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Iron Reagan – “Crossover Ministry” Review

1. A Dying World
2. You Never Learn
3. Grim Business
4. Dead with My Friends
5. No Sell
6. Condition Evolution
7. Fuck the Neighbors
8. Power of the Skull
9. Crossover Ministry
10. More War
11. Blatant Violence
12. Parents of Tomorrow
13. Bleed the Fifth
14. Megachurch
15. Shame Spiral
16. Dogsnotgods
17. Eat or Be Eaten
18. Twist Your Fate
Duração 29:24
Sempre vimos os Iron Reagan como o lado sério dos Municipal Waste, se é que o conceito faz sentido, e a verdade é que a este projecto está a assumir-se cada vez mais como mais uma banda a sério. Tendo em conta que os Municipal Waste não lançam nada desde 2012 e que desde essa altura os Iron Reagan já lançaram três álbuns, podemos até supor que os primeiros se calhar até estão a ser deixados para trás. De qualquer forma, nos tempos de conturbação política e social que vivemos, até faz sentido que sejam os Iron Reagan a mostrar-se mais activos.
Aquilo que sempre gostámos neles foi o facto de usarem o crossover de forma acutilante. Existem poucos grupos que os consigam fazer, havendo a tendência para caírem um pouco numa fórmula que se esgota a si própria em pouco tempo. Este álbum mostra que é possível fazer um trabalho de crossover sem se encerrarem propriamente em becos sem saída, mesmo usando vários lugares comuns. Não sabemos bem como é que tal é feito mas desconfiamos que é pelo facto de termos a parte thrash metal bem presente – o que nos sempre nos chateou no crossover é pelo hardcore abafar quase tudo o resto.
Aqui existe um equilíbrio entre as duas vertentes mas mais do que isso, o que temos são temas potentes onde a crítica social está mais presente que nunca – e nem teriam o poder que têm se assim não fosse. No entanto também temos algumas excepções à regra e um pouco do espírito mais festivo dos Municipal Waste como a “Fuck The Neighbors” e que servem também para trazer mais dinâmica em termos de mensagem. Musicalmente falando, o que temos é a proposta unidimensional que esperávamos ter em menos de meia hora. Curto, intenso e bruto, este é um álbum que mostra que o crossover tipicamente da década de oitenta ainda tem muito para dar nos dias de hoje. Tanto em termos de música como de mensagem.
Nota 8.4/10

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