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Meshuggah – “The Violent Sleep Of Reason” Review

1. Clockworks
2. Born in Dissonance
3. MonstroCity
4. By the Ton
5. Violent Sleep of Reason
6. Ivory Tower
7. Stifled
8. Nostrum
9. Our Rage Won’t Die
10. Into Decay
Duração 58:59
The Beast Is Back! Pode parecer um pouco a despropósito mas não deixa de ser irónico que a quantidade de vezes que o nome dos Meshuggah surge em contextos que não a sua música é superior à quantidade de vezes que que são citados no que diz respeito a trabalhos seus. É sem dúvida representativo da sua qualidade e do seu impacto na música moderna. Poderá ser também indicador do monstro que criaram (ou foram criando) ao longo dos anos. O que nos poderá apontar para um certo receio que fãs da banda (como nós, que sempre dissemos que gostamos de Meshuggah e não propriamente de djent, termo que a própria banda abomina) têm da mesma se encontrar refém do próprio monstro que criou (mas que muitos outros alimentaram). 
“The Violent Sleep Of Reason” é o oitavo álbum da banda, que surge após quatro anos de silêncio no que aos álbuns originais diz respeito e soa precisamente aquilo que nós esperariamos de um trabalho da banda sueca e mesmo assim consegue surpreender. Não, a banda não abandonou aquele estilo de metal matemático, ritmicamente maquinal e com tiques de jazz. Mas por outro lado apresenta um groove revigorado que dá um aspecto mais orgânico à sua música – reparem só no(s) riff(s) que martelam na “MonstroCity” – e que acaba por ser a grande novidade deste conjunto de temas. Terá também contribuído para isto o facto da banda ter gravado de forma mais espontânea (isto é, gravado quase ao vivo) e não da forma ultra-clínica que se tornou habitual
Não se importando com o que os seus seguidores fazem, os Meshuggah continuam o seu próprio caminho, com uma mestria instrumental que continua a ser inagualável e com uma capacidade única para manter a intensidade em níveis altíssimos, sem esquecer o facto de conseguir manter o seu som fresco e interessante, dando a ilusão de que não estão no beco criativo que estão. Claro que no futuro mais próximo, vamos continuar a falar dos Meshuggah no lançamentos de outras bandas que tentam também seguir este exemplo de tornar o seu som mais orgânico. Esta besta definitivamente veio para ficar.
Nota 9/10

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