Review

Máquina do Tempo – Demolition 23 / Suffering Sights / Bad Absalom / Nihilum

Demolition 23 – “Demolition 23”

1994/2022 – Wicked Cool

Um tesourinho que nos faz colocar muita coisa em perspectiva. Primeiramente na ironia que é termos um álbum lançado em 1994 que tenta capturar o espírito selvagem do punk década de setenta que estava presente em muitas bandas de hard rock na década de oitenta e que soa completamente contemporâneo hoje em dia, em pleno 2022. Michael Monroe (dos Hanoi Rocks) juntou-se a Sami Yaffa (também dos Hanoi Rocks) e com a ajuda de Steven Van Zandt na produção e na composição e o resultado foi este. Puro punk rock’n’roll que faz pensar tanto em New York Dolls como em The Ramones, assim como nos primórdios de bandas como Mötley Crüe, Guns‘N’Roses ou até mesmo os próprios Hanoi Rocks. Um disco muito divertido de ouvir, cuja reedição é serviço público.

8.5/10
Fernando Ferreira


Suffering Sights – “When Sanity Becomes Insanity”

2021/2022 – Dying Victims Productions

Mais uma reedição por parte da Dying Victims productions, desta vez é o álbum de estreia dos chilenos Suffering Sights que tendo sido editado no ano passado, é agora reeditado em vinil e CD. Trata-se de death metal clássico a lembrar quando o género dominava o underground décadas atrás, sendo claramente nostálgico. No entanto não é na nostalgia que domina as atenções e sim a forma como conseguem juntar um conjunto de canções que fala ao coração de gostam do estilo no seu estado mais puro. O que perde na originalidade, ganha na paixão e por vezes basta mesmo este segundo elemento para tornar um trabalho relevante.

7.5/10
Fernando Ferreira


Bad Absalom – “Bad Absalom”

2021 – Edição de Autor

Da Austrália aqui está uma boa surpresa. A descrição da promo dizia stoner punk e embora duvide que isso seja realmente uma coisa, até faz sentido. Temos os riffs arrastados e a guitarra suja com fuzz e depois temos uma voz que relembra realmente os clássicos do punk mais agreste assim como também algumas melodias. No entanto também temos uma abordagem vocal que aponta no caminho do pós-punk/gótico. Seja como for, resulta. Bom trabalho, pesado e dinâmico que não encaixa facilmente num rótulo e isso também acaba por ser positivo.

7/10
Fernando Ferreira


Nihilum – “Call Of The Void”

2020 – Edição de Autor

Tirando a intro “The Overseer”, esta one-man band Nihilum até se revela uma proposta interessante dentro dos parâmetros mais crus do estilo. One-man band que consegue resultados que são ligeiramente acima da média ainda que tenham dificuldade em destacar-se do resto da concorrência mas esse de certeza de que não era o seu objectivo. Para quem gosta de black metal grim, bons riffs e boa ambiência esta é uma boa escolha, sem grandes expectativas, cumpre o objectivo.

6/10
Fernando Ferreira


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