Review

Máquina do Tempo – Tank / Primal Fear / M.O.R.G. / Eibon

Tank – “Honour & Blood”

1984/2022 – High Roller

Quarto e último álbum alvo da reedição por parte da High Roller Records e também podemos dizer que é o último excelente álbum por parte dos Tank. Pelo menos na década de oitenta e antes da cisão que viria a dividir a banda em dois. Aqui temos uma banda apostada em elevar o nível um pouco mais acima. Mais melódicos, menos crus, mais progressivos e menos imediatos, mas é uma vertente que encaixa muito bem na identidade da banda e que resulta em temas memoráveis – o tema de abertura “The War Drags Ever On” é um excelente épico assim como “Kill” que encerra o disco.

9/10
Fernando Ferreira


Primal Fear – “Primal Fear”

1998/2022 – Atomic Fire Records

1998. Os Gamma Ray já estavam com Kai Hansen na voz, os Judas Priest já tinham escolhido Tim “Ripper” Owens para sucessor de Rob Halford e Ralf Scheepers que tinha saído dos Gamma Ray para tentar a sua sorte nos Judas Priest e quando a coisa não correu bem, juntou-se a Matt Sinner (dos Sinner) e tiveram aqui o primeiro capítulo da saga Primal Fear, uma banda que trouxe uma lufada de ar fresco ao heavy/power metal apesar das semelhanças com Judas Priest. Temos aqui então a reedição do primeiro álbum dos Primal Fear, cheio de temas bem catchy e marcantes como “Chainbreaker” e “Silver & Gold”. Apesar das semelhanças aos Priest, não deixa de ser um álbum que marcou a época da música pesada, onde começou a haver um maior interesse pelas sonoridades tradicionais. Esta versão trouxe algumas faixas bónus onde se inclui “Speed King” dos Deep Purple e “Breaker” dos Accept com mais alguns temas ao vivo. Obrigatório!

9/10
Fernando Ferreira


M.O.R.G. – “Nightmare Of Sound”

2015 – Edição de Autor

E aqui está o primeiro álbum dos M.O.R.G. de Santa Maria da Feira que é uma sequela perfeita das boas indicações que foram deixadas no EP que falámos atrás. Tem aquela ingenuidade da cena portuguesa da década de noventa mas também aquele brilho e aquela esperança em relação ao futuro. O presente – aqui neste disco – traz muitos bons motivos para satisfação mas infelizmente o suporte onde o ouvimos não foi o melhor. O disco está disponível no Spotify mas o volume está extremamente baixo. Ainda assim, nada que dificultasse a apreciação destes temas de heavy/thrash metal que até servem de aperitivo para algo que possa vir de seguida. Estamos curiosos para ver a evolução da banda e quais serão os próximos passos.

7/10
Fernando Ferreira


Eibon – “The Garden Of Theophrastus”

1995/2022 – Rude Awakening

Reedição do primeiro álbum dos Eibon, provavelmente uma dos projectos embrionários do black metal vindo da Singapura. A produção é crua – como seria expectável – e indicadora do tempo em que foi gravada. Ainda assim para a época em questão e sobretudo para o local de onde tem origem, não deixa de ser um trabalho de importância histórica mesmo que esse factor se sobreponha à qualidade do trabalho num todo. A completar o pacote e a iniciativa de perservação do passado, temos as músicas que fazem parte da demo de 1992 dos Debauchery (a encarnação prévia da banda) “Spirit of Barbuelis” e o EP de 2003 “Ineffable Prodigious Odyssey”. Se os primeiros têm um som ainda mais podre, o segundo já apresenta uma evolução considerável a tudo o resto que veio antes ainda que alguém na mistura e masterização descuidou-se com o volume, que surge com vontade de rebentar as colunas.

5.5/10
Fernando Ferreira


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