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WOM Reviews – The Troops Of Doom / Reverber / Heathen / Hellixxir / Possession / Sanity Control / Ravened / Pandemmy

WOM Reviews – The Troops Of Doom / Reverber / Heathen / Hellixxir / Possession / Sanity Control / Ravened / Pandemmy

The Troops Of Doom – “The Rise Of Heresy”

2020 – Blood Blast

O nome já diz muito, não é verdade? Se não for o caso, então basta dizer que esta é a nova proposta de Jairo Guedz, algo que se torna evidente se atentarmos no pormenor da capa, onde temos recriadas partes dos dois lançamentos onde Jairo partecipou nos Sepultura. Não sou particularmente fã desses primeiros trabalhos dos Sepultura, por isso não esperava grande coisa mas “The Rise Of Heresy” consegue para surpreender pela positiva. Som poderoso, black death thrash sem grandes merdas e ainda se tem direito a duas versões de Sepultura, “Bestial Devastation” e, claro, “Troops Of Doom”. Não há mesmo como não ficar agarrado. Espero que isto venha desaguar em álbuns!

9/10
Fernando Ferreira

Reverber – “Sect Of Faceless”

2020 – Punishment 18 Records

Thraaaaaaaaaaash! Os Reverber apresentam o seu terceiro álbum de originais pela mão da Punishment 18 Records e trazem-nos dez bojardas de thrash metal onde o old school anda de mãos dadas com uma produção moderna. Esta união do melhor dos dois mundos é algo que traz bons reultados, com a violência a atingir níveis bem satisfatórios. Podemos pensar em nomes como Exumer ou até uns Kreator (isto se não pensarmos na espécie de balada “Wood Of Suicides”) para referência mas o melhor é mesmo ouvir coisas como “Channel 666” ou “Black Plague. Boa aposta.

8.5/10
Fernando Ferreira

Heathen – “The Evolution Of Chaos”

2010/2020 – Mascot Records

Reedição de um álbum que podemos dizer que é um clássico da década passada, ainda que seja um clássico não assumido – como muitos trabalhos marcantes que sejam recentes e que se insiram num género que tem uma história tão ilustre como o thrash metal. “The Evolution Of Chaos” junta peso e melodia tal como o esperado de um álbum do estilo. Aliás, a própria forma como começa, com a imparável “Dying Season”, é testemunho para o seu poder. Vai buscar tudo aquilo que já fez, tudo aquilo que já foi feito mas dá-lhe um cunho pessoal o suficiente para que se fizesse o ouvinte regredir uns anos e sentir que está a ouvir pela primeira vez algo do género. E não é todos os dias que temos temas longos a soar tão bem e sem serem recebidos como aqui. Dez anos de aniversário de um álbum que soa igualmente poderoso e revelante hoje em dia tal como na altura. Remasterizado e com faixas bónus, mais que recomendado.

9/10
Fernando Ferreira

Hellixxir – “The Black Fortress”

2019 – M.U.S.I.C. Records

“The Black Fortress” é o terceiro álbum dos franceses Hellixxir (não confundir com os espanhóis Hèllixir) e tivemos que esperar por mais de oito anos para que ele nos chegasse. Valeu bem a espera já o black/death/thrash metal que debitam está com a fórmula bem apurada. A parte extrema tanto se espalha pelas vozes de Alexandre Manin, como pela de Baptiste Gastaldin (que para além de ser baixista também dá um ajuda na voz), mas os riffs por vezes vão buscar aqueles ambientes frios do black metal, tornando o seu travo inconfundível. Apesar disto tudo, o sabor é thraaaaaaash, puro thrash que obriga ao headbang e que se apresenta sem qualquer tipo de pretensões a não ser obrigad a cabeça a mexer. São as coisas simples que perduram. Este álbum está cheio de coisas delas. Onze para ser exacto.

9/10
Fernando Ferreira

Possession – “Disentombed Manifestations”

2020 – Xtreem Music

Colecção avantajada e bastante completa dos Possession que junta o álbum de originais que a banda lançou em 1995 “Eternally Haunt”, o EP “Scourge & Fire” de 1997 no primeiro disco e no segundo o EP “The Unnameable Suffering” de 1993,. O álbum é muito bom. Arrisco até dizer que é uma pérola do underground e que por ele só vale a pena comprar a compilação. Já o EP parece-nos um bocado menos bem conseguido, com a produção mais tosca – a bateria parecem tachos e panelas a serem castigados, exceptuando na cover de King Diamond, “Shrine”. A finalizar temos dois temas que não saíram em nenhum lançamento próprio, sendo que “The Manifestation” (este até é inédito) é uma obra de arte e excelente indicativo daquilo que seria o futuro da banda caso viessem a lançar mais alguma coisa, e ainda a cover para “Revelations” dos Iron Maiden que já tinha saído num tributo. Já o segundo disco traz-nos outra pérola, o EP “The Unnameable Suffering” de qualidade enorme mas apenas composto por três temas. Temos também a demo lançada no mesmo ano “Mad Crazed & Violent”, a apresentar temas que já ouvimos tanto no álbum como no EP que se lhe seguiria, mas ainda com bom som. A finalizar, uma demo inédita, com uma mistura onde o grande destaque é o baixo. No geral é uma compilação muito interessante que nos dá a conhecer uma banda que terá passado despercebida a muita gente na altura.

8.5/10
Fernando Ferreira

Sanity Control – “War On Life”

2020 – Seeing Red Records / Selfmadegod

Thraaaaaaaash! O grito de guerra dá logo indicação ao que os Sanity Control vêm. Thrash metal com retinques de crossover e que dá porrada sem grandes pausas ou momentos para descansar. A banda é relativamente recente, com pouco mais de dois anos de carreira, e esta estreia poderá carecer de alguma falta de identidade própria, sendo que referências como Municipal Waste, Nuclear Assault e até Slayer vão aparecendo por aqui, mas aquilo que nos fica são mesmo pouco menos de vinte minutos de boa diversão. Claro que o facto de ser tão curto não os favorece – mais quatro músicas não lhe fariam mal nenhum, mas esse não é um problema muito grave.

8/10 
Fernando Ferreira

Ravened – “From The Depths”

2020 – Jono

Os Ravened são mais uma banda de metal moderno que surge nos escaparates. Malta nova, cheia de garra para querer fazer vingar a sua arte que neste caso específico, anda ali pelo thrash metal mais groove que vai tanto ao metal como ao hardcore. Nada de novo até agora, certo? Para salientar ainda mais este ponto, podemos dizer que surgem exactamente como seguidores de uns Lamb Of God, não sendo isso nem bom nem mau. Apenas não surpreende. É complicado uma banda nova conseguir surpreender num género que tem sido tão explorado nas últimas duas décadas, por isso o truque será mesmo concentrar-nos nos temas em si. Temos bons mas será que serão memoráveis? Não tanto como se desejaria. Será então recomendado para todos os que vivem e respiram este estilo de música. Conseguirá entreter. Se calhar por agora não é mesmo para exigir mais que isso.

6.5/10
Fernando Ferreira

Pandemmy – “Subversive Need”

2020 – Edição de Autor

Os brasileiros Pandemmy regressam após o split com os Ascendent e para o seu terceiro álbum. Mais apoiados no death do que propriamente no thrash metal, “Subversive Need” é capaz de destruir as expectativas para quem as tinha. Não me vou referir à produção baça e que não ajuda a realçar as canções. Vou referir-me mesmo às canções em si que acabam por não ser memoráveis. Há muitas formas disto acontecer. Riffs, solos, as linhas de voz, secção rítmica. Bem, esta última está camuflada, com a bateria algo enterrada e consigo a levar o baixo. Os riffs não são particularmente brilhantes, mas os solo são sem dúvida o destaque. A voz é mais monocórdica do que antes de uma forma geral. E quando não é, desejamos que o seja. No todo temos um conjunto de canções que parece que sofrem de falta de ideias por um lado (sensação que desaparece durante os solos), enquanto por outro poderiam ter sido um bocado mais refinadas. Um passo atrás, temporário, espera-se.

7/10
Jorge Pereira

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