Review

Máquina do Tempo – Aeternam / Fall Of Stasis / Åskväder / TommY DeCarlo

Aeternam – “Heir Of The Rising Sun”

2022 – Rockmark

Os canadianos Aeternam chegam ao quinto álbum e eram totalmente desconhecidos aos nossos ouvidos. Pelo menos que nos tenhamos apercebido. O que até é poético que agora tenhamos sido apresentados neste que será (acreditamos) um dos picos altos da sua carreira – teremos de confirmar o resto da sua discografia para ter a certeza. No entanto este “Heir Of The Rising Sun” chega-nos como uma banda sonora, como se fosse um filme histórico e uma grandiosa produção que conta com uma banda sonora, que só por acaso é bem metal, mas onde temos os elementos folk e sinfónicos bem à flor da pele. Sem dúvida um daqueles discos que dificilmente vamos conseguir largar.

9/10
Fernando Ferreira


Fall Of Stasis – “The Chronophagist”

2022 – Edição de Autor

Já tínhamos saudades de ficar completamente rendidos a uma nova banda canadiana que surge nos escaparates. Os Fall Of Stasis são uma mistura inteligente de uma porrada de géneros. Da fusão extravagante de black e death metal à la Children Of Bodom com uma capacidade de injectar uma técnica elevada nas linhas de guitarra mas sem que estas fiquem demasiado aborrecidos ou se tornem música para músicos até às melodias folk que sabem-se lá saídas de onde, este é um trabalho que aponta em muitas direcções e que nem sempre acerta, é certo, mas que deixa-nos entusiasmo suficiente para que queiramos saber mais sobre eles. E “The Chronophagist” é mesmo um excelente álbum, entusiasmante para quem gosta de música pesada.

8.5/10
Fernando Ferreira


Åskväder –  “Fenix”

2022 – The Sign

Rock descomprometido. Já disse aqui muitas vezes e não me canso de dizer, que apesar de gostarmos de complexidade e de coisas trabalhadas até à exaustão, também é bastante libertador temos música que simplesmente chega e é. É rock, é a alma a voar sem grandes preocupações, algo que se sente por aqui no segundo álbum dos Åskväder que já tinham deixado muito boas indicações. Descomprometidos e cheios de feeling, com o rock a fundir-se com um certo espírito proto-punk, que se torna totalmente irresístível. Até dá vontade de fazer ligação com o título do disco embora, na minha opinião, não se possa considerar que o rock tenha morrido alguma vez – embora existam aqueles que tenham cada vez mais vontade de o declarar morto para alguma satisfação carnal que nunca vai compensar as suas carências afectivas. É um grande disco, longe de ser perfeito mas é na sua imperfeição que encontra o caminho para os nossos corações.

8/10
Fernando Ferreira


TommY DeCarlo – “Dancing In The Moonlight”

2022 – Frontiers Music

Trabalho de estreia a solo por parte de Tommy DeCarlo vocalista que está actualmente nos Boston. A sonoridade que apresenta a solo não cai muito longe da árvore da sua banda principal e assim sendo temos um bom rock melódico próprio do final da década de setenta e da década de oitenta. É um álbum que soa a clássico e que com isso também pode apresentar alguns problemas para quem espera algo mais contemporâneo. Não há como apresentar defeitos numa obra que roça a perfeição, apenas a constatação de que o nicho a que se destina é capaz de ser reduzido para o talento evidenciado.

6.5/10
Fernando Ferreira


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