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Interview / Entrevista – Seven Impale

Seven Impale was one of the bands that recently surprised with their out-of-this-world sound. Taking us back to the wild seventies, were experimentation was common, “Contrapasso” was a rollercoaster ride that convinced us to take a nice chat with these norwegian sound scientists.
WOM –  First of all, thank you for this interview and let me congratulate you for your latest album “Contrapasso”. I bet you’re all proud of it. So far, how have been the reactions to this second album?
Seven Impale – Thank you! We’re really proud of Contrapasso! Our plan was never to create another “City of the Sun”, but rather go in a new direction with our sound, whilst still remaining 100% Seven Impale, and we think that Contrapasso really fulfills that. The reception has been great, and we’ve gotten a lot of good reviews and a lot of good feedback from people. Not everyone loves the album, but even though we hoped for it, we never assumed EVERYONE who liked CotS would love Contrapasso the same way.

WOM – It’s a very defying album, making us remember Frank Zappa and King Crimson, among other influent names of the experimental music scene from the 70s. Do you consider these two names as an influence? 

Seven Impale – Frank Zappa has been one of the biggest influences for the band in terms of composition as well as production, that man was a genius. In addition to his brilliant music, the humor involved in his music has inspired us as well. We prefer not taking ourselves very seriously, even though our music may seem like it at times, and we love joking around on stage. It makes us more relaxed, and I believe it makes the audience more relaxed as well! King Crimson has also been an influence for us, but not necessarily as much as people think. We love King Crimson, but we’ve never seen them as huge influence on our sound, even though that may sound weird considering what we do.
WOM – When you’re writing music, what is the main focus? Write the most defying kind of music that you can or simply let it flow? Does jamming have an heavy influence in the music that you write?
Seven Impale – Our goal when writing music, is to make something unique, nuanced, and exciting, not necessarily challenging or defying. Although we might change time signatures, keeping some kind of flow is always important. Jamming is a huge part of our song writing process, as the quirks and twists in our music often starts with jamming, before we decide the song’s final arrangement.
WOM – “Contrapasso” is linked to the debut album “City Of The Sun” through the first riff that you can hear in “Lemma”. Can we expect the same like that in the next album?
Seven Impale – Not necessarily. We barely introduced the “Lemma” riff at the end of “City Of The Sun” and wanted to use its full potential as it is a fundamental part of the song, unlike the start/end of “Phoenix”. But we can’t say for certain, as the third album is yet to be written!

WOM – Knowing that the genre that mixes jazz and prog isn’t exactly popular, what are the goals that you have like a band?
Seven Impale – Our goal is to be able to keep playing, recording and composing music until the day that we die! The genre may not be super popular, but the fans of this genre is probably the most dedicated fans you could ever have. We never expected that this music would make us rich, we do this because we love it.

WOM – How about your live activity? Is it easy to perform an intricated work like “Contrapasso” live? 

Seven Impale – Some of the songs are harder than others (“Phoenix and “Convulsion”), so we work a lot on making it sound good. We don’t really have a need for it to sound exactly like on the album, we just want it to be a good live song. If that means changing up the structure of the song, we do it! In addition, we have acquired a drum pad for sampling, so that we can extract some of the elements from the album by “sampling” ourselves.

WOM – 

Regarding concerts, I have a litte curiosity question. When we look for the vast majority of the 70s bands, they use a great number of improvised versions of their songs, making the show a special one to the fans. Nowadays we have the bands playing almost note by note what they’ve done in the album. What is your view in that question? Do you prefer to improvise or is it that your music is defying enough that there’s no need or room for improvisation?

Seven Impale We really like improvising, and everyone in the band is free to “tweak” on their own part of any song, as long as the structure of the song allows it. We have completely improvised jamming-parts of some of our songs as well, where we have solos over riffs, but for the most part the songs have a structure that we play through.

WOM – 

Thank you for your time once again, do you want give us a final word about your future plans?


Seven Impale – Our original plan was world domination, but now that we’ve gotten older we think maybe it’s more realistic with just keep making music until the day that we die.
Os Seven Impale foram uma das bandas que nos surpreenderam recentemente com o seu som extra-terrestre. Fizeram-nos lembrar a louca década de setenta, onde a experimentação era o pão nosso de cada dia, com “Contrapasso”, uma viagem de montanha-russa que nos convenceu que tínhamos de ter uma pequena conversa com estes cientistas do som noruegueses.
WOM –  Antes de mais, obrigado por esta entrevista e deixem-me dar-vos os parabéns pelo vosso último álbum “Contrapasso”. Aposto que estão orgulhosos deleI bet you’re all proud of it. Como têm sido as reacções a este segundo álbum?
Seven Impale –  Obrigado! Estamos mesmo orgulhosos de “Contrapasso”! O nosso plano nunca foi criar outro “City of the Sun” (álbum de estreia), mas sim ir numa nova direcção com o nosso som, mas sem deixarmos de soar a 100% a Seven Impale, e achamos que “Contrapasso” realmente cumpre isso. A recepção tem sido fantástica e temos tido muitas boas críticas e bom feedback dos fãs. Nem todos amam o álbum, mas mesmo desejando isso, nunca assumimos que TODOS que gostaram de “City Of The Sun” fossem gostar de “Contrapasso” da mesma forma.

WOM – É um álbum desafiador, fazendo-nos lembrar em muito Frank Zappa e King Crimson, entre outros nomes influentes da cena da música experimental da década de setenta. Consideram estes dois nomes uma influencia?
Seven Impale –  Frank Zappa tem sido uma das maiores influências para a banda em termos de composição assim como de produção – o homem era um génio. Adicionalmente à sua música brilhante, o humor que sempre usou adicionalmente também nos inspira. Preferimos não nos levarmos muito a sério, mesmo que a nossa música o pareça por vezes, além de que gostamos estar sempre na brincadeira em cima do palco. Faz com que estejamos mais relaxados e acredito que o público acaba por ficar mais relaxado também! King Crimson também tem sido uma influência, mas não necessariamente tanto quanto as pessoas julgam. Amamos King Crimson, mas nunca os vimos como tão grande influência no nosso som, mesmo que isso possa soar estranho, considerando o que fazemos. 

WOM – Quando estão a compôr, qual é o vosso foco principal? Escrever a música mais desafiante possível ou apenas deixar fluir? As jams têm uma influência grande na música que escrevem? 

Seven Impale – O nosso objectivo quando compomos é fazer algo único, excitante e com nuances, não necessariamente  desafiadora. Embora possamos mudar os tempos das músicas, mantê-la a fluir é sempre importante. As jams também é uma parte grande do nosso processo de composição, com todas as voltas e reveriravoltas que temos na nossa música começam com uma jam, antes de decidirmos os arranjos finais.
WOM – “Contrapasso” está ligado ao álbum de estreia “City Of The Sun” através do primeiro riff que se pode ouvir em “Lemma”. Podemos esperar algo do género no próximo trabalho?
Seven Impale Não necessariamente. Nós fizemos uma  breve referência ao riff de “Lemma” no fim de “City Of The Sun” e queríamos usar todo o seu potencial, já que é uma parte fundamental da canção, em vez do início/fim da “Phoenix”. Mas não temos a certeza de nada, já que o terceiro álbum ainda está por compôr.
WOM – Sabendo que o género que mistura jazz e prog não é exactamente popular, quais são os objectivos que têm como banda?
Seven Impale – O nosso objectivo é sermos capazes de continuar a tocar, gravar e compôr música até ao dia em que morrermos! O género pode não ser super popular mas os fãs do género são dos mais dedicados que há. Nunca esperámos ficar ricos a tocar este tipo de música, fazêmo-lo porque gostamos de o fazer.

WOM – E quanto a tocar ao vivo? É-vos fácil tocar ao vivo uma obra complexa como “Contrapasso”?
Seven Impale – Algumas das músicas são mais difíceis que outras (“Phoenix” e “Convulsion”), então trabalhamos muito de forma a que soem bem. Não temos a necessidade para que soe exactamente como no álbum, apenas queremos que soe bem ao vivo. Se isso significar mudar a estrutura da música, fazêmo-lo. Adicionalmente, também arranjámos agora um sampler para que possamos retirar alguns elementos do álbum para os podermos tocar ao vivo.
WOM Em relação a concerto, tenho uma questão de curiosidade. Quanto olhamos para a grande maioria das bandas da década de setenta, verificamos que tocavam muitas versões improsadas das suas músicas, tornando cada espectáculo único para os seus fãs. Hoje em dia temos bandas que tocam quase nota por nota o que gravaram no álbum. Qual é o vosso ponto de vista nesta questão? Preferem improvisar ou será que a vossa música já é desafiante o suficiente que não há espaço para improvisação?
Seven Impale Gostamos mesmo de improvisar e todos na banda são livres de ajustar a sua própria parte em qualquer das nossas canções desde que a estrutura da mesma o permita. Também já improvisámos por completo “partes-jam” das nossas músicas, onde temos solos sobre riffs, mas na maior parte tocamos a estrutura que as músicas têm.

WOM Obrigado pelo vosso tempo uma vez mais. Querem deixar-nos com alguma breve declaração dos vossos planos futuros?

Seven Impale – Os nossos planos iniciais eram de dominar o mundo mas agora que estamos mais velhos, pensamos que se calhar é mais realista em apenas continuar a fazer música até ao dia em que morrermos.

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