Review

WOM Reviews – Netherblade / Artillery / Cuttermess / Lethal Injury / Strike / Götterdämmerung / Tassack / Rot

WOM Reviews – Netherblade / Artillery / Cuttermess / Lethal Injury / Strike / Götterdämmerung / Tassack / Rot

Netherblade – “Reborn”

2020 – Dark Hammer Legion / Volcano Records

Pelo início do álbum, até parecia que me tinha enganado na promo. Com uma intro toda majestosa e a atirar para o sinfónico, nem parecia que estaríamos perante a estreia dos Netherblade. Depressa as dúvidas se dissipam com um thrash metal energético que curiosamente se vai tornando cada vez mais tradicional conforme o álbum avança, com alguns coros que até remetem para o crossover. Thrash violento mas longe de ser tosco, “Reborn” deixa no ar a ideia de que esta banda estabelece já desde o primeiro álbum, uma boa base de progressão.

8/10
Fernando Ferreira

Artillery – “The Last Journey”

2020 – Metal Blade Records

Single dedicado a Morten Stützer, ex-guitarrista da banda. Começa com uma balada e depois vai crescendo até um “chuga chuga” que até parece mais comum a que uns Grave Digger fazem. Como nota de curiosidade, conta com três vocalistas da banda, Michael Bastholm Dahl (o actual), Soren Nico Adamsen (que actua com a banda apenas ao vivo) e Flemming Rönsdorf (o clássico). No lado b temos a clássica “Trapped Under Ice” dos Metallica, numa versão poderosa. É um single obviamente de homenagem e nada que nos dê indicações em relação ao próximo álbum de originais da banda dinamarquesa.

8/10
Fernando Ferreira

Cuttermess – “Take’m To The Guillotine”

2020 – Edição de Autor

Não é preciso uma grande introspecção para ver que estamos perante um EP do mais belo thraaaaaaaaash, pois não? Esta banda, formada em 2018, vai buscar todas as diferentes influências dos anteriores projectos dos músicos, onde temos a violência do thrash com alguma melodia punk/hardcore (mas não ao ponto que lhe chamemos crossover) e também daquela magia do hard’n’heavy (algo bastante claro no riff inicial da “The Madness”, tema que depois não se furta também a apresentar guturais mais à frente). Diversão, simplicidade e o resultado são três temas que acertam em cheio daquilo que precisamos de ouvir hoje em dia. Recomendado!

8/10
Fernando Ferreira

Lethal Injury – “Melancholia”

2018 – Wormholedeath

Melancolia não é propriamente o estado de espírito que temos por aqui. O que temos é mesmo thraaaaash metal, daquele que empolga e nos convida a pensar nos idos de oitenta. Tanto na forma como se mostra embrenhado no metal tradicional, como demonstra uma agressividade (principalmente na voz) que poderemos associar a outros géneros mais extremos. E tudo condensado em bons temas que fazem desta uma estreia bastante interessante. Passou-nos ao lado em 2018 mas hoje estamos aqui para fazer o devido reconhecimento. Mais vale tarde que nunca certo? Até porque nunca é tarde para ganga boa desta.

8.5/10
Fernando Ferreira

Strike – “Fast & Loud”

2020 – Edição de Autor

Primeiro álbum de originais dos colombianos Strike que se mostram fãs das coisas mais simples da vida. Coisas mais simples e boas, tal como o metal directo e sem grandes complicações. Com o som a misturar o punk e o heavy metal mais cru (com uma assumida influência dos Motörhead, evidente logo na capa do álbum) e com uma voz a apelar aos fãs do black/thrash metal, este duo tem o dom, raro hoje em dia, de nos conseguir logo cativar à primeira. A produção, não sendo exuberante, é boa o suficiente para se perceber todos os riffs e detalhes e também para ver que não são propriamente toscos. Empolgante, quando a honestidade das paixões surgem desta forma.

8/10
Fernando Ferreira

Götterdämmerung – “Neuschwabenland”

2020 – Slovak Metal Army

Segundo álbum dos checos Götterdämmerung que continuam a ter como principal inspiração lírica e estética a Segunda Guerra Mundial. Para quem não sabe, esta banda foi criada por Pavel “Medvěd” Brummbär Urbánek, o guitarrista que foi um dos membros fundadores dos míticos Sax. Thrash metal furioso e sem grandes espaços para melodias ou groove. Um assalto unidimensional à antiga que faz com que seja um trabalho mais que recomendado para quem tem saudades de abanar o carolo como se fosse gente grande. Unidimensional mas muito bem conseguido.

8/10 
Fernando Ferreira

Tassack – “Mega… Dożynki”

2019 – Edição de Autor

Esta capa fez-me vontade de voltar a pegar na rúbrica “Artwork Insights”. É daquelas coisas que pensamos que só surge em artigos refundidos da internet que vai buscar uma série de capa incrivelmente más. É fácil notar que, apesar de cantarem em polaco, os Tassack são bem humurados. Resta saber é se esse humor é bom ou se é apenas idiota. A capa não ajuda a que se leve a sério. O som, infelizmente, também não. Temos uma sonoridade thrash com uma produção crua, algo tosca (mas ao menos orgânico) e com composições algo básicas. Não satisfaz os desejos de requinte. Nem percebemos os samples em polaco.

5.5/10
Fernando Ferreira

Rot – “TripleBlack”

2020 – BodyBag Records

Os Rot são norteamericanos e tocam uma mistura de thrash metal e punk, sendo que o resultado até se assemelha mais a heavy metal do que outra coisa, visto a quantidade de temas mid tempo que têm. Bom som, boa produção mas as composições em si não convencem. Falta-lhes garra, falta-lhes algo que nos faça ferver o sangue. No dia de hoje em que temos tanta coisa a entrar-nos pelos olhos e ouvidos a dentro, se não houver poder para fazer a diferença, então o mais certo é mesmo passar ao lado. Que é o que acontece.

5/10
Fernando Ferreira

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