Lara Croft: Tomb Raider
Antes de mais, temos que ter em conta de que quando este filme foi lançado estava-se a viver uma era em que os efeitos especiais permitiam que histórias e personagens que estavam confinados a outros meios passassem para o grande ecrã – os X-Men já por aí andavam, com muitos outros a ameaçar segui-los. Como tal, foi com redobrado interesse que tinha por este “Lara Croft: Tomb Raider”, principalmente por achar que Angelina Jolie, que na altura estava a atravessar um bom momento de popularidade, seria uma escolha mais que perfeita.
Lembro-me que na altura, no cinema, de me ter sentido entretido com esta espécie de Indiana Jones moderno e sendo fã dos jogos, achar que a transição para o grande ecrã foi bem conseguida. Claro que quinze anos depois, este é um filme que envelheceu bastante, principalmente com certos pormenores tendo em vista impressionar as jovens audiências mas são o equivalente às primeiras acções realizadas por parte de um novo-rico que acabou de ganhar uma pipa de massa, ou seja, coisas para encher o olho mas sem substância.
Ainda assim, tendo em vista o puro entretenimento, “Lara Croft: Tomb Raider” não é das piores coisas que o cinema ocidental já viu embora não seja, nem de perto nem de longe das melhores. Tal como muitos filmes da época, foi uma oportunidade perdida para fazer um clássico, ainda para mais com Indiana Jones ausente. Assim, tudo o que temos é sequências de acção e de efeitos especiais coladas por um argumento pobre, que não serve mais do que uma simples desculpa para colar essas mesmas cenas. Transição feita para o cinema feita com sucesso, só faltava ter um filme bom.
Nota 6/10