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Alien – O 8º Passageiro Review

Este, a par da Guerra das Estrelas, é um filme que revolucionou o género da ficção científica e consequentemente o de horror. Com uma realização de culto, com um elenco de luxo onde se destacam Sigourney Weaver, John Hurt, Tom Skerrit , Harry Dean Stanton (que disse a Ridley Scott: “Para começar não gosto de filmes de ficção científica nem de monstros” ao que Scott respondeu:”Eu também não mas acho que podemos fazer algo deste”) e Ian Holm. Tudo começou na cabeça de Dan O’Bannon, estudante de cinema e na sua colaboração com o que viria a ser o mestre John Carpenter na forma do filme de baixo orçamento Dark Star, que segundo O’Bannon por o terem lançado nos cinemas, o que poderia ser o maior filme feito por estudantes de cinema acabou por se tornar o pior filme de ficção científico, visto como uma sátira ao 2001 de Stanley Kubric. 
O’Bannon depressa começou a pensar no seu próprio projecto de ficção científica, sonhando em substituir a comédia pelo horror, apoiando-se em filmes como “It! The Terror From Outer Space”; “O Monstro da Lagoa Negra“; “The Thing From Another World“; “Planeta dos Vampiros“. Na época o exemplo de filmes de ficção científica era o 2001, mas O’Bannon sonhava com um futuro não tão perfeito, um futuro sujo em termos visuais. O’Bannon mais a ajuda e colaboração de Ron Shusset pegou na ideia de camionistas do espaço encurralados num espaço diminuto enquanto algo realmente assustador os perseguiam. Embora O’Bannon de início pensasse no filme como um de baixo orçamenton de nome “Star Beast“, o produtor Gordon Carrol via-o como o próximo grande sucesso. Carrol convenceu os sócios David Giler e Walter Hill aperfeiçoassem algo que os distribuidores da mega sucesso Guerra das Estrelas, 20th Century Fox, quizessem investir. 
O que facilitou imenso foi a Fox ter sido surpreendida pelo sucesso do filme de George Lucas, já que como todas as empresas, quando algo tem sucesso tenta-se explorar ao máximo como se pode. Giler e Hill, insatisfeitos com o guião, adaptaram-no. Mudaram os nomes das personagens, introduziram a de Ash, o andróide, diálogos e outros detalhes, mas o espírito inicial permanecia inalterado. Para realizar foram buscar Ridley Scott que na altura só tinha feito o filme “The Duellists” e tinha um background de filmes publicitários. Havia um problema, Ridley Scott não gostava de filmes de ficção científica mas assim que leu o guião Scott ficou completamente convicto que tinha que realizar este filme. 
Surpreendentemente uma das grandes influências para o realizador foi o filme de Tobe Hooper: “Massacre no Texas“. O problema que faltava era arranjar um monstro credível e realmente assustador já que na altura era ridiculo sempre que aparecia um monstro extra-terrestre, então desta vez precisavam de algo extraordinário, credível…precisavam de H.R. Giger. Scott estava farto de ver desenhos até que lhe mostram o livro “Necronomicon” ele fica completamente fascinado. De início a ideia era só fazer uns monstros, mas depois Scott quiz que Giger fizesse todo o ambiente do planeta, a parte de cenários.
Um facto curioso foi o de uma das coisas que Giler e Hill alteraram do guião original foi o sexo da personagem principal, assim nascendo Ripley uma das primeiras heroínas do cinema moderno. Acaba também por ser a estreia de Sigourney Weaver no cinema, na altura ela era uma actriz da Broadway. Também é engraçado saber que na altura em que leu o guião e não tendo nenhuma ideia dos cenários-pensava que era algo visualmente banal- não ficou nada entusiasmada, imaginando-se a fugir de uma grande massa disforme viscosa amarela. Mas assim que conheceu Ridley Scott e este lhe mostrou os desenhos de Giger ela ficou fascinada. Este é mais um clássico do cinema moderno, desta feita da ficção científica e do horror, que como a Guerra das Estrelas estabeleceu parâmetros que ainda hoje são usados no cinema em geral. In space no one can your you scream… 
Nota 9/10

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