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Rampart – “Codex Metalum” Review

O metal é cada vez mais universal. As boas propostas chegam-nos de todo o lado e as fronteiras estão cada vez mais diluídas. Por isso, não nos admiramos de receber em cima da mesa um álbum dos Rampart, banda búlgara que com “Codex Metalum” chega à simpática marca do quarto trabalho. O início com “Apocalypse Or Theater” parece promissor, com um bom tema que mistura heavy metal e thrash metal tradicional. Isto tudo bem até entrar a voz de Maria Dièse. Há qualquer coisa de muito estranho a passar-se na voz desta rapariga. A primeira sensação que temos é que as vozes foram gravadas em casa de alguém e enviadas pela internet para a casa do produtor, mas como não havia banda-larga, tiveram que reduzir a qualidade do ficheiro, aí para uns 96 khz.
Além de soar estranha, parece que anula todo o grande trabalho feito pela banda em termos instrumentais. E não basta também a captação parecer-nos estranha, é o próprio timbre da Maria que nos parece demasiado peculiar, a lembrar-nos aquelas bandas norte-americanas da década de noventa que não passaram de lançar demos. Apesar da voz ir crescendo aos poucos dentro do ouvinte nunca chega a soar totalmente convincente o que acaba por prejudicar o resto do álbum. Em alguns momentos soa como se fosse um frango a tentar cantar o hino nacional com o pescoço apertado. A sério. Ouçam então a “Sacred Anger”, e a imitação do que parece ser um dos sobrinhos do Pato Donaldo (o Luisinho, Huguinho ou Zézinho)
O que irrita solenemente porque temas como “The Metal Code” ou “Of Nightfall” são excelentes malhas de heavy metal instrumentalmente falando, mas quando a amiga Maria abre a goela, há algo que no nosso corpo se encolhe. E não, não é sempre a mesma parte do corpo, por isso ficamos com a ideia de que se ouvirmos muito tempo isto, ficamos do tamanho de um boneco da playmobil. Se lançarem uma versão karaoke de “Codex Metalum”, estamos na frente para comprar. Até lá e por muito bom que seja a parte instrumental (e é!), este trabalho é de evitar. Agora se engraçarem com a voz de Marie, de certeza que têm aqui o álbum do ano no que ao heavy tradicional diz respeito. Ah, e a cover da “Majesty” está muito boa, tirando a voz, claro! Se houver castings para dobragens do Dragonball está aqui uma boa candidata.
1. Apocalypse or Theater
2. Diamond Ark
3. The Metal Code
4. Sacred Anger
5. Of Nightfall
6. Into the Rocks
7. Colours of the Twilight
8. Crown Land
9. Majesty (cover dos Blind Guardian)
Duração 51:15
Nota 5.5/10

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