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WOM Reviews – Circus Of Rock / Cruzh / Duckwalk Chuck / The Screaming Jets / Max Frye / Alice Was A Man / Bodyguerra / Dan Lucas

WOM Reviews – Circus Of Rock / Cruzh / Duckwalk Chuck / The Screaming Jets / Max Frye / Alice Was A Man / Bodyguerra / Dan Lucas

Circus Of Rock – “Come One Come All”

2021 – Frontiers Music

Os Circus Of Rock são uma nova banda, ou melhor, um novo projecto musical, idealizado pela baterista Mirka Rantanen (King Company). O álbum de estreia “Come One, Come All” tem a participação de nomes cantores e músicos incríveis, que vos deixar e aconselhar a descobrir. Os incríveis talentos envolvidos vêm de nomes de bandas como Amaranthe, Tyketto, Hardline, Nightwish, Leverage entre muitos outros, além de músicos de bandas como Stratovarius, Brother Firetribe e Masterplan. Essencialmente, as composições de Rantanen são um misto de hard rock melódico clássico, metal melódico e incursões de power metal em padrões musicais que podem ser, às vezes, entra pela sonoridade AOR pela forma catchy como algumas passagens soam. Recomendo!

10/10
Miguel Correia

Cruzh – “Tropical Thunder”

2021 – Frontiers Music

A Suécia é uma referência na cena musical ao nível mundial, por todo o contributo já dado em diferentes tempos e níveis do meio. Agora aparecem-me os Cruzh e acreditem que me deitaram abaixo com facilidade, deixando no ar a ideia: “yeah, mais uma que promete e agora como vai ser? Pois, não sei.” De sonoridade AOR/Rock melódico altamente contagiante, “Tropical Thunder” é um disco de inesgotável demonstração de talento e que para quem curte o género vai com toda a certeza ficar preso. Não conheço o seu antecessor, mas para o caso também não é isso que iria fazer a diferença perante tanta qualidade!

10/10
Miguel Correia

Duckwalk Chuck – “Fired Up”

2021 – Edição de Autor

Vinte anos de carreira e ainda não são um nome badalado fora do seu país natal, Noruega. Não é de estranhar já que a banda também toca um hard rock raçudo que nos dá resposta à dúvida “o que aconteceria se o Lemmy resolvesse fazer versões de AC/DC”. Não tanto literalmente mas dá para ter uma ideia aproximada. Típico som ideal para uma road trip que poderá não ser memorável, poderá não ser original mas é o ideal para uma boa viagem despreocupada, com o som a bombar. Som assim não envelhece nunca. Hard rock de qualidade e a prenda de aniversário perfeita tanto para a banda como para os seus fãs.

8/10
Fernando Ferreira

The Screaming Jets – “All For One – 30 Year Anniversary Edition”

1991/2021 – Rooart

Este é um álbum clássico. Trinta anos acabadinhos de fazer. Isto para uma banda que podemos considerar como que um sucesso local (e por local, entenda-se Austrália, país de onde é originária). Foi graças à internet que o seu som se espalhou ainda mais para além das fronteiras como uma boa proposta de rock/hard rock que não era um reciclado de AC/DC e que tinha uma identidade própria que ia para além do que era moda no resto do mundo. É essa identidade que faz com que os fãs que têm sejam bastante dedicados. E também pela forma como este trabalho apesar de ter trinta anos em cima soa tão fresco e forte agora como provavelmente terá soado na altura. Só tenho que referir que como esta é a edição de aniversário, e tem o mesmo alinhamento (isto é, sem faixas bónus) não consigo perceber exactamente onde está a diferença. Como o som soa até bastante cheio e moderno, talvez tenha passado por uma regravação ou no mínimo remasterização. Seja como for, é bom.

8/10
Fernando Ferreira

Max Frye – “The Rainmaker Sessions”

2021 – Edição de Autor

EP de estreia de Max Frye, um jovem músico norte-americano que demonstra que a fé nas novas gerações tem razões para não estar perdida embora tenhamos consciência que o havia na década de setenta e oitenta nunca mais vai voltar. Amor ao rock e talento, duas condições essenciais para que este “The Rainmaker Sessions” seja um interessante EP. Alguns pontos a evoluir, sobretudo ao nível vocal. A sua voz tem potencial mas sente-se que ainda há mais a evoluir. No geral, bem interessante.

7/10
Fernando Ferreira

Alice Was A Man – “Alice Was A Man”

2021 – Edição de Autor

Primeiro EP/lançamento por parte dos Alice Was A Man, uma banda de Setúbal que começou há pouco tempo (2018) e que tem como objectivo exorcizar as suas influências que vão do metal ao rock alternativo. Entre os dois, é mais para o lado deste último que pendem mais, apesar de termos aqui alguns excelentes apontamentos como é o caso de “Anchor”. A voz é provavelmente o ponto menos convincente, sendo compensado pelo instrumental. Sendo o início sente-se que há um caminho a percorrer mas desde logo se sente que é um caminho interessante.

7/10 
Fernando Ferreira

Bodyguerra – “Fire & Soul”

2021 – Fastball Music

Bodyguerra, uma banda com um nome estranho que tem um som nada estranho, e bastante bom até, sem necessárias grandes análises. Algures entre o rock clássico, o hard’n’heavy mais moderno (se é que existe tal coisa), a banda conta com um grande guitarrista – Guido Stuecker – mas também com uma voz poderosa que consegue transmitir garra como também consegue passar sensibilidade e emoção. Até aqui tudo bem. O problema é mesmo termos um disco com sessenta e quatro minutos que muitas das vezes parece que marca o passo. Isso e alguns dos temas são desnecessariemente longos sem necessidade de o ser. No geral “Fire & Soul” é um conjunto de temas que, bem digeridas, consegue causar bom impacto para quem já é fã de rock mas mesmo esse poderá ter alguma dificuldade em passar por cima pelo tom genérico de alguns temas como “You Never Know Why” e “Behind The Clouds” onde até o trunfo da voz se sente que não assenta bem.

6/10
Fernando Ferreira

Dan Lucas – “The Long Road”

2021 – Pride & Joy Music

Dan Lucas é um nome popular no mercado alemão. O início da sua carreira remonta ao início da década de oitenta onde passou por diversas bandas e depois resolveu seguir a solo. O seu mais recente capítulo é este “Long Road”, um álbum de rock ligeiro onde o grande destaque é a voz de Lucas que tem mais carisma do que alcance. Boas canções que têm um público muito específico, nomeadamente aqueles que o seguem desde 1990. Os temas mais compassados são os que resultam melhor no entanto, por outro lado, falta-lhe alguma garra.

6/10
Fernando Ferreira

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