Overkill – “The Grinding Wheel” Review
2017 Shinigami Records
Os Overkill chegam ao seu 18º disco de estúdio e os fãs podem continuar tranquilos. Afinal, durante os 37 anos de carreira, a banda nunca decepcionou sua legião de fiéis seguidores. Claro, nem todos os discos lançados soaram clássicos, mas a discografia dos norte-americanos pode ser considerada uma das mais regulares dentro do Thrash Metal.
De qualquer forma, a evolução que a banda mostrou gradativamente continua neste novo trabalho que talvez seja o mais diversificado dos anos 2000. “The Grinding Wheel” é um disco que traz uma aura mais despojada, a volta do flerte com o Heavy Metal tradicional e menos ‘groove’.
O melhor de tudo é que com essa versatilidade, a banda continua soando pesada e bem característica. Mérito dos riffs poderosos de Dave Linsk e Derek “The Skull” Tailer, que fazem um trabalho irrepreensível, inclusive nos solos nada mirabolantes e sempre proporcionais.
Não precisa dizer muito da cozinha, né? Até porque D.D. Verni é um dos melhores baixistas do estilo e aqui apresenta suas linhas tradicionais que soam independentes em diversos momentos e com timbres de ótimo gosto. Tudo acompanhado pela bateria cheia de pegada de Ron Lipnicki.
O carismático vocalista Bobby “Blitz” Ellsworth continua destilando a sua voz esganiçada, porém com mais técnica e variação, mas nada que descaracterize. Por fim, a produção a cargo da própria banda com masterização e mixagem de Andy Sneap é a cereja em cima do bolo.
“Mean, Green, Killing Machine”, “Goddamn Trouble”, “Our Finest Hour” e a épica faixa título são os grandes destaques, mas o disco proporciona uma audição prazerosa durante toda sua audição com músicas não menos empolgantes. Pra fechar com chave-de-ouro a versão nacional vem numa lindíssima digipack e ainda traz um ótimo cover para “Emerald” dos Thin Lizzy. Excelente!
Nota 9/10
Review por Vitor Franceschini
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