Road To Vagos – Painted Black

Julho 18, 2019 Fernando Ferreira

Nascidos em 2001, pela voz de Daniel Lucas e a guitarra de Luís Fazendeiro, os Painted Black, apesar de claramente influenciados pelo Doom e Gótico, não podem ser reduzidos a um único estilo musical. A sua sonoridade oscila entre a rudeza, a agressividade e a tristeza, o sombrio. As suas actuações ao vivo acentuam ainda mais esta dicotomia, pela intensidade que a banda coloca nas suas actuações e pela voz de Daniel Lucas, que tanto nos envolve na melancolia lânguida e insinuosa, como nos estremece com o poder do seu rugido furioso e acutilante.

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Lançaram, em 2005, a demo “The Neverlight”, e dois anos depois, “Verbo”, a segunda demo, vê a luz do dia. Em 2010, surge o LP de estreia, “Cold Confort”, editado pela editora portuguesa Ethereal Sound Works, sendo bem acolhido pela crítica e pelo público, tendo a sua promoção ao vivo durado até 2013.

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Com apenas 3 temas (um original e duas covers, de Rádio Macau e Nine Inch Nails), o álbum digital “Quarto Vazio”, com uma orientação mais roqueira, é lançado em 2014, e a sua promoção vai além-fronteiras, com concertos no Reino Unido. No espaço que medeia os lançamentos do LP “Cold Confort” e o EP “Quarto Vazio”, a banda edita o single “Winter”, que serve de balanço entre os dois álbuns, encurtando o tempo sem lançamentos. E, em 2017 surge o segundo LP, “Raging Light”, pela italiana WormHoleDeath.

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Luís Fazendeiro (guitarra e teclas) e Daniel Lucas (voz) são os únicos elementos que permanecem desde a formação da banda, que conta com António Durães no baixo, Gonçalo Sousa na guitarra e Filipe Ferreira (baterista ao vivo). Pelo seu line-up já passaram: Telmo Carvalho no baixo, Márcio Ribeiro e Rui Matos na bateria, António Raposo e Miguel Matos nas guitarras, Pedro Guilherme e Bruno Aleixo nas teclas.

Actualmente, a banda navega em sons mais profundo do Doom Metal, sendo também mais notadas as influências progressivas e pós-rock, mantendo-se fiel à ambivalência energia/melancolia, que tanto caracteriza os Painted Black. Por Rosa Soares

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