Svin – “Missionær” Review
01. Dædskontainer
02. Færgen Ellen
03. V
04. Japser
05. Krikeorgelsafrikaner
06. Stella
Duração 38:37
2016 PonyRec
Ora aqui está um som para vos levar para outro mundo. Literalmente. Este disco pode causar reacções alérgicas de tal ordem que pode causar a morte. Calma, calma, é só mais um dos nossos exageros. A verdade é que “Missionær” não é um álbum fácil de digerir mas é proporcional a estranheza que causa com a atracção que exerce sobre o ouvinte. Pelo menos connosco foi assim. E é um dos trabalhos mais complicados de analisar. Não propriamente por ser um álbum difícil de ouvir – isso para nós até é algo que nos costuma estimular – e sim porque é difícil de explicar o que estamos a ouvir.
O que nos leva àquele ponto em que dizemos que os Svin são um grupo de… música instrumental experimental. Ainda tentámos resistir no primeiro parágrafo mas seria impossível conseguir aguentar até ao terceiro. Porque se não dissessemos música experimental teríamos que dizer rock psicadélico, ambient, drone, rock progressivo, jazz e mais outra coisa qualquer que nos tenhamos esquecido. É mesmo um dos trabalhos mais desafiantes que nos passou pela frente e sem dúvida que o caro ouvinte sentirá o mesmo, mas se é difícil de explicar o que se ouve, não é tão difícil de explicar o que se sente.
Sendo uma perspectiva pessoal, a reacção que provocou foi a mesma que se tivessemos uma banda de rock progressiva que decidisse fazer uma banda sonora para um art movie ou para qualquer coisa que desafiasse os limites da mente. Esta seria música que se mostraria ideal para um filme como “Laranja Mecânica” ou “12 Macacos”, os primeiros exemplos que nos surgiram na mente, embora muitos outros se possam qualificar para o cargo. Como todos os trabalhos geniais incompreendidos, demora algum tempo até que se interiorize “Missionær”, e nem sequer temos a certeza se alguma vez o conseguimos fazer, no entanto, toda a viagem percorrida nesse caminho é digna de nota.
Nota 9/10