Fourth Circle – “Elements” Review
1. Write Your Own Story
2. Take
3. Water’s Child
4. These Walls
5. From Moon
6. Iron Drops
7. Signals
8. Beyond Death
9. Crossing the Air
10. In the Dark
11. Seducing
12. The Tale
13. Sleepless Son
Duração 61:41
A França até não pode ser uma superpotência no que ao metal gótico e sinfónico diz respeito, mas ao segundo álbum, os Fourth Circle surgem aqui como se fossem uma banda veterana, para o bem e para o mal. Por um lado, é possível apreciar que a banda já tem confiança e maturidade apesar de existirem apenas há cinco anos. Por outro lado, fazem uso praticamente de todos os lugares comuns que o género já viu, o que dificulta a que este trabalho seja apreciado de mente limpa, ou pelo menos sem que os erros de bandas anteriores afectem a nossa análise.
A componente sinfónica é sem dúvida um dos grandes pontos de atracção de “Elements”, com os arranjos orquestrais a surgirem com extremo bom gosto e qualidade e realçando a qualidade das músicas, que, apesar do que foi dito atrás, têm qualidade inegável. A questão é que apesar de termos temas muito bons como “Take”, “Signals”, “Beyond Death”, ou “In The Dark”, não conseguimos sacudir a reacção automática que a nossa mente tem de ir buscar Epica, After Forever, Within Temptation e outros que tais, uma reacção que começa a chatear seriamente lá mais para o meio do álbum.
O que nos deixa num embaraçoso meio termo. Por um lado “Elements” cativa-nos do início ao fim, é um trabalho bem construído, com boas melodias e com uma voz sóbria e forte o suficiente para que não se meta onde não deve meter mas ainda assim brilhar com nunca tanto nos temas mais mexidos (“Crossing the Air”) como nos mais melódicos (“These Walls”). Audrey Adornato é sem dúvida a grande estrela, embora obviamente toda a banda que está por trás também mereça o devido destaque. No entanto, por outro lado, temos a sensação déjà vú de já termos presenciado tudo isto algures (“From Moon” e “Beyond Death” mostram bem isto).
Não é a primeira vez (e não será a última) em que damos o benefício da dúvida perante a qualidade em detrimento da originalidade, mas aqui só mesmo o futuro poderá dizer se errámos ou não. Pelo que “Elements” vale, todos os fãs do genéro não o poderão deixar passar ao lado.
Nota 7.5/10