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WOM Reviews – Despising Age / Catharsis / Burial Invocation / Graven Maul / Baalberith / Decapitated / Ravens Creed / Adarrak

WOM Reviews – Despising Age / Catharsis / Burial Invocation / Graven Maul / Baalberith / Decapitated / Ravens Creed / Adarrak

Despising Age – “Belligerent“

2021 – Planet K Records

Estreia discográfica dos suiços Despising Age que trazem death metal violento a piscar o olho ao old school. Piscadela sedutora e bem conseguida graças a dinâmicas bem conseguidas neste conjunto de temas. Os solos de guitarra cheios de feeling e alguma melodia também ajudam a que “Belligerent” seja um trabalho que é fácil de agrardar. Qualquer um que aprecie death metal vai ser da mesma opinião. Sem desvios, sem concessões por algo mais amigo do que é popular hoje em dia, only death is real. Também não é preciso mais nada. Ficar de olho/ouvido neles.

8.5/10
Fernando Ferreira

Catharsis – “Human Failures”

2021 – Mad Lion Records

Sete anos depois, o terceiro álbum dos Catharsis. Sempre complicado gerir uma carreira com tanto espaço entre o segundo e o terceiro disco, principalmente quando o terceiro é lançado numa altura de pandemia em que não é possível tocar ao vivo. Aparte disso, este não é um trabalho que sofre desse mal. “Human Failures” é death metal técnico e bastante inteligente que iria soar tão bem em 2015 ou 2016 como soa agora. A abordagem é ligeiramente old school, fazendo recuar até à década de noventa mas ainda assim há uma lufada de ar fresco, com a abordagem a pender até mais para o progressivo e para os tempos compassados do que propriamente tocar à velocidade da luz. Há uma estranha musicalidade que favorece cada um destes temas apesar dos mesmos serem na maior parte das vezes extremamente longos. Para quem gosta de puzzles sonoros, está aqui um digno para os vossos ouvidos.

8.5/10
Fernando Ferreira

Burial Invocation – “Abiogenesis”

2018 – Dark Descent 

É cada vez mais comum termos bandas de black metal misteriosas das quais não há nenhuma informação. Mas no final o que interessa mesmo é a música e no caso dos holandeses Ossaert, o que temos é quatro temas longos, hipnóticos e cruz. Vistas a coisas, não é preciso saber quem são, de onde vieram e para onde vão. Nem é preciso letras nem títulos de música (por muito que seja um chavão termos “I”, “II”, “III” e “IV” como títulos, enquadra-se perfeitamente) porque a música fala por si só. E nem só consegue ser aquele black metal cru e primitivo como também consegue alcançar níveis inesperados de melancolia (conferir a “III”). No geral é um álbum surpreendente que não conseguimos ficar indiferentes.

8.5/10
Fernando Ferreira

Graven Maul – “Crushed Skull Moon”

2018 – Redefining Darkness 

Recuo até ao início de carreira dos norte-americanos Graven Maul, que neste curto EP, editado em cassete pela Redefining Darkness demonstrava ter um potencial fantástico. Death metal com aquela gravilha no som das guitarras que deixa logo qualquer um refém. Qualquer um que goste de death metal sueco, claro está. A banda parece que entrou em hiato depois de um segundo EP editado em 2019 e é pena. Esperemos que o fim de pandemia os traga de volta porque está aqui é realmente bom.

8.5/10
Fernando Ferreira

Baalberith – “Manhunt”

2021 – Godz Ov War Productions

Mais um álbum blasfemo da Godz Ov War Productions, desta feita a estreia nos álbuns dos polacos Baalberith. Meia hora de porrada no lombo e está feita a coisa. Porrada unidimensional mas com um forte grau de eficácia. Há por aqui qualquer coisa de Aeternus, principalmente na violência pura dos riffs. Sendo que os Aeternus também vieram do black metal, é uma referência que encaixa perfeitamente neste quesito de death/black metal bem interessante. A voz é um dos pontos de interesse, para além dos riffs e este é um álbum que é recomendado para quem gosta da fusão destes dois mundos.

8/10
Fernando Ferreira

Decapitated – “The First Damned”

2021 – Nuclear Blast

Enquanto não sai o novo álbum dos Decapitated, aqui está um presente para os coleccionadores. Uma compilação que junta as duas primeiras demos da banda (numa altura em que ainda se faziam demos antes de lançar um EP ou álbum). Falamos de “Cemeteral Garden” de 1997 e de “The Eye Of Horus” de 1998. Quando se fala de demos, pensa-se em som podre, condições técnicas (tanto materiais como humanas) embrionárias mas aqui é mesmo o oposto. Som bastante aceitável e já um nível técnico muito acima da média. Claro que é a demo mais recente que causa melhor impressão mas ainda assim no geral já dava para perceber que este viria ser um dos grandes nomes do death metal. E assim foi, apesar de todos os problemas e percalçõs que atravessarão ao longo dos anos.

8/10 
Fernando Ferreira

Ravens Creed – “Get Killed Or Die Tryung”

2018 – Xtreem Music

Death metal britânico, bem underground – pelo menos essa é uma explicação para nunca ter ouvido falar deles antes – e com bons argumentos. A voz é um dos maiores, tem aquele timbre clássico que nos faz lembrar nos momentos primordiais de bandas como Benediction ou Bolt Thrower. Simplicidade nos riffs mas eficaz nas músicas. A concorrência feroz no estilo não devem permitir que se sobressaiam, no entanto isso não interessa para quem gosta do estilo já que cumprem todos os requisitos mínimos para uma boa apreciação.

7/10
Fernando Ferreira

Adarrak – “Ex Oriente Lux”

2021 – Satanath

Presenciamos mais uma estreia musical. Desta vez, surge das longínquas terras de Singapura e do trio Adarrak. “Ex Oriente Lux” é o nome do trabalho em questão e cai dentro do grande universo do death metal, apesar de que num recanto bastante específico. A sonoridade deste álbum é uma de cariz épico e orientado para o melódico e mais pensado, isto é, não é uma explosão constante de agressividade e de “barulho” aleatório. Este trabalho é detentor de um cariz exploratório muito pouco comum, na medida em que se fôssemos ouvir cada uma das suas faixas separadamente, dificilmente diríamos pertencerem todas ao mesmo conjunto de músicas. Por outras palavras e a fim de exemplificar, este é um álbum que tanto está em modo brutal como está em modo mais melancólico com os seus vocais mais limpos. Acredito que será esse aspeto que se dividiram as opiniões em relação a este álbum. As partes melódicas relembram, ocasionalmente, menor inspiração e menor motivação por parte de quem as ouve. Por isso, é um bom álbum com os seus obstáculos.

7/10
Fernando Ferreira

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