Psico II Review
O impensável acontece. Psico, um dos melhores filmes de suspense de todos os tempos tem uma sequela. Claro que logo à partida parece que vemos fracasso escrito por todos os lados. E é curioso que depois de ver o filme já não ficamos assim tão certos. Psico foi um filme para não ter sequela. O seu final assegura-se disso mesmo. Não que não se tenha pessoas ou público interessado em ver o que acontece de seguida, nem sequer talentos para construir uma história digna de sequela, mas a questão é que aquele efeito surpresa e espanto que foram o que fizeram de Psico o sucesso que foi é impossível de capturar.
Portanto nesse ponto, esta sequela nem sequer belisca. Mas também não tenta, temos que ser sinceros. Assume-se pelo o que é, apenas a continuação da história, pegando num Norman Bates vinte e dois anos após os eventos retratados no primeiro filme. Norman é alguém que é receoso, duvida da sua própria sanidade conforme estranhas coisas vão acontecendo em seu redor, até o que o final, mais ou menos previsível, acaba por torná-lo em tudo o que sempre lutou para não se tornar. É uma interessante sequela que resulta principalmente para quem tem interesse e curiosidade pela personagem, que sem o efeito surpresa acaba por ficar apenas um pobre coitado que não assusta ninguém. Ou quase ninguém.
Apesar de ser um filme subvalorizado, conseguimos perceber exactamente o porquê disso acontecer. Realizado à cinquenta e sete anos (57!), Psico permanece intocável e a sua influência é tão grande que até a sua sequela, que tem os seus pontos positivos, passou algo despercebida com o passar do tempo. Talvez se tivesse sido realizado fora da influências dos filmes da década de oitenta, poderia ter uma história sem as grandes falhas de argumento que tem, nomeadamente no que à consistência das personagens diz respeito. E daí talvez não, já que filmes maus existem em todas as épocas.
Nota 6/10
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