Memórias De Um Homem Invisível
Um interessante update à história clássica H.G. Wells. sem o ser propriamente. Nick Halloway (Chevy Chase – “Que Paródia de Férias”) é um homem de negócios que passa mais tempo a divertir-se do que propriamente a trabalhar. Numa espécie de seminário, Halloway está completamente embrigado e resolve ir dormir uma sesta para recuperar. Enquanto dorme, ocorre um um acidente e o edificio fica parcialmente invisivel, incluindo o que se encontra dentro dele. Depois de os serviços secretos e os militares tomarem as rédeas da investigação ao que se passou, Halloway acaba por ter de fugir de um agente da CIA ambiocioso, David Jenkins (Sam Neill – “Parque Jurássico”) que o pretende usar para os seus próprios fins.
Embora John Carpenter (“Halloween”) utilize em alguns dos seus filmes a comédia, este é capaz de ser o seu mais leve filme nesse sentido. “Memórias De Um Homem Invisível” é um filme de acção leve, que explora a questão: “O que aconteceria se uma pessoa normal de repente ficasse invisível?” A resposta é convincente, os efeitos especiais hoje em dia provavelmente deixam um pouco a desejar, mas penso que esse seja mesmo o ponto secundário do filme.
Interessante a maneira como é explorada (e conseguida) a interpretação de Chase como homem invisível, sendo apenas invisível nalguns momentos (para o espectador claro). Chase está muito bem, como uma interpretação sólida mas sem fugir ao seu estilo (não totalmente apreciado por muitos), Daryl Hannah (Splash) está ao seu nível, no papel da apaixonada pelo herói e Sam Neill, está simplesmente fantástico, sendo esta a primeira vez que trabalha com Carpenter (a segunda foi em “A Bíblia De Satanás”). Para amantes dos actores e realizador em questão. Quem não o for, mas também gostar de um filme despreocupado e leve, é também indicado.
Nota 7/10