Review

Máquina do Tempo – Albaluna / Ensemble Intercultural / Mía Turbia / Thomas Zwijsen / Worm

Albaluna / Ensemble Intercultural – “Ensemble Intercultural”

2020 – Edição de Autor

Interessante projecto dos Albaluna que nasceu a partir da união do governo português, do município de Torres Verdas, da associação musical Musicálareira e, claro, dos Albaluna onde a ideia seria o encontro da comunidade migrante do município de Torres Vedras oriunda de vários sítios do mundo e dos Albaluna pegando em temas tradicionais e dando-lhe uma roupagem nova. Temos apenas três temas que representam a Ucrânia, Grécia e o Nepal. Três temas fantásticos e que representam aquilo que mais nos entusiasma na World Music. Pena serem só estes temas mas ainda assim, pedaço de música precioso.

9/10
Fernando Ferreira


Mía Turbia – “El Camino”

2022 – Spinda

A finalizar o ano a Spinda Records apresentou o álbum de estreia dos Mía Turbia e esta estreia é bem promissora, sendo mais um nome de talento que a editora junta ao seu fantástico catálogo. Com laivos de rock progressivo, psicadélico e alternativo, são as músicas que nos encantam de forma simples e descomprometida. “Libre”, que começa o álbum soa a clássico, assim como irreverente, fazendo uma mistura de mundos aos quais nós gostamos de visitar frequentemente. Para quem acha que estes géneros já não apresentam nada de relevante há algum tempo, está aqui a prova do sangue novo que é injectado é de alta qualidade.

8.5/10
Fernando Ferreira


Thomas Zwijsen – “Uke’Em All”

2020 – Edição de Autor

O homem das cordas de nylon está de volta e ele agora concentra-se no ukelele e vai, mais uma vez, para além do reino dos Iron Maiden embora recorra ao mesmo algumas vezes neste álbum. Temos mais uma vez versões muito bem conseguidas mas depois temos outras onde a limitação do instrumento acaba por não trazer resultados memoráveis – ou as músicas simplesmente não resultam neste formato acústico. O caso mais gritante é mesmo a “Painkiller” dos Judas Priest que acaba por não ser empolgante, nem de perto nem de longe, como o original. Depois temos boas representações de “You Give Love A Bad Name” dos Bon Jovi, “Breaking The Law” de Judas Priest, “Motorbreath” dos Metallica, “Rainbow In The Dark” de Dio, “I Want Out” dos Helloween”. As versões de Iron Maiden estão todas bem conseguidas, sobretudo a “Wasted Years” que encerra o disco, pelo que no final podemos considerar que o saldo é positivo embora o ukelele definitivamente não é dos instrumentos mais ricos para este tipo de versões.

7.5/10
Fernando Ferreira


Worm – “Gloomlord”

2019/2023 – 20 Buck Spin

Reedição do segundo álbum dos norte-americanos Worm, lançado originalmente em 2019. O que poderá sempre levantar questões logo à partida. É uma reedição que traz material bónus? As edições originais esgotaram todas (esta é já a terceira reedição)? Não temos como saber em relação a esta segunda mas em relação à primeira, não temos qualquer material bónus a não ser o facto de que esta edição sofreu uma remasterização que não altera o espírito original de podridão. Foi sem dúvida um lançamento muito bem recebido pelo público, pelo que se entende esta aposta – enquanto houver procura, a oferta tem a tentação de acompanhar. Para quem ainda não os conhece, esta será a porta de entrada recomendada, onde o death e o doom metal se unem em perfeita harmonia em decomposição.

7/10
Fernando Ferreira


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