Psico IV – O Começo
E quando se pensava que não poderia ficar pior… eis a quarta parte. Como já falámos atrás, a terceira parte da saga Psico já era desnecessária. Pegou nos pontos positivos da segunda e atirou-los para o lixo, ficando um filme fraco, previsível a tentar ir pela mesma linha pelos filmes de terror da década de oitenta. Infelizmente esta quarta parte poderia pelo caminho redentor, mostrar o início de tudo, mas acaba por cometer tantos erros que simplesmente não faz sentido. Em vez de dar uma profundidade alargada à personagem, acaba-a por tornar confusa e até contradizer todos os filmes anteriores – no Psycho II, Norman diz que assassinou a mãe aos doze anos, mas aqui é demonstrado que ele é mais velho que isso.
A personagem principal, Norman Bates” aparece numa edinâmica de Édipo, apaixonado pela sua mãe apesar de ser oprimido. Até aqui não há problema nenhum. A questão é que a sua mãe é retratada como uma libertina hipócrita e cruel – só esperávamos que fosse cruel. A questão da idade de Norman nos flashbacks também é altamente confusa. Deveriam ter sido usados mais actores além de Henry Thomas (o miúdo do “E.T.”) para que tudo soasse mais credível. Mas ainda assim, toda a história soa fora da imagem criada – ou que nos levaram a criar – da senhora Bates
É uma reunião de maus lugares comuns atirados para o mesmo canto ao acaso na esperança de fazer algum sentido. Não faz infelizmente. E a maneira como acaba, dando a crer que existe um poder sobrenatural por trás de tudo, acaba por ser o pior. Não só é desnecessário como faz com que sintamos que todo o filme é desnecessário. Doloroso de assistir, este é um filme que nem recomendamos para aqueles que são fãs da série. Aliás, recomendamos que quem seja fã que NÃO VEJA mesmo. Um filme de televisão que nem aí deveria ter chegado.
Nota 2/10
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