Os mestres da porrada holandesa estão de volta. Os Sinister são uma das grandes e históricas bandas do death metal holandês e europeu. Apesar de alguns altos e baixos na sua carreira (se calhar mais baixos que altos), desse estatuto ninguém lhes tira – álbuns como “Cross The Styx” e “Diabolical Summoning” são intocáveis no panteão do death metal. Portanto a grande dúvida que teríamos é se “Syncretism” seguia a tendência de alguns dos seus momentos mais fracos ou se tentaria (e conseguiria) recuperar a glória do passado.

Poderemos mudar a nossa opinião daqui a uns tempos (anos) mas não podemos negar que o impacto que o décimo segundo álbum dos Sinister teve em nós é altamente positivo. “The Post-Apocalyptic Servant” pode não ter sido propriamente memorável ou capaz de fazer esquecer os primeiros trabalhos mas mostrava a banda mais focada e coesa. Aqui o que temos é precisamente a evolução disso. Melodias marcantes e viciantes e malhas (verdadeiras malhas) capazes de rivalizar com o melhor que por aí anda. O facto de terem dois novos músicos no alinhamento pode ter tido efeitos directos no resultado.

Não temos como saber se há influência directa da entrada de Ghislain Van Der Stel para o baixo ou do brasileiro Ricardo Falcon para as guitarras mas soa tudo bem mais sólido e dinâmico apesar de termos na sua maioria músicas uptempo. No entanto temos arranjos mais diversos e músicas mais certeiras e um verdadeiro sentido de álbum forte. Tudo foi elevado a um nível e sem termos aquela sensação de regresso às raízes forçadas. O facto de ser tão forte e bem conseguido é que faz com que sintamos de que é um regresso aos bons velhos tempos.

Nota 8.5/10

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