WOM Tops – Top 20 Hard Rock 2016
WOM Tops – Top 20 Hard Rock 2016
Um dos máis clássicos subgéneros que temos, depois do rock, claro está. Hard rock é onde as coisas começaram a evoluir e resultaram em heavy metal. Led Zeppelin, Deep Purple, AC/DC, Aerosmith e centenas de outras bandas clássicas. Podemos dizer que o hard rock não é o que era antes do aparecimento do grunge ou rock alternativo, mas um padrão que temos reparado ultimamente é que temos tido bandas lendárias a regressar enquanto outras continuam a lançar trabalhos depois de décadas de actividade. Também não podemos esquecer todos os novatos (e têm sido muitos, principalmente em 2016) que além de mostrar coisas novas num estilo que já se julgava esgotado, não deixam de prestar o devido tributo às coisas que já foram feitas no passado. Aqui temos de tudo, por isso, apertai os vossos cintos, porque vamos viajar pelos melhores álbuns de hard rock de 2016.
20 – LIGHTNING STRIKES – “LIGHTNING STRIKES”
Pure Steel Records
O metal tem muitas formas e muitas metamorfoses. Friamente podemos dizer que os Obzerv pertence a uma das mais recentes, onde o peso das guitarras se funde com as dissonâncias do nu-metal e se juntam a ambiências progressivas para trazer algo novo. Bem, não tão novo quanto isso porque já muitos o fizeram antes da banda grega, no entanto, a forma como o fazem (este é sempre o ponto principal) é refrescante o suficiente para que fiquemos de sobreaviso ao longo destes bnove temas. Bastante variado e dinâmico, onde a complexidade dos temas instala-se aos poucos na mente e coração dos ouvintes. Foi assim connosco, será assim convosco.
Fernando Ferreira
19 – KING COMPANY – “ONE FOR THE ROAD
Frontiers Music
Hard rock clássico vindo dos E.U.A. parece-nos algo só possível com acesso a uma máquina do tempo mas lá por não termos a passar nas rádios ou nas capas das revistas não quer dizer que não exista. O álbum de estreia dos Lightning Strikes chega após de trinta anos de carreira mas mais vale tarde que nunca. Um bom som hard rock, de acordo com a tradição criada pelos Deep Purple, é o resultado. No entanto nem só disso depende da banda, que evidencia uma identidade musical muito própria. Como se não bastasse temos aqui como convidados Derek Sherinian e Tony Martin.
Fernando Ferreira
18 – INGLORIOUS – “INGLORIOUS”
Frontiers Music
Frontiers Records é, sem sombra de dúvida, a editora de referência quando o assunto é hard rock. Algumas vezes AOR/Rock FM, outras, power metal mas a média é sempre pelo hard rock. E do bom. E é precisamente o que temos com este projecto de Nathan James (da Trans-Siberian Orchestra), os Inglorious. O vocalista comanda a banda destemidamente pelo hard rock com um forte feeling blues (ouvir a “Holy Water), num álbum que não falha nunca.rock que é bem sólido.
Fernando Ferreira
17 – JOY – “RIDE ALONG”
Tee Pee Records
O rock clássico tem sido uma constante nos últimos anos e 2016 não foi excepção como já devem ter reparado pela lista das melhores propostas rock. Os Joy poderia ter ficado lá mas o seu som mais pesado faz com que seja mais apropriado a lista de hard rock sem grandes problemas. Temos uma versão dos ZZ Top e originais que deixam um sorriso na face se o amor pelo som da guitarra blues for profundo, sem esquecer um travozinho psicadélico. Se não for o seu tipo de coisa, então o problema está definitivamente desse lado!
Fernando Ferreira
16 – KEE MARCELLO – “SCALING UP”
Frontiers Music
Kee Marcello é um grande guitarrista, algo que não nos foi totalmente óbvio durante o tempo que esteve nos Europe. Esses dias já lá vão e agora oferece-nos com este álbum a solo a possibilidade de verificar o seu talento, não só como guitarrista mas também como cantor. “Scallin Up” é um álbum de hard rock melódico bem clássico e que nos oferece um dos grandes trabalhos do género em 2016. E não, não é parecido com Europe.
Fernando Ferreira
15 – THE TREATMENT – “GENERATION ME
Frontiers Music
Outra grande banda que nos é trazida pela Frontiers. Os The Treatment vieram do Reino Unido para nos agitar com a sua energia contagiante e o seu hard rock viciante. É o seu terceiro álbum mas o primeiro com vocalista Mitchel Elms e o novo guitarrista, Tao Grey. O impacto é o semelhante àquele que tivemos quando ouvimos os AC/DC pela primeira vez. Os irmãos Young são uma influência óbvia mas também podemos apontar outros, como os Tesla. O hard rock é bem tratado aqui.
Fernando Ferreira
14 – BLACKFOOT – “SOUTHERN NATIVE
Loud & Proud
Parece que não mas os Blackfoot já são uma banda clássica com uma história com mais de quarenta anos. Com a sua origem a remontar ao final da década de sessenta, a banda norte-americana já não lançava um álbum à mais de vinte anos sendo o último trabalho sido lançado em 1994. Apesar da banda não ter nenhum dos seus membros originais entre as suas fileiras, sem dúvida que o elemento clássico do bom e velho hard rock sulista pode ser encontrado ao longo destas dez malhas.
Fernando Ferreira
13 – SIXX: A.M. – “PRAYERS FOR THE DAMNED, VOL. 1”
ESM
Lembram-se daqueles tempos em que dizia review sim, review não, como estava farto de groove, de metalcore, de pós-hardcore e de todas as invenções da moda. Bem, não sei se será da idade ou se realmente me fizeram uma lavagem cerebral mas um álbum como “Overpower” soam-me bastante bem. Sim, tem aquela estrutura mais que vista e batida da dicotomia entre a voz áspera nos versos para depois surgir a voz bonitinha no refrão. Inegavelmente não surpreende, no entanto as melodias e refrães em si são do mais viciante possível o que faz que se passe por cima de qualquer alergia a lugares comuns. E isto é uma constante ao longo de todo o álbum. Excelente.
Fernando Ferreira
12 – WITCHCRAFT – “NUCLEUS”
Nuclear Blast
Tal como aconteceu com os Grenleaf e o seu “Rise Above The Meadow”, temos “Nucleus” dos Witchcraft, apesar deste último estar mais próximo daquilo dos Black Sabbath tal como quando se apresentaram com o seu álbum de estreia auto-intitulado em 2004. Assim podemos dizer que a banda fez um duplo regresso às raízes, regressou às suas e às do próprio estilo em geral embora mantenham alguns dos elementos dos trabalhos mais recentes. Também é um álbum que marca uma alteração no alinhamento da banda, onde ela agora se apresenta como um power-trio.
Fernando Ferreira
11 – GREENLEAF – “RISE ABOVE THE MEADOW”
Napalm Records
Os Greenleaf lançaram cinco álbuns abaixo do nosso radar mas assinar com a Napalm Records estragoulhes a camuflagem e “Rise Above The Meadow” simplesmente não pôde ser ignorado. Um verdadeiro clássico de feeling hard rock e que adiciona uns pózitos de stoner aqui, uns pózitos de boogie ali e o resultado é um grande álbum com sabor a clássico. Mesmo que este género esteja um pouco sobrepovoado, de maneira nenhuma que este conjunto de músicas é sentido como sendo apenas “mais um”.
Fernando Ferreira
10 – TREAT – “GHOST OF GRACELAND”
Frontiers Music
Os Treat estiveram adormecidos desde que lançaram o excelente “Coup De Grace” seis anos antes mas eles não poderiam ter acordado numa melhor altura. Hard rock clássico com um sabor nostálgico sem entrar na onda retro – e o pesso dos Treat estavam lá quando tudo aconteceu portanto toda a questão retro não faz qualquer sentido ser aplicada aqui. É como termos actualmente o melhor da década de oitenta mas sem sentirmos que estamos a ouvir algo datado. Um conjunto de músicas viciantes que deveriam estar nas playlists das chamadas rádios “rock” mainstream por esse mundo fora. Nós aqui na World Of Metal passámos (e ainda passamos) a maior parte das músicas deste álbum.
Fernando Ferreira
9 – THE CULT – “HIDDEN CITY”
Cooking Vinyl
Como foi possível os The Cult lançarem o seu décimo álbum de originais e nós não termos dado por isso?! Nem nós, nem muito boa gente. Aqui estamos nós para tentar redimir-nos da nossa falha e reconhecendo que foi um dos grandes álbuns de hard rock do ano de 2016. Melodia, peso, a voz carismática de Ian Astbury garantem que seja o ou um dos melhores álbuns da banda no presente século. Diverso, moderno mas ao mesmo tempo incorporando todas as fases anteriores, é um trabalho de congregação ao qual os fãs só têm coisas positivas a retirar.
Fernando Ferreira
8 – BLACK STONE CHERRY – “KENTUCKY”
Mascot Records
Mesmo sem atingir níveis estratoféricos de fama e sucesso, os norte-americanos Black Stone Cherry distinguiram-se pelo seu amor e devoção ao hard rock de tendências sulistas. Ao quinto álbum a banda volta às raízes (Kentucky é o estado norte-americano de origem) e o seu hard rock está mais explosivo que nunca. Com um sentido de peso bem moderno e o sentido de melodia tradicional do rock sulista, esta mistura explosiva é letal e faz com que este álbum seja um dos mais explosivos da carreira dos Black Stone Cherry.
Fernando Ferreira
7 – SIXX: A.M. – “PRAYERS FOR THE BLESSED, VOL. 2”
ESM
O Volume 2 ainda é melhor que o Volume 1 e só prova que Sixx: A.M. é realmente uma força a ter em conta no reino do hard rock. E como disse antes, este álbum mostra a coesão da banda mas quem fica nas luzes da ribalta é mesmo o vocalista James Michael. Se o seu talento alguma vez esteve em dúvida, este álbum serve como real prova daquilo que ele consegue fazer. Um grande trabalho que não está (nem deve ficar) muito longe do anterior.
Fernando Ferreira
6 – KVELERTAK – “NATTESFERD”
Roadrunner
Esta é capaz de causar alguma controvérsia. Os rapazes noruegueses conhecidos como Kvelertak podem ter alguns elementos metal extremo no seu som mas ninguém poderá negar que o hard rock clássico tem um papel muito importante no seu som. Grandes solos, grandes riffs e até alguns blastbeats resultam num grande álbum cujo título poderá confundí-los por alguma banda de black metal épico. Deixem-se de preconceitos e mergulhem no mundo dos poderosos Kvelertak.
Fernando Ferreira
5 – AVANTASIA – “GHOSTLIGHTS”
Nuclear Blast
Avantasia regresa com“Ghostlights” que começa onde “The Mystery Of Time ( A Rock Epic)” terminou, no que diz respeito à história que envolve os dois discos. Claro que estamos a falar de mais uma metal opera por parte do nosso amigo Tobias Sammet. Nesta segunda parte e musicalmente falando, temos um trabalho mais maduro e completo. Até poderemos dizer que o que temos aqui é power metal sinfónico mas o hard rock é o que está realmente na base tudo (desde o terceiro álbum, inclusive, que assim é) especialmente tendo em conta as melodias vocais. Uma das propostas mais sólidas dos últimos anos, “Ghostlights” é um álbum que recupera o brilho do projecto conhecido como Avantasia.
Fernando Ferreira
4 – MOTOROWL – “OM GENERATOR”
Century Media
Praticamente vindos do nenhures, os Motorowl são agarrados pela toda-poderosa Century Media Records. Enquanto se pode ficar tentado a duvidar as razões desta escolha, devemos ouvir com calma “Om Generator”. É um dos grandes álbuns de estreia de 2016, tendo em conta todos os géneros. É cru mas poderoso (cortesia de uma produção com a garantia de qualidade do senhor Dan Swäno), forte, pesado mas ainda cheio de melodias. Temos aqui uma grande banda, não hajam dúvidas.
Fernando Ferreira
3 – SPIRITUAL BEGGARS – “SUNRISE TO SUNDOWN”
InsideOut Music
Os Spiritual Beggars sempre foram uma banda à parte. Talvez por ser um projecto de Michael Ammott dos Arch Enemy (um projecto bastante diferente da sonoridade de death metal melódico que ele sempre nos habituou) ou talvez por terem um som retro antes de ser cool dizer que se toca um som retro. Seja como for, sempre esperámos bom hard rock de qualidade por parte dos Spiritual Beggars e inevitavelmente foi isso que tivemos com este “Sunrise To Sundown” onde a banda demonstra que qualquer filão é inesgotável desde que se tenha talento e criatividade para o alimentar.
Fernando Ferreira
2 – GLENN HUGHES – “RESONATE”
Frontiers Music
Depois da repentina (e surpreendente) extinção dos California Breed, Glenn Hughes apresenta o seu álbum mais intenso e pesado de toda a sua carreira. Não é dizer que a voz de ouro está a tocar heavy metal mas anda lá perto, com um hard rock bem pesado, mesmo contando com os seus dias nos Deep Purple. “Resonate” é um grande álbum ao qual é fácil ficar-se bem viciado e não seria nenhuma surpresa apontá-lo como um dos melhores álbuns do ano de 2016.
Fernando Ferreira
1 – AIRBOURNE – “BREAKIN’ OUTTA HELL”
Spinefarm Records
A malta gosta de AC/DC, é um facto e não o vamos negar. Nem o queremos fazer. Talvez seja um mau começo dizer isso especialmente quando estamos a falar do novo álbum dos Airbourne. Não é pela banda ser também australiana. Para ser sincero, esse será o factor de menor importância no que diz respeito à semelhança entre as duas bandas. Os riffs simples, os refrães que se colam à cabeça como se fossem pastilha elástica colada em banco de cinema e aquela fórmula especial que resulta sempre – escrever músicas viciantes e que rockam muito. Não falha nunca. Portanto é o que temos aqui. Grandes riffs, grandes solos e grandes músicas… o que é que precisamos mais?
Fernando Ferreira