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WOM Reviews – Herman Frank / Animal House / Screamachine / Cirith Ungol / Arched Fire / Season Of Dreams / Liquid Steel / Artaban’s Redemption

WOM Reviews – Herman Frank / Animal House / Screamachine / Cirith Ungol / Arched Fire / Season Of Dreams / Liquid Steel / Artaban’s Redemption

Herman Frank – “Two For A Lie”

2021 – AFM Records

Herman é um monstro do metal! “Two For A Lie” é o mais recente trabalho e a sua linha sonora é a de sempre, aquela que fez de Herman uma referência desde os seus “discretos” tempos dos Accept. Um álbum puro heavy metal de linhagem alemã, forte, com excelentes malhas, melódico q.b. e acima de tudo cheio de identidade, só podia ser. Naturalmente poderão surgir vozes dissonantes da minha, normal, mas reforço que este quinto disco, não sendo daqueles que nos deixa de boca aberta é um reforço de alto nível para o catálogo do guitarrista alemão. Oiçam faixas como “Venom”, “Liar”, “Eye Of The Storm” e “Stand Up And Fight” e depois digam qualquer coisa!

10/10
Miguel Correia

Animal House – “Living In Black And White”

2021 – Punishment 18

Os italianos Animal House trazem-nos um álbum de estreia, composto por oito faixas de puro heavy metal progressivo, poderoso e cheio de energia. Muito se poderia falar de “Living In Black And White”, que para mim é muito mais colorido do que o seu título nos quer fazer entender, mas acima de tudo estamos perante um trabalho com muita identidade e que nos deixa de água na boca para saber o que poderá vir a seguir, mas até lá acreditem é daqueles discos que temos de disfrutar vezes sem conta e uma enorme surpresa para os nossos ouvidos.

10/10
Miguel Correia

Screamachine – “Screamachine”

2020 – Argento Records

Os Screamachine são um novo projeto da cena metal italiana, composto por músicos ditos veteranos do underground do país. O álbum de estreia auto-intitulado conta com a participação de quatro dos melhores guitarristas de metal da Itália: Simone Mularoni (DGM), Massimiliano Pagliuso (Novembre), Andrea Angelini (Stormlord) e Francesco Mattei (Noveria). A base sonora deste disco está assente num heavy power metal moderno, onde proliferam os duos de guitarras, com ritmos rápidos, pesados e com muito Groove, inspirados por bandas como Judas Priest, Savatage, Accept com aquele power trazido da década de 80. Altamente recomendado!

10/10
Miguel Correia

Cirith Ungol – “Half Past Human”

2021 – Metal Blade

Depois de quase trinta anos de espera, o ano passado o jejum Cirith Ungol foi quebrado com “Forever Black”. Jejum para os esperançados de ver a clássica banda de heavy metal de volta com nova música. Inesperadamente, depois disso nem foi preciso esperar muito mais tempo para termos mais. Aqui está, um ano depois, mkais quatro temas num EP que é essencial para todos os fãs. É bom ver a banda a querer estar activa mais que nunca – apesar da altura não ser de todo favorável para o género – uma banda de metal simplesmente precisa de concertos para sobreviver. Estes quatro temas são mesmo aquilo que se esperava e até precisava. Heavy/doom metal cheio de classe como só a banda norte-americana sabe fazer. Obviamente recomendado.

9/10
Fernando Ferreira

Arched Fire – “Remote Control”

2021 – WormHoleDeath

Estreia discográfica dos Arched Fire que têm uma boa amplitude estilística. Ora lhe dão no speed metal, ora descaem para o heavy metal ou até embicam por campos mais power. Isto tudo sem soar como se fosse uma manta de retalhos que se estranha a cada passagem de música. A banda é finlandesa mas parece que é até mais norte-americana principalmente pela voz Kristian Herkman, ele que curiosamente é o membro mais recente da banda. Isto porque os Arched Fire já existem desde o final da década de oitenta por breves meses e acabaram por finalizar funções antes de lançar o quer que seja. Reuniram-se e o resultado é entusiasmante. Resta saber se estes temas são old school porque o pessoal tem o ADN old school ou se já estão feitos há mais de trinta anos. Seja como for, excelente trabalho!

8.5/10
Fernando Ferreira

Season Of Dreams – “Heroes”

2021 – Pride & Joy Music

Segundo álbum deste projecto que surge exactamente um ano após a estreia – dando a ideia de que esta é mesmo uma iniciativa de quarentena. O resultado é acima da média, principalmente no instrumental – a cargo de Jean Michel Volz. Já a voz de Johannes Nyberg revela-se adequada para o estilo, com o poder e afinação necessária embora existam por aqui momentos onde parece ser pouco natural. Seja como for, “Heroes” é um belo disco que os fãs de power metal épico deverão conferir.

8/10 
Fernando Ferreira

Liquid Steel – “Mountains Of Madness”

2021 – Metalizer Records

Os austríacos vieram ter connosco e disseram-nos que faziam heavy metal como os seus heróis da década de oitenta e embora esta declaração possa ser vista como genérica e nem sempre representar a realidade daquilo que se pode ouvir, no que diz respeito ao disco é 100% real. Assim como a paixão e dedicação da banda ao som que fazem. Por vezes parecem um a caricatura do som que se fazia na altura mas isso não entra pelos caminhos do exagero. Além de que este é já o seu terceiro álbum que surge após um silêncio de cinco anos. É um álbum que é fácil de atrair qualquer fã de heavy metal e que goste de uma voz potente (ainda que possa exigir algum tempo de habituação), guitarradas fortes e bons solos, então este é um trabalho a conferir.

8/10
Fernando Ferreira

Artaban’s Redemption – “Broken Puppets”

2021 – Demons Records

Alerta vermelho, capa capaz de fazer vazar a vista dos mais sensíveis. Com poder destrutivo até para enviar o mundo para os anos setenta ou até oitenta, quando as más capas haviam a pontapé. Esta é uma parte difícil de contornar, por muito que se diga mentalmente (ou em voz alta) “o que interessa é a música, o que interessa é a música”. E o pior é que a música até nem é má de todo apesar de todos os clichês que carrega orgulhosamente às costas. Power metal como se tivesse saído da década de noventa onde valia tudo para lançar um álbum do estilo – inclusive capas assim. Este EP dos Artaban’s Redemption (a escolha do nome também não é a melhor) tem potencial mas espalha-se ao comprido no básico. Não basta apenas fazer boas músicas, é preciso também que a banda seja uma entidade que cause bom impacto, é preciso que os lançamentos sejam, no todo, algo incontornável. Como está, apesar do potencial, poderá muito bem passar ao lado de muito boa gente. Espera-se que as boas indicações se traduzam numa maturidade mais acentuada.

6/10
Fernando Ferreira

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