WOM Reviews – El Pistolero / Captain Naysayer / Steve Parsons / Stunned / The Royal Beggars / The Fred Pala Band / The Villainz / Ray Gilman
WOM Reviews – El Pistolero / Captain Naysayer / Steve Parsons / Stunned / The Royal Beggars / The Fred Pala Band / The Villainz / Ray Gilman
El Pistolero – “Mexican Standoff”
2021 – Metalopolis
Uma banda alemã com nome hispânico? Ou uma banda sul-americana com sonoridade germânica? Quando me chegam álbuns de bandas que ainda não conheço, tenho por hábito ouvir sem ler nada sobre elas, incluindo a nacionalidade, para que a primeira audição seja completamente “limpa” de qualquer influência. E ao ouvir “Mexican Standoff” a primeira coisa que se destacou foi aquele som de bateria tão característico das bandas alemãs, que têm algo de tribal, de guerreiro, de chamamento, ao qual é impossível ficar indiferente. Assim é este álbum de estreia dos alemães “El Pistolero”, um hard-rock de composições vibrantes. “Sex, alcohol and rock’n’roll” são os ingredientes que compõe o cocktail lírico de composições vibrantes, com riffs de guitarra cheios de adrenalina. A acompanhar uma bateria “old school” e um baixo estrondoso temos a voz “arranhada” e rouca de Alex ‘Nighty’ Blochmann, que se enquadra na perfeição em todo o instrumental. “Mexican Standoff” é um excelente álbum e, enquanto álbum de estreia, deixa a fasquia da banda muito elevada.
9/10
Rosa Soares
Captain Naysayer – “Captain Naysayer”
2021 – Edição De Autor
Os Captain Naysayer são uma banda belga com um cantor brasileiro, que cantam em inglês e que lançaram um EP de estreia homónimo. E se assim já parece uma composição diversificada, mais diversificados são os seus temas, abrangendo diferentes abordagens ao nível dos arranjos, que vão desde o heavy rock às baladas.
A sonoridade deste EP é bastante cativante, remetendo-nos para um rock clássico de inspiração nos anos 70, com matizes zepellianas a destacarem-se em alguns dos temas.
A boa dinâmica musical e as composições diversificadas fazem com que Captain Naysayer seja uma audição bastante agradável e que se volte a escutar depois da primeira vez.
8.5/10
Rosa Soares
Steve Parsons – “Mother Nature’s Forgotten Son”
2020 – SP Productions
Ora isto é que é uma capa old school. Parece que estamos perante algo saído da década de setenta ou até mesmo sessenta. Provavelmente foi para nos preparar para a música em si. Por falar nisso, a música teve a capacidade de num curto espaço de tempo nos fazer pensar nos The Beatles, Bob Dylan e Mick Jagger. Não dêem muita importância a estes nomes, não são representativos do que se pode encontrar aqui, apenas será algo que vos poderá (potencialmente) acontecer. Consta que Parsons gravou todos os instrumentos num aparelho de gravação portátil – mais old school que isto não deve haver – não utilizando mais do que oito pistas por canção. Muito sentido, este é o tipo de música que vai beber à cena folk da década de sessenta e também ao rock mais de intervenção da mesma época. O feeling pode não ser tudo mas em certos casos é mesmo.
8.5/10
Fernando Ferreira
Stunned – “Alien Satellite”
2020 – Edição de Autor
Sou da opinião que todos os fãs de música passam inevitavelmente por um momento na vida, que é ter nostalgia por certos aspectos do passado, normalmente de forma romântica. Bem, acho que já entrei (há já algum tempo) nessa fase porque a olhar (e a ouvir) este álbum dos canadianos Stunned – que sortem rotulados como pop rock – sinto saudades dos tempos em que o comum era encontrar bandas como esta, em que o pop se resume a ter melodias mrcantes no refrão. Que bem que se estava no mainstream, que bom que era sentir que a música não era algo marginal que passava ao lado das atenções mundiais. Não deixa de ser essa a nossa função também, amantes de música. “Alien Satellite” é um álbum ligeiro mas com alma rock que consegue impressionar em todos os momentos. Simples e functional. Altamente eficaz acrescento, sem soar a música de ontem. Não, música imortal.
8/10
Fernando Ferreira
The Royal Beggars – “Wounded Hearts N’ Bloodstained Souls”
2020 – LMH Records
Poderiam ver do sul dos Estados Unidos mas não, os The Royal Beggars são mesmo suecos, apesar do tom southern do seu rock. Este EP tem aquele travo country – não perdendo as raízes rock – que é tão característico, mas mais que isso, tem é um grande dom para trazer grandes canções com swing. Positividade daquela que só o verdadeiro rock consegue criar.
8/10
Fernando Ferreira
The Fred Pala Band – “Through A London Window”
2020 – Edição de Autor
A primeira mental que surge em mente é de Stevie Ray Vaughan, pelo tom da guitarra, como até pela voz. Mas não, estamos mesmo perante Fred Pala, um guitarrista talentoso que tem o blues rock na ponta dos dedos e na voz. As duas são o principal fio condutor destes quatro temas inspirados e que nos fazem querer ouvir mais, esperemos que num futuro próximo.
8/10
Fernando Ferreira
The Villainz – “Sexy & Arrogant”
2020 – Edição de Autor
Catalogados como crazy rock from Mars, seja lá o que isso seja, os franceses The Villainz surgem com um rock sujo e sexy – muito graças à forma de cantar de Jess K. – que cativa facilmente todos ows que têm saudades da rebeldia e sensualidade que este estilo de música deve (ou pelo menos deveria ter). Arrogância, sim, de quem se está a borrifar para aquilo que o mundo dita, uma arrogância que é palpável através de música orgânica e poderosa. Nem sempre é eficaz como esperado – algo que depois também se atenua com o tempo – mas no geral é uma competente estreia.
7.5/10
Fernando Ferreira
Ray Gilman – “Reanimated”
2020 – Edição de Autor
Interessante capa para um som que infelizmente não deita assim tantas faíscas quanto isso. Infelizmente “Reanimated” é convencional em demasia. Bem produzido, com bons instrumentistas e uma voz razoável, não consegue destacar-se ou impor-se para lá da tonelada de lançamentos que nos passam pelas mãos diariamente. Competente na mediania, este é um daqueles discos que não encontrando nada de positivo para dizer, custa falar mal porque procuramos constantemente por aquele gancho ou aquela música que o redima. Infelizmente não o encontramos.
4/10
Fernando Ferreira