Prometheus Review
A tão aguardada prequela. Depois dos desaires que foram as tentativas descaradas de arrecadar guita dos Aliens Vs Predador, temos o regresso de Ridley Scott à casa que o notibilizou. Como seria de esperar os dois filmes anteriores são ignorados por completo – nem podia ser de outra forma – e embora deixe muitas respostas por responder, é um autêntico mimo para os fãs, com as revelações acerca dos Engenheiros, a raça extra-terrestre que estava presente no planeta do primeiro filme, e com todos os pormenores do primeiro filme a bater certo com este.
Não é, claro, um filme perfeito, já que existem algumas falhas, sendo que a mais óbvia é a mesma que encontrámos na prequela da Guerra das Estrelas. Obviamente que a tecnologia de 2012 não tem nada a ver com a de 1979, no entanto, aqui temos um filme que se passa bastante tempo antes do primeiro e com uma tecnologia que é bastante superior. Claro que aqui há a desculpa da Nostromo, a nave do primeiro filme, ser uma nave de carga e portanto menos dotada, mas também seria forretice a mais dotá-la de ecrãs de spectrum, numa altura em que têm sistemas de criogenia. Obviamente que isto não é uma crítica nem a um filme nem a outro, apenas a evidência do beco sem saída que a tecnologia colocou qualquer prequela que se fizesse, onde teria de haver sempre esta discrepância, tendo em conta que um filme destes teria de ser sempre visualmente atractivo.
A parte que poderá deixar o pessoal confuso é o facto de que a acção que se passa aqui não é propriamente a que antecede o primeiro filme, até porque os Aliens aqui estão num estágio muito primordial, com formas longe daquelas que veríamos a conhecer depois. É um filme algo lento a início mas que depois começa a prender cada vez mais o espectador, com cenas de grande acção. Em termos de interpretações e elenco, também é um grande trabalho, onde destacamos o papel de Michael Fassbender, que esteve enorme como sempre, Noomi Rapace e Charlize Theron. E as expectativas são grandes para a sequela Alien: Covenant – voltaram a colocar o termo Alien, porque o título “Prometheus” acabou por não ser muito associado à saga pelo público, o que é parvo. Nos dias de hoje, só mesmo quem tiver a dormir é que deixa passar algo do género ao lado.
Nota 8/10