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Reportagem – Dia 2 @ SWR Barroselas – 28.04.18

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O dia 2 da Steel Warriors Rebellion começa atrasado, com os Amputate a cancelar. Passam, então, a abrir o dia os suíços Carnal Decay. Com eles, sobe a primeira mulher a atuar nesta edição do festival, Isa Iten, na guitarra, a dar um toque feminino ao Brutal Death contagiante da banda. Com uma boa interação com o público, músicas dinâmicas e bem estruturadas, foram um começo sólido para um dia que promete muito peso.

 

 

Os Necrobode mudam o tom e o andamento com o seu “Metal Negro da Morte”. Voltando ao palco 2, com um exclente som, o público acompanha a banda com headbang, mas os motores ainda estão frios, e há quem fique parado. Típico black metal, com corpse paint e tudo o que se merece.

 

 

Por sua vez, os Looking For An Answer inauguram o palco 1 com o seu Grind old-school. O sem está um pouco estranho, no entanto, com a voz e a bateria bem identificáveis mas guitarras e baixo completamente indistinguíveis. A voz poderia ter mais profundidade, com alguns guturais muito superficiais e com falta e poder, por vezes, mas tal poderá dever-se a algo na produção. Palco a metade da capacidade, mas com mosh.

 

 

Flageladör traz speed/thrash brasileiro, com momentos de twin guitars, riffs apeladoras ao movimento e uma voz rouca que é a cereja no topo do bolo. A cantar em brasileiro, o público adora, principalmente quando o vocalista, com a sua máscara de carrasco, apresenta o tema “Missão Metal”. Um mosh tímido evolui para um circle pit considerável, num ambiente de festa com pessoas a subir ao palco constantemente. Excelente som, tirando uma ou outra interferência.

Gaerea leva o público de novo para uma sonoridade black, desta feita com toques de ambient. Estes mascarados conseguem encher o SWR Arena, mesmo tocando ao mesmo tempo que os Interment. O público está mais estático, mas há o típico headbang em concordância. Som praticamente definido por uma wall of sound onde guitarras e baixo são inseparáveis.

 

 

Interment põe toda a gente a mexer com o seu death metal old-school. Há mosh, há crowd-surf, há BARROSELAS. Com grandes riffs e solos à lá Slayer, põem o público ao rubro, mas sem grande interação entre banda e audiência. Uma grande surpresa para város membros da plateia, que se renderam ao death metal dos suecos.

 

 

Os Process of Guilt são já um nome conhecido e acarinhado pelo público português, e, num dia com Fili Nigrantium Infernalium, dão provas de que metal português é merecedor de orgulho. A lotação fica mais ou menos a meio, com pessoas a compôr melhor o público ao longo do concerto. Mais uma vez, o palco 2 entrega os graves pesados que tornam atuações doom, sludge, black ou stoner um experiência crua e memorável. Com ambientes doom criados com mestria, estes portugueses levam o público numa viagem incrível.

 

 

Nifelheim põe o público a cantar com o seu black metal old-school, cheio de momentos de puro e saboroso thrash/heavy. A audiência grita o nome dos veteranos do metal, que atuam com confiança e com prazer. Para eles, metal é diversão, e esforçam por incluir os ouvintes. Um dos melhores concertos do festival, sem dúvida.

 

 

Os Malignant Tumour fazem surgir uma fratura no público. Com uma atitude de diversão acima de tudo e de sátira, causam um pouco de atrito com certos membros da audiência que dizem não gostar de metal “a gozar”. A gozar ou não, os checos entregam bons riffs, boa interação com o público, mosh e crowd-surf, com pessoas a subir ao palco aos 5 e 6 de cada vez.

 

 

E, como uma avalanche de metal, chegam as estrelas da noite, os Suffocation. A estrear-se no SWR, a banda enfrenta casa cheia, e entrega tudo o que se esperava. Com um grande som, guitarras com uma distorção deliciosa, uns vocais de invejar e um sorriso na cara, os americanos demonstram estar felizes por visitar este cantinho do jardim à beira mar plantado.Um circle pit gigante e headbang contínuo por parte do público, o concerto torna-se, sem dúvida, um dos highlights do dia e do festival. Uns high-fives, sorrisos e energia positiva, e a banda abandona o palco, com missão cumprida.

 

 

E entra um orgulho nacional no palco 2. Fili Nigrantium Infernalium esgotam a lotação da “Loud! Dungeon”, e põem o público a cantar. Com bom som e bom ambiente, os portugueses põem o público a mexer, mantendo a qualidade elevada. No final do concerto algo se passou com o som, os agudos sobrepuseram-se a tudo o resto, criando uma bola de espinhos para os ouvidos, com membros da plateia a abandonar o concerto. Mesmo assim, bom concerto.

 

 

Evil Invaders vieram ligar a máquina do tempo e levar todo a gente para os 80’s, com uma casa cheia a curtir o thrash metal a todo o vapor. Interação incrível, com os membros da banda a assumirem o palco como seu e a levarem o público numa espiral de mosh, crowd-surf e pura diversão do início ao fim. No fim, o vocalista parte as cordas da guitarra, o guitarrista distribuiu umas 50 palhetas pelo público, overall, felizes por esta prestação invejável dos jovens belgas.

 

 

O dia começa a chegar ao fim, e os sinais de cansaço são aparentes. Não impedem, no entanto, que os galegos Lóstregos encham o SWR Arena. Com um black acessível e um bom som, divertem o público e ajudam a queimar as últimas baterias.

 

 

Totengott entregam riffs groovy, doom, velocidade, dinamismo. Os últimos headbangs são arrancados do público, com um dos melhores concertos do terceiro palco até agora. Novamente, o que é bom acaba, e o público dispersa, já a pensar no dia 3.

 

Texto por João Pedro Freitas
Fotos por Fátima Inácio
Agradecimentos SWR Inc.


 

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