Santa Maria Summer Fest. O terceiro álbum costuma ser especial e este comprova a regra por trazer mais uma bujarda de thrash metal blasfemo, bem próximo do black metal mas com um grande poder. É um daqueles álbuns que não se consegue parar de ouvir. Não é novo, não é original, mas a sua energia é sem dúvida contagiante. Grandes riffs, leads e aquela voz blasfema de Darak que paree que está a rasgar as próprias entranhas do chifrudo. Um grande regresso e um grande álbum!

Fernando Ferreira

3 – Monolyth – “A Bitter End / A Brave New World”

Ellie Promotion

Provenientes de França, os Monolyth são uma banda de melodic metal com uns toques de thrash e death e apresentam um currículo de 1 EP e 2 álbuns. O mais recente dos álbuns, de nome “A Bitter End / A Brave New World”, é de facto transmissor desta fusão de géneros, na medida em que, ao contrário de muitos outros que roubam para si este tipo de fama/glória, os Monolyth são de facto uma banda de melodic com sensações de power que, além da voz “atrashalhado” têm uma sonoridade altamente caracterizada pelo caos e explosividade que verificamos no death. Já na faixa inicial do álbum é de facto de testemunhar a tal explosividade que esta banda pretende manter como linha de base, não fossem os meus ouvidos ficar a doer com o tiroteio que se seguiu daí para diante e por isso parece ser de relevar a importância que esta banda dá ao trabalho de bateria, que fica muito distante de ser só usada para construir ritmos repetitivos, tendo uma articulação muito vasta e muito admirada, fazendo o seu trabalho na perfeição (admito que tenho um soft spot por álbuns em que a bateria é extremamente ruidosa e livre mas não caótica). Em termos de voz, o vocalista encontra um ponto de equilíbrio excelente entre a voz limpo do power e o voz rouca do thrash/death (note-se que isto não é referente a umas vezes cantar um estilo e outras outro, mas sim adotar um estilo constante que funde ambos os géneros), coisa que confere a toda a construção musical uma harmonia bastante original. O trabalho de guitarra também não se deixa ocultar tanto nas melodias como nos sons mais pesados, contudo não há grandes solos daqueles a que nos habituamos em estilos mais melódicos (os mais agudos), mas não digo isto como algo negativo, visto que todo o álbum assenta numa ideia de metal de guerra focado no peso sonoro esmagador. Por fim, nem o baixo é esquecido nesta linda amalgamada, sendo sempre sentido o seu peso grave que de facto se fosse removido, o álbum não teria um terço da sua qualidade. Depois de ouvir isto só posso dizer que ganharam pelo menos um novo fã.

Matias Melim

2 – Destroyers Of All – “The Vile Manifesto”

Mosher Records

O tempo voa, cada vez mais depressa. Ainda ontem celebrávamos o EP de estreia dos Destroyers Of All e depois do seu álbum de originais e agora estamos aqui para o segundo três anos depois. Parece que foram três dias mas a verdade é que o tempo voa mesmo. A primeira grande impressão com que ficamos é que a banda de Coimbra atingiu um estado de maturação (não que fossem criativamente imaturos nos trabalhos anteriores) digno de apreciação que os leva a ter um conjunto de canções fantástico. Se antes a banda tinha uma certa veia progressiva e um conjunto vasto de influências, podemos dizer que aqui essa mesma veia progressiva está de certa forma mais contida (não desaparecendo) e que contiuamos a ter uma conjugação de vários géneros que vão do hardcore até ao death/thrash. Grandes solos, grandes riffs, a secção rítmica bruta (a bateria então) e João Mateus com uma voz mais poderosa que nunca. Em suma, um grande álbum.

Fernando Ferreira

1 – Acid Death – “Primal Energies”

7Hard Records

Já disse algumas vezes mas nunca é demais… gosto mesmo do nosso trabalho! É particularmente compensado quando as bandas vêm ter connosco para nos mostrar o seu trabalho e quando ficamos rendidos – nem sempre acontece, é certo e por vezes a nossa opinião não é tão positiva como desejariam (e até nós próprios) mas acima de tudo somos guiados por aquilo que a música nos transmite. Bem dito isto, os Acid Death apresentaram-se e apresentaram-nos este seu quinto álbum que é um verdadeiro luxo. “My Bloody Crown” é o primeiro tema e quando temos um thrash/death metal técnico de orientação progressiva que mete pelo meio um solo de saxofone… bem, não é preciso dizer mais nada, certo? Pesado, intenso mas ainda melódico e com um gosto incrível para os detalhes. Estamos rendidos!

Fernando Ferreira

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