ReviewTops

Álbum do Mês – Junho 2022

20 – Donna Cannone – “Donna Cannone”

2022 – Despotz

As iludências aparudem. Principalmente com uma banda que lança um álbum homónimo “Donna Cannone” e tem uma capa destas que faz lembrar aqueles tops de capas manhosas da década de setenta. Isto porque em termos sonoros é um dos rocks mais viciantes que ouvimos agora em 2022. Suave e cheio de melodia e graça (“Is It True”) ou quando é cheio de raça e ferocidade mas que sem por isso apresentem algo fora do género a que se propõem tocar (como a “Look Around you” tão bem demonstra). Cantar os refrões, dançar (e sim, bater o pé é considerado dançar aos nossos olhos, o que é preferível para quem for pé de chumbo) e simplesmente vibrar com estes temas, é aquilo que temos aqui em boa dose. Um grande nome rock para mostrar que ele continua a existir apesar de andar longe dos ouvidos de grande parte da população.

8.5/10
Fernando Ferreira


19 – Mutilatred – “Determined To Rot”

2022 – Redefining Darkness

Sete anos depois aqui está o segundo álbum dos norte-americanos Mutilatred, um nome que poderá ter ficado esquecido no mundo em movimento rápido que é o da música extrema. A banda demonstra que não perdeu sabedoria ao longo destes anos e os seus argumentos do seu brutal death metal cheio de slam continuam mais que muitos. A dinâmica continua a ser a maior arma neste tipo de género para fazer sucesso aos nossos ouvidos e aqui os Mutilatred demonstram que é preciso sim mais do que apenas brutalidade a rodos. Os temas são curtos na sua maioria mas temos aqui encaixadas umas outro que aumentam a tensão da coisa, inclusive no tema título onde seguida dessa tal outro temos uma rendição para o clássico dos Mortician “Zombie Apocalypse”, banda que serve como referência para o estilo e o imaginário da banda.

8.5/10
Fernando Ferreira


18 – Sensory Amusia – “Breed Death”

2022 – Lacerated Enemy 

Sabemos quando estamos perante uma banda nova quando nem no Metal Archives se encontra referência da sua existência. Ou então não constam na mítica base de dados devido à sua abordagem bem moderna ao death metal mais técnico. E embora essa seja uma forma de descrever o som dos australianos Sensory Amusia, a verdade é que essa mistura é realmente algo de refrescante. Mesmo que irrite os adeptos da vertente mais tradicional – e sim, vai irritar. As acrobacias sobretudo nas guitarras interiorizam-se rapidamente e a curta duração deste trabalho conciliada com a qualidade dos temas, faz com que seja fácil voltarmos a querer mais uma dose. Boa surpresa e boa banda.

8.5/10
Fernando Ferreira


17 – Böllverk – “Heading For The Crown”

2022 – Edição de Autor

Que álbum fantástico! Que estreia fantástica! Todo o entusiasmo que se pode ter pelo heavy metal quando se está a descobri-lo conseguimos encontrar aqui. Grandes temas, memoráveis, excelente dinâmica vocal entre Zhan (guitarrista também) e Svenja – onde a voz de Svenja dá o colorido necessário para se destacar de toda a concorrência – num álbum ao qual não vamos conseguir ignorar. Não vamos conseguir nem sequer queremos. O início do álbum é forte com a energética “Ask The Angel, Listen To The Devil” e esses níveis de energia e entusiasmo não baixam mesmo quando temos temas mais compassados. É uma estreia promissora por parte de uma banda que revela ter uma identidade já bem formada no primeiro trabalho e que nos deixa não só boas indicações em relação ao futuro como um álbum cheio de canções para nos cativar no presente

8.5/10
Fernando Ferreira


16 – Katharos – “Of Lineages Long Forgotten” 

2022 – Willowtip 

Segundo álbum dos suecos Katharos seis anos depois da estreia e mesmo que ninguiém se lembre deles por esta altura, com um álbum como “Of Lineages Long Forgotten”, isso deixa de importar. Temos um black metal sinfónico e melódico que nos remonta para os tempos áureos de uns Dimmu Borgir, Old Man’s Child, Emperor e enfins, não soando como cópia destes nomes ou de outros quaisquer. Não deixa de usar lugares imediatamente reconhecíveis mas perante a arte de fazer temas catchy e memoráveis, essas preocupações deixam de estar presentes. Uma boa surpresa, para quem já não esperava álbuns deles como para todos os outros que estão a chegar aqui pela primeira vez.

8.5/10
Fernando Ferreira


15 – Strange Horizon – “Beyond The Strange Horizon”

2022 – Apollon

Muitas considerações a ter desde o início. Primeiro, esta banda não parece norueguesa. Sonoridade suja, arrastada como um doom clássico, mais depressa associamos à vizinha Suécia do que propriamente à Noruega. O que é bom, é sempre bom sermos surpreendidos pela postiva ainda para mais com uma banda que chega ao seu álbum de estreia. A receita então é aquele doom que lembra Black Sabbath quando se pensa que os Black Sabbath só faziam doom na primeira era da sua carreira – ou seja uma ideia exagerada e idílica do doom que resulta sempre be mem disco. Não é original mas consegue cativar sem qualquer dificuldade pelos elementos orgânicos que consegue evidenciar em temas que sem truques de estúdio cativam qualquer fã do som clássico do metal.

8.5/10
Fernando Ferreira


14 – Throwe – “Forfald”

2022 – Heartland / Virkelighedsfjern / Vinyltrolden / Maniyax / og Drown Within

Pedrada bruta, curta e grosssa por parte dos dinamareces Throwe que têm neste álbum uma estreia poderosa e dinâmica de hardcore. Hardcore metalizado e sujo, longe de ser facilmente encaixado na prateleira do género que perfaz a maior parte do seu A.D.N.. Ainda bem, porque é esse o segredo do seu sucesso. Um álbum negro e intenso, cheio de raiva a querer explodir a qualquer momento e com riffs que até poderiam estar num disco de black ou death metal. Obviamente que estes elementos metálicos ajudam a cativar quem gosta de metal, mas apesar disso é inegável como a banda consegue usar todas as armas ao seu alcance para apresentar o trabalho mais forte e violento possível. É o que se sente aqui e mesmo com a queixa do costume para os álbuns abaixo de trinta minutos, sente-se que esta é uma fantástica estreia à qual vamos voltar muitas vezes.

9/10
Fernando Ferreira


13 – Wachenfeldt – “Faustian Reawakening” 

2022 – Threeman Recordings

Segundo álbum do projecto de Thomas von Wachenfeldt que regressa cinco anos após a estreia “The Interpreter”. Este “Faustian Reawakening” assume-se como um poderoso trabalho que assenta nalguns lugares comuns que bandas no metal extremo dentro do black/death metal têm feito nas últimas duas décadas. Não é, no entanto, dizer que este álbum sabe a velho e que há por aqui grandes doses de déjà vú que impedem que tenhamos gozo ao ouvir estes nove temas. Pelo contrário, a atmosfera é clássica e as melodias que nos surgem são emblemáticas para este estilo de música – atentar no tema-título que faz lembrar tanto Behemothje como Dimmu Borgir, por exemplo. A melodia também anda sempre presente mas nunca descaracterizada ou desajustada do ambiente geral do álbum, o que faz com que este seja um trabalho obrigatório ouvir do início ao fim.

9/10
Fernando Ferreira


12 – Vaamatar – “Medievalgeist”

2022 – Iron Bonehead Productions

Excelente surpresa por parte deste duo norte-americano que lançam um álbum de estreia estrondoso! “Medievalgeist” até pode aparentar após uma audição superficial e desatenta (e aos desconhecedores da coisa) como mais uma obra corriqueira de black metal, mas as dinâmicas que apresentam são tão fantásticas que faz com que estes quarenta minutos sejam uma verdadeira aventura e um constante desembrulhar de prendas. Não, não se deixem empolgar pelas minhas palavras. Continua a ser black metal e continua a ter aquele ambiente profano que o black metal deve ter mas a diferença é que usando todos esses argumentos, o duo apresenta com uma simplicidade desconcertante elementos e melodias inesperadas que resultam perfeitamente neste contexto. Soa cru e primitivo mas ainda assim sofistificado e refrescante e este é um paradoxo maravilhoso para se encontrar num álbum de black metal.

9/10
Fernando Ferreira


11 – Besvärjelsen – “Atlas”

2022 – Magnetic Eye

Por muito que existam detractores de bandas com um som retro com uma mulher a cantar, aqui no nosso cantinho continuamos a valorizar todas as diferentes identidades que desta maneira se afirmam. Os Besvärjelsen têm uma designação complicada que contrasta com a facilidade que a sua sonoridade se instala. Uma mistura entre doom metal e o seu espírito tradicional com um feeling ancestral de rock (decada de setenta, claro) que resulta num stoner multi-facetado e bem ogânico ao qual não conseguimos resistir. Também não é fácil com a voz ácida e hipnótica de Lea Amling Alazam, que é um dos maiores trunfos destas músicas. “Atlas” é o segundo álbum da banda sueca e é um dos grandes destaques de 2022 para o stoner rock. Fantástico!

9/10
Fernando Ferreira


10 – Soft Ffog – “Soft Ffog”

2022 – Is It Jazz?

Adoramos surpresas. Bandas que não conhecemos, com nome estranho e que depois se revelam um vício imenso. Os Sfot Ffog (vá-se lá saber o que isso significa) lançam o álbum de estreia que também é a estreia da editora Is It Jazz? Records, subsidiária da Karisma Records e Dark Essence e como podem calcular, pelo nome da editora, tem um toque de jazz na sua sonoridade. Principalmente o espírito de jam e improvisação que parece estar tantas vezes fora do alcance de fórmulas pré-concebidas e castradoras da criatividade. Rock progressivo, instrumental mas com aquela capacidade de nos fazer perder como se estivessemos no meio de um solo do mestre Frank Zappa. A parte boa é que temos a guitarra quase sempre no centro das atenções e apesar de haver aquele toquezinho jazz, não deixamos de sentir um groove e uma satisfação que está mais próxima do rock do que do jazz – para quem é fã de rock e metal, claro. Um vício inesperado mas de qualquer forma, um enorme vício.

9/10
Fernando Ferreira


9 – I Am The Night – “While The Gods Are Sleeping”

2022 – Svart

A capa até dá os seus retinques de Dissection mas a música deste álbum de estreia dos I Am The Night vai mais na direcção do black metal sinfónico no início de carreira de uns Emperor (embora tenhamos aqui uma “Ode To The Nightsky” que até parece que é uma cover de Dissection) ou então remete-nos para o clássico intemporal dos Dawn, “Slaightersun”, com mais dinâmica. “While The Gods Are Sleeping” é black metal que usa teclados, sim, mas está longe da caricatura em que se tornou o subgénero melódico e sinfónico quando este começou a entrar em decadência. Temas sólidos e que não entram em exageros – nem tentam ser épicos para mostrar apenas que têm temas longos e complexos. Isso também é fruto do facto de termos aqui veteranos da cena finlandesa que já passaram (ou estão) em bandas como Omnium Gatherum, Paradise Lost, Moonsorrow, Insomnium entre muitos outros. A banda começou em 2020 e o primeiro álbum é já uma grande bomba para manter a fasquia bem alta.

9/10
Fernando Ferreira


8 – Vital Spirit – “Still As The Night, Cold As The Wind”

2022 – Vendetta/Hidden Tribe

Confesso que já tinha algumas saudades de ser arrebatado por alguma banda e/ou projecto canadiano. E como tal, este trabalho de estreia dos Vital Spirit vieram mesmo a calhar. Dizer que estamos perante uma banda de black metal é dizer pouco, afinal haverá género com uma imagem tão fixa em termos de expectativas mas que também tão vasta a nível de música que pode trazer? Os Vital Spirit também não ajudam neste ponto. Temos por um lado os tremolos picking expectáveis mas depois temos pormenores melódicos que dão uma dinâmica inesperada mas não o suficiente para os considerarmos como uma proposta mais acessível. E depois o trabalho de guitarra é fantástico em qualquer uma das vertentes sendo mesmo um dos maiores destaques e focos deste trabalho. Primeiro álbum por parte deste duo que também está presente em bandas como Wormwitch, Seer e Unbeheld.

9/10
Fernando Ferreira


7 – Wo Fat – “The Singularity”

2022 – Ripple Music

Grande regresso de um dos grandes nomes do stoner/doom, os norte-americanos Wo Fat que já não lançavam nada desde 2016. E regressam com um álbum que evidenciam que não perderam o toque. O groove sujo de fuzz, as melodias vocais a fazer o contraditório e o resultado é mesmo uma viagem pelo melhor que o estilo pode apresentar. Nem o facto de ser um álbum invulgarmento longo (uma hora e quinze minutos), algo que já não verificámos desde os dois primeiros álbuns. Escusado será dizer que temos espaço para muitas jams e momentos onde simplesmente nos deixamos ir à deriva, o que torna este álbum um adorável vício que depressa se embarca nele e que depois dificilmente se larga. Compensa bem os seis anos de ausência – mas se lançarem um álbum para o ano deste calibre, ninguém se queixa.

9/10
Fernando Ferreira


6 – Black Oath – “Emeth Truth And Death”

2022 – Sun & Moon

Bombaça doom por parte de uma das bandas que já tem alguma tradição no género. E como já dizemos muitas vezes, não basta saber tocar lento e no tempo (algo que é mais difícil que parece), é preciso também saber compôr algo que seja cativante. “Emeth Truth And Death” tem logo à partida alguns trunfos. Produção forte e poderosa, que tornam o groove doom ainda mais acutilante. Uma grande voz por parte de A.Th que sem ser peculiar ou até muito memorável, consegue trazer poder e valor acrescentado a cada tema. E por final, o trabalho de guitarras que é fantástico. Riffs pesados no ponto e com harmonias de guitarra por cima (isto ao vivo para ser tocado tal como está no disco seriam precisas no mínimo três guitarras). Um álbum apaixonante para qualquer fã de doom e até de metal tradicional.

9/10
Fernando Ferreira


5 – Holocausto Canibal – “Crueza Ferina”

2022 – Selfmadegod

Regresso dos mestres nacionais do death/grind com o sexto álbum – e já passaram cinco anos desde o quinto – que é uma poderosa descarga de death/grind, tal como se antecipava. É entre a antecipação de uma nova materiallização da identidade da banda e a evolução efectiva da sua sonoridade que se encaixa o impacto deste que é um dos grandes lançamentos nacionais de 2022. Mantendo vivas todas as principais características (como ter letras em português que falam do horror gore e do macabro) é na musicalidade que temos o seu grande triunfo. Sem apresentar nada de manifestamente de diferente, o seu modus operandi foi aprimorado a um ponto quase de perfeição, onde temos uma produção bem poderosa mas sem deixar de ser ogânica e sem deixar (ponto muito importante) imediatamente identificativa com o género em que se posicionam. Depois temos 19 descargas (algumas literalmente descargas) de death/grind que mais do que apelar ao deuses do género e ao que estabelecido, mostram como o estilo, quando tratado desta forma, tem vitalidade e legitimidade para muito mais tempo. Isto é, quando apresenta uma variedade que faz com que um disco de death/grind se torne facilmente viciante e com temas que se diferenciam uns dos outros, sem haver uma fórmula explorada até à exaustão. Os Holocausto Canibal no seu pico de forma soam assim.

9/10
Fernando Ferreira


4 – Famyne – “II: The Ground Below”

2022 – Svart

Que grandioso segundo álbum por parte dos britânicos Famyne. Facilmente e sem dúvidas que o colocamos dentro do doom metal mas ainda assim tem amplitude suficiente para nos surpreender a cada música, com a musicalidade, com a aura e ambiência que consegue criar. Dá-nos repentes de uns Candlemass ou Avatarium num momento como noutros já aponta para Anathema. Som poderoso e modern numa produção dinâmica que permite que estas diferentes disposições resultem todas muito bem e a verdade é que resultam na perfeição. Um trabalho apaixonante e hipnótico sem qualquer momento morto e que consegue pegar na tradição e nos lugares comuns do estilo e apresentar algo que soa refrescante. É com trabalhos assim que o metal se renova constantemente, com criatividade e génio.

9/10
Fernando Ferreira


3 – Moura – “Axexan, Espreitan”

2022 – Spinda

Tínhamos grande curiosidade para ouvir este novo álbum dos espanhóis Moura. O seu anterior álbum foi um dos melhores de 2020 e este pelo mesmo caminho vai. O início é de luxo, com a intro “Alborada do Alén” a abrir aquele gostinho para quem gosta das bandas sonoras italianas da década de setenta e inícios das de oitenta, e com uma mística única que mistura progressivo com uma ambiência (que apesar de hoje ser retro continua a ser ssentida como) futurista sem esquecer a costela folk que os torna únicos. Este álbum também carrega na faceta psicadélica/space rock que soa muito bem. É um álbum para ouvir na íntegra e sem interrupções – o que torna difícil valorizar faixas em específico, mas se for para a vertente folk recomenda-se uma “Romance De Andrés D’Orois” enquanto o lado psicadélico está em força numa como “Baile Do Dentón”. Ou então a “Baile Do Dentón” que junta ambas as vertentes com mestria. Garantidamente um dos álbuns do mês e do ano!

9/10
Fernando Ferreira


2 – The Chapter – “Delusion Of Consciousness

2022 – Edição de Autor

Os The Chapter impressionaram na sua estreia, no já semi-longínquo ano de 2017, mas este segundo álbum é bomba! Esperava-se algo grandioso mas ainda assim conseguimos ser surpreendidos pela positiva. A melancolia tradicional e inerente ao doom/death metal está presente assim comom aquele toque de gothic metal que tanta nostalgia nos dá (e nostalgia porque não é algo que surja frequentemente e quando surge nem sempre é memorável). No entanto, não se trata apenas de colocar aqueles elementos gatilho para causar reacções favoráveis a velhos do restelo. Ou a pessoal de meia idade do restelo, vá. Trata-se de ter um conjunto de canções memoráveis, onde a emoção é rainha e senhora mas onde também temos uma seriedade e um peso que afasta de exageros dramáticos que se podem facilmente tornar uma caricatura. Peso é mais que muito, fruto também de uma produção que acentua as dinâmicas (e existem muitas ao longo destes temas) e que torna este álbum um prazer auditivo absoluto.

9/10
Fernando Ferreira


1 – Tómarúm – “Ash in Realms of Stone Icons”

2022 – Prosthetic

Uma obra-prima como álbum de estreia já começa a ser um lugar comum mas também não é uma posição fácil de estar, principalmente porque muitas vezes a surpresa bombástica da estreia ou não tem seguimento ou então é uma desilusão. Isto são tudo questões que vamos ter no próximo álbum do duo norte-americano Tómarúm porque o que se tem aqui é mesmo um monstruoso álbum. O virtuosismo do prog junta-se a um certo espírito do black metal melódico – principalmente nas melodias de guitarras – que também tem muito em comum com o death metal. E o melhor é que não podemos dizer que estamos perante um série de lugares comuns imediatamente reconhecíveis com estes estilos. “Ash In Realms Of Stone Icons” soa-nos tão majestoso e imponente que é um álbum que consegue impactar à primeira que nos parece que esgota por completo mas as seguintes ainda conseguem superar. Um daqueles álbuns que deixam uma questão no ar. Será esta uma daquelas bandas?

9.5/10
Fernando Ferreira


Agora na Google Play Store

Support World Of Metal
Become a Patron!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.