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Álbum do Mês – Agosto 2021

Álbum do Mês – Agosto 2021

Férias! Foi esse o motivo deste Top ter chegado um bocado mais tarde. Umas mini-férias porque o metal não pára. E ainda bem, o que seria da nossa vida se isso acontecesse. Tanta coisa que julgávamos ser impossível e que acabou por acontecer, com um impacto enorme para a cena da música pesada por isso, com mais ou menos pessimismo ou cenários apocalípticos, é importante continuar o trabalho, continuar a ouvir e a falar de música. Sem mais conversas, aqui estão mais vinte grandes álbuns de música pesada que recomendamos absolutamente.

20 – Trance – “Metal Forces”

Metalopolis

Excelente surpresa esta e mais uma ampliação de conhecimento geral da música pesada. Os Trance foram uma das primeiras bandas de hard’n’heavy alemãs não chegando a ter o mesmo sucesso que os seus compatriotas dos Scorpions e Accept e tendo tido alguma instabilidade na sua carreira onde até chegaram a trocar de nome e a acabar. Regressaram em 2011 e só lançaram um álbum em 2017. Agora em 2021 é quando chega este “Metal Forces”, o segundo álbum da sua segunda vida, um álbum que tem um poder old school mas que não soa a uma tentativa desesperada de trazer glórias passadas. Apesar de uma produção pulsante e cristalina, tem o ADN do hard’n’heavy clássico e surpreende pela sua vitalidade. “Metal Forces” não compensa o tempo perdido, nem vai revolucionar o estilo mas sem dúvida que é um excelente álbum do estilo que fará com que todos os fãs tomem mais atenção a esta banda histórica.

8.5/10
Fernando Ferreira

19 – Oversense – “Egomania”

Dr. Music Records

Os Oversense poderão ser um nome que chega a muitos pela primeira vez e isso é sinal do crescimento que têm vindo a ter nos últimos anos. Um crescimento que poderá sofrer um impacto como será de esperar devido ao que se está a passar na cena musical mas isso não se nota criativamente. “Egomania” é um trabalho que vai beber (e muito) ao som mais moderno mas também o dota de capacidades melódicas que os destacam. Uma espécie de junção de rock AOR com metal moderno. O resultado é cativante e apesar de possa parecer algo passageiro, estas canções têm profundidade suficiente para que possamos pegar nelas no futuro. A capa em conjugação com o título demonstram também parte dessa profunidade a nível lirico.

8.5/10
Fernando Ferreira

18 – Wormwitch – “Wolf Hex”

Prosthetic

Terceiro álbum, já se sabe aquilo que penso dos terceiros álbuns não se sabe? Pois, continuo a pensar o mesmo, que o terceiro álbum é aquele que vai marcar e/ou definir a carreira de uma banda, para o bem e para o mal. No caso dos canadianos Wormwitch, é sem dúvida para o bem. Black metal que puxa à melodia mas também tem um espírito muito forte e directo em relação ao rock’n’roll. E que tem um feeling único que nunca cansa. Nunca cansar é mesmo a arma mais poderosa deste trabalho e que pode ser resumida até pela cover que fizeram dos Metallica, “Hit The Lights”. Já a conhecemos de trás para a frente e não há grande expectativa mas quando bem feita… sabe sempre bem. “Wolf Hex” é um álbum que vai saber sempre bem e é onde a maturação da banda atinge o seu ponto máximo.

8.5/10
Fernando Ferreira

17 – Grisly – “Salting The Earth”

Xtreem Music

Se eu começar com a frase “mais um álbum de Rogga Johansson” seria o suficiente para marcar território e afugentar/atrair os des/intereteressados. A ambos os grupos devo dizer que as vossas reacções são justificáveis porque temos o bom e velho death metal sueco. Mas por outro lado devo dizer que ainda temos mais que isso e que vos poderá surpreender – se calhar a última coisa que esperariam ver no mesmo texto onde Rogga está metido. Temos alguns pormenores melódicos que sugerem ambientes mais prog e atenção, não estamos a falar de uma transfiguração total do que se conhece de death metal sueco. São detalhes, pormenores que nos mostram cores diferentes daquelas que estávamos à espera. Mas pronto, continua a ser death metal feito à imagem e semelhança de Rogga e como tal podem prosseguir o caminho (quer a entrar quer a sair).

8.5/10
Fernando Ferreira

16 – Infex – “Burning In Exile”

Edição de Autor

Thraaaaaash! E ainda por cima de Bay Area. Até poderia ser de Xabregas, com esta garra, seria sempre algo que nos chamaria a atenção. No entanto a mística da música pesada de Bay Area é mítica e como tal é sempre um reforço quando se quer chamar a atenção para algo bom. Os Infex são uma banda discreta e este é o terceiro álbum de um percurso iniciado em 2012. Dizer que é thrash metal old school é quase um chamariz tão bom quanto dizer que é de Bay Area mas essa não é a melhor descrição para a sonoridade da banda. A produção moderna não entra em conflito com a violência in your face de temas como “The Burning” e “Acid Reign” embora este último tema veja a banda a ir por caminhos mais brutos e bem death metal. “Burning In Exile” é um álbum de thrash metal que usa todas as armas que tem e está-se bem a borrifar se é moda ou não. E essa atitude despreocupada é compensada com um álbum sólido.

8.5/10
Fernando Ferreira

15 – Oxygen Destroyer – “Sinister Monstrosities Spawned by the Unfathomable Ignorance of Humankind”

Redefining Darkness

Haja alguma vez que as referências num comunicado de imprensa fazem sentido. Pelo menos para mim, claro. Isto porque ao ouvir este segundo álbum dos norte-americanos Oxygen Destroyer, Absu foi um dos nomes que me ocorreu e esse nome também é indicado no comunicado de imprensa como uma referên a nível sonoro. Um certo caos, com a bateria frenética a comandar as guitarras, uma voz ácida, como se viesse da garganta do próprio mafarrico e aquela classe unidimensional que sabe que a violência do underground tem uma beleza que deve ser apreciada por si só independente de haver ou não (há sempre) quem também aprecie. E apesar do uso do adjectivo unidimensional, há por aqui muita dinâmica e variedade em termos estilísticos. Do black ao death com a base do thrash metal, muita coisa a acontecer. Poderão não ficar impressionados à primeira (como não ficaram pelo nome estranho e pelo título do álbum impossível de memorizar) mas garanto que não são necessárias muitas passagens para se verificar a conversão. Ainda para mais quem apanhou o primeiro álbum, a evolução é bem positiva.

8.5/10
Fernando Ferreira

14 – Feeling Of Presence – “Of Lost Illusion”

Tonzonen Records

“A sensação de presença” e “de ilusão perdida”, respectivamente o nome e título deste álbum do projecto de Andreas Hack, dos Frequency Drift, é algo que nos remete para abstracção dos pensamentos e sentimentos mais profundos, a música vai no mesmo sentido. Instrumental, com muitos pontos em comum com o pós-rock, ambient e progressivo, “Of Lost Illusion” é uma banda sonora não só do filme que ainda não foi feito mas da nossa vida. Uma banda sonora que nos obriga a reflectir sobre aquilo que normalmente não queremos pensar. E para quem não gosta dessas coisas do auto-conhecimento e auto-percepção e apenas gosta de relaxar ao som de boa música, também não vão ficar desiludidos. Bem, talvez fiquem… quando acabar…

9/10
Fernando Ferreira

13 – Blacksword – “Alive Again”

No Remorse

Sempre houve na minha cabeça uma diferença clara entre o power metal norte-americano e o europeu. A principal diferença é sobretudo na forma como o segundo foca mais a melodia e o virtuosismo enquanto o primeiro, ainda que não seja desprovido de virtuosismo, foca mais no poder e no peso. “Alive Again” segue esta tendência mas para minha surpresa os Blacksword não são norte-americanos e sim russos. O seu segundo álbum traz um conjunto de temas cheios de peso e entusiasmo heavy metal, um entusiasmo que já não se ouvia há algum tempo. Produção com poder a rodos, a dar às guitarras o seu poder devido e com uma voz (de Vadim Kudryashov) a fazer lembrar um Tim “Ripper” Owens cheio de vitalidade. Um nome que tem tudo para crescer, mesmo nesta altura onde a música vive estranhos dias.

9/10
Fernando Ferreira

12 – Brilliant Coldness – “The Ultimate Dream. Plan B: Disposal of Humanity”

Dead Center Productions

É impressão minha ou cada vez temos nomes de bandas mais esquisitos? Em defesa dos ucranianos Brilliant Coldness, a banda já não é nova, com mais de duas décadas de carreira mas este nome não é definitivamente vencedor. Apesar da sua já longa carreira (em anos) este é apenas o seu terceiro álbum quebrando um jejum de quinze anos. E bem quebrado! O título é complicado mas é também um bom espelho da sonoridade da banda. Death metal técnico com inúmeros pormenores rítmicos e com uma guitarra endiabrada. Há uma vertente algo jazzística em temas como a abertura, “The Ultimate Dream Pt. 1” ou… bem, na verdade, qualquer um deles! Essa é a componente da banda principal mas ao contrário de propostas onde é fácil ficar-se aborrecido/a com o andamento dos altos níveis técnicos, há por aqui uma musicalidade que impressiona pela eficácia mesmo sem baixar esses ditos níveis. É um álbum que surpreende a cada audição e com muita coisa a oferecer.

9/10
Fernando Ferreira

11 – Bohemyst – “Čerň A Smrt”

Petrichor

A estreia que não o é verdadeiramente. Bohemyst tem aqui com “Čerň A Smrt” de facto a sua estreia discográfica mas a banda é no fundo a continuação dos Avenger que eram um dos nomes clássicos da música extrema da República Checa. Este álbum, segundo me parece (as informações não são muito claras a esse respeito) já estará pronto desde 2019, sendo que há uma versão promocional em CDr do mesmo. Dois anos depois, aqui está a tão merecida edição em formato físico. Black/death metal com grande impacto e que consegue prender do início ao fim, sem momentos que permitam distracções ou perder a atenção. Mais que promissor, este é um grande álbum de estreia de músicos que experientes (que para além terem transitado dos Avenger também alguns passaram pelos míticos Master’s Hammer) que mesmo estando dois anos fechado na gaveta não perdeu nada do seu poder.

9/10
Fernando Ferreira

10 – Tiny Tree – “XI”

Onama Media Group

Nada melhor termos bandas que não conhecemos (e que por vezes até já possuem uma carreira extensa) a deixar uma boa impressão. É o que aconteceu com este “XI” do duo Tiny Trees que consegue juntar rock progressivo, pós rock e até algum do peso do pós metal (não muito, pelo menos na sua forma mais pesada, mas algum) num só artigo. O sentido de profundidade e atmosférico é mesmo o que mais chama atenção. Onde a voz tem um papel fundamental. Vai contra os lugares comuns dos géneros citados atrás e apresenta novos caminhos. Não soa revolucionário mas algo natural, do género, “como é que ninguém tinha pensado nisto antes?” Um álbum que flui como a água e que se ouve vezes sem conta sem sequer darmos por ela. Enorme surpresa.

9/10
Fernando Ferreira

9 – Hooded Menace – “The Tritonus Bell”

Season Of Mist

Enorme surpresas esta dos Hooded Menace. A banda sempre foi dona de um toque de mestria no seu doom/death metal mas parece que estão a caminhar por novos campos de excelência com este seu sexto álbum. Mais melódicos que nunca mas ao mesmo tempo a manterem o espírito de miséria doom, “The Tritonus Bell” é fácil de absorver e difícil de esquecer. Difícil de não voltar a ele. Dá até ideia de que aqui começa uma nova era da banda, com novas fronteiras a serem estabelecidas, expandidas, sem deturpar nada do que ficou para trás. Seja o que for que venha aí, o que temos agora é simplesmente fantástico!

9/10
Fernando Ferreira

8 – One With The Riverbed – “Absence”

Snow Wave

Estreia dos One With Riverbed que têm um nome que é daqueles que fazem comichão na cabeça. Interiormente. Poderia fazer uma longa dissertação a queixar-me de como é difícil hoje em dia ter criatividade para fazer algo que seja tanto original como bom mas não vale a pena, até porque qualquer irritação que tenha por causa do nome a mesma desaparece por causa da música. A fazer jus ao termo pós-black metal, “Absence” faz esquecer todo e qualquer problema em relação ao nome da banda tudo por causa da forma como consegue pegar num estilo já explorado até à exaustão e revetê-lo à sua essência. As ambiências etéreas próprias do pós metal (e até rock) junto com a agressividade do black metal (e muitas das vezes da melancolia do doom metal), nomeadamente na voz. Uma mistura impressiona e cativa, num álbum que por vezes se sente como curto como noutras se reconhece que consegue ir a vários sítios mantendo uma identidade uniforme. Excelente estreia.

9/10
Fernando Ferreira

7 – Agrypnie – “Metamorphosis”

AOP Records

Sempre bom encontrar um banda com quase duas décadas de carreira e a lançar o sexto álbum de originais que surja como novidade. Os Agrypnie são veteranos e sei muito pouco deles além de ter sido um projecto paralelo de Torsten dos Nocte Obducta que acabou por se tornar um monstro interessante (e inesperado para o músico). O sucesso foi justificado assim como será deste “Metamorphosis”, com o black metal expansivo e desafiante mas com um sentido melódico invejável. Quando a tendência é apostar em temas rápidos a entrar na memória (que infelizmente permanecem por pouco tempo mas isso já é outra história), este álbum exige que o ouvinte esteja presente para mais de uma hora de música, uma hora que faz abstrair de tudo o que está à volta. Chega a ser avassalador em como mesmo assim parece que não chega, parece que não temos capacidade suficiente para estarmos presentes como o álbum exige. Poderá ser à antiga, poderá ser até algo revolucionário. Talvez nem uma coisa nem outra, mas é definitivamente um álbum que dá um prazer dos diabos mergulhar.

9/10
Fernando Ferreira

6 – Ænigmatum – “Deconsecrate”

20 Buck Spin

Segundo álbum mas que poderá saber a estreia para quem apanhou em 2019 o trabalho homónimo. A bíblia diz que esta é mais uma junção da morte ao tinhoso mas na minha opinião, mais do que death/black metal, o que se tem aqui é mesmo um grande álbum de death metal técnico. E curiosamente onde o forte não é a técnica em si mas a forma como o feeling é quem a troca. Os solos, riffs e arranjos são de sonho e a musicalidade, do início ao fim, também. Um álbum com potencialidade para impressionar qualquer amante de guitarra. Sem grandes malabarismos (talvez alguns mas nada de abusivo) mas com um extremo bom gosto, “Deconsecrate” tem todos os argumentos para se tornar um clássico em pouco tempo.

9/10
Fernando Ferreira

5 – Qrixkuor – “Poison Palinopsia”

Dark Descent / Invictus Productions

Este é um álbum difícil de recomendar. Eu sei, aparece aqui, neste top, logo em si é uma recomendação. Mas ainda assim, é difícil de o fazer com o entusiasmo quase juvenil que por vezes se tem quando se houve algo que entusiasma e empolga. Isto porque é um monolito de morte e desespero. Dividido em duas faixas apenas (cada uma com vinte e quatro minutos) este não é um trabalho que nos deixe apaixonado pela vida. Nem pela morte, sequer. Deixa-nos deitados a um canto, inertes, como se tivessemos sido cuspidos de um organismo que não compreendemos mas que usou a nossa energia toda para se alimentar. Este power trio britânico lança um álbum de estreia e logo na estreia acaba com o mundo. Sim, acaba com o mundo. Estou em crer que está aqui uma arma de destruição maciça, uma autêntica caixa de pandora que depois de aberta, não há volta a dar. Pontos positivos? Além do poder de destruir a raça humana? O simples facto de ser quase cinquenta minutos de death meta destruidor e não aborrecer, embora seja tão denso que seja desafiante ouvi-lo – emocionalmente deve ser a mesma coisa que ter uma série de sonhos ideaizados pelo Clive Barker. Ou seja, tão atractivo como difícil, é sem dúvida um destaque obrigatório para quem procura novas formas de música extrema.


9/10
Fernando Ferreira

4 – Wormwood – “Arkivet”

Black Lodge

Terceiro álbum dos mestres suecos do black metal melódico que, tenho de confessar, não me impressionou na forma. Isto é, na produção. Orgânica (sempre um ponto positivo) mas pouco poderosa, pelo menos pela forma como esperava. Felizmente que nos dias de hoje, coisas como essas são facilmente manipuláveis através da equalização. Tirando isso do caminho, facilmente “Arkivet” cai nas minhas graças. Creio que não terá sido algo até bastante complicado. A melodia continua cá mas desta vez parece que assume contornos épicos em termos de melancolia. Não tem tanto das melodias folk de anteriormente (para quem fica triste com isto, podem ouvir “My Northern Heart” com a satisfação de ainda estar presente de alguma forma) mas não se sente que estejamos a perder com a troca, é uma faceta que é muito bem recebida, algo que até condiz com o minimalismo da capa. É um álbum que mostra os Wormwood a irem para além daquilo que lhes era esperado. Que de certa forma era o desejado.

9/10
Fernando Ferreira

3 – Craven Idol – “Forked Tongues”

Northern Silence Productions

It wouldn’t be hard to figure out that after the good impact of the debut “An Oblivion Above”, the second album of the Swedish Duo would make such a good impression. What was unexpected was for this album to be releases just over a year after the first one. But hey, why wait for more? The black metal of the band – in fact, post-black metal – appears with more atmosphere and beautiful melodies but also with weight and despair in its vocal delivery (a bit on the one-dimensional side but that does fulfill its purpose). In just about forty-five minutes, we’re hypnotized by the most beautiful metal music that we’ve heard in 2020.

9.4/10 
Fernando Ferreira

2 – Vaelmyst – “Secrypts Of The Egochasm”

Edição de Autor

Se soltarmos para o ar apenas “death metal melódico” a nossa mente tem logo tendência a pintar toda a tela que fica em branco à volta do termo. Ou seja, aquelas pinturas sónicas que nos dizem tanto de 1993 (Carcass) a 1999 (Dark Tranquillity, In Flames, Arch Enemy e mais uns quantos). Todavia, se juntarmos “norte-americano”, então aí pensamos logo em coisas arraçadas de metalcore ou algo bem moderno. E não é tão bom ser-se surpreendido quando o que se tem mesmo é algo completamente diferente? Os Vaelmyst têm uma sonoridade bem podre, produção que faze lembrar o “Left Hand Path” dos Entombed mas que lhe dá bastante personalidade e carácter. Mas não é só a produção, é sobretudo a música que nos traz melodia metálica, ou seja aquela que soa mesmo bem para quem aprecia leads e solos de guitarra. Uma banda que não parece deste tempo, que não soa a este tempo, mas que sabe tão bem viciar-nos nela. Excelente surpresa, grande álbum de estreia.

9/10
Fernando Ferreira

1 – Burial In The Sky – “The Consumed Self”

Rising Nemesis

Terceiro álbum e aquela magia que parece inevitavelmente ser invocada. Claro que haverão excepções mas elas são mesmo inferiores em número e quanto à qualidade… a cada bomba que aparece, é inevitavelmente não se ficar rendido às evidências. “The Consumed Self” é o primeiro álbum que ouço dos Burial In The Sky e portanto não sei se representa uma evolução no som da banda mas posso dizer que será sem dúvida um marco na sua carreira. A sonoridade do death metal técnico expande-se para campos progressivos e tem muitas surpresas inesperadas (como o saxofone) mas que resultam em momentos sublimes de música que podem ser ouvidas interminavelmente sem cansar minimamente. Rico e versátil, dinâmico e cheio de nuances brihantes. Um álbum para ir descobrindo aos poucos.

9.5/10
Fernando Ferreira

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