Sons Of Balaur – “Tenebris Deos” Review
1. Invocation
2. Prologue
3. Old Relics
4. Succubus Slut
5. The Curse of Bloodlust
6. The Nameless Roams the Earth
7. Van Helsing Must Die
8. Balaur’s Rise
9. Athena Bitch Betrayer
10. Soldiers of Darkness
11. Nematari the Desert Queen
12. Torch This Fucking World
Duração 50:43
2016 Season Of Mist
Um sinal dos tempos que talvez estejamos a ir longe demais é quando temos uma espécie de banda fictícia que faz música a sério. Sabemos que cada vez mais o marketing tem um papel muito importante a dizer, mesmo num género como o metal extremo, mas este conceito dos Sons Of Balaur parece tão estapafúrdio… que até é capaz de resultar! Ora o que temos aqui é baseado numa banda desenhada de Alec Worley, ou seja, e tentando resumir o máximo possível, é quase o equivalente para os Gorillaz, aplicados à música extrema. Tirando a parte do marketing da equação com o que é ficamos:
Com black metal algo banal mas mesmo assim não muito desinspirado, “Tenebris Deos” consegue demonstrar que é algo mais do que apenas um bom esquema de marketing elaborado. É certo que não apresenta nada de manifestamente novo e que vai bater um pouco a todas as portas no seu passeio pelo black metal começando com uma actualização do que os Celtic Frost fizeram em 1985 com a “Invocation” passando por piscadelas aqui e ali às encarnações mais recentes de Satyricon e Watain (“Balaur’s Rise” e “Old Relics” respectivamente), curtas passagens por melodias dos Dissection (“Prologue” e “The Nameless Roams the Earth”) e até Cradle Of Filth (“Succubus Slut” ou “The Curse of Bloodlust”, com riffs e melodias que não enganam ninguém) e terminando em Watain novamente (“Nematari the Desert Queen”).
Não existem portanto dúvida em relação à questão da originalidade neste material. No entanto, aquilo que é importante reter é que isto resulta. Para quem gosta de black metal certamente não vai estranhar temas “Athena Bitch Betrayer” ou “Van Helsing Must Die”, apesar do título mais parvo deste último. Poderá é não achar grande piada a todo este conceito, já que o humor certamente não é uma das grandes características para quem leva o black metal muito a sério. Por falar nisso, poderá ser difícil de levar os Sons Of Balaur a sério, mas que a banda entretem, entretem. Vamos lá a ver onde isto vai dar.
Nota 8/10