Nada como começar o ano com uma porrada valente de grindcore, cortesia dos norte-americanos The Drip. Sabemos que hoje em dia é complicado triunfar no mundo da música, por uma série de razões. Porque já vimos e ouvimos muita coisa, porque o grindcore (neste caso específico) já está mais que visto e batido, porque temos acesso a quase tudo, o que nos dá a arrogância de pensar e sentir que já vimos e ouvimos tudos. Arrogância que não passa de uma simples ilusão e raramente corresponde à verdade. Já sabemos o suficiente para não cairmos nessa esparrela.

Ter um álbum de estreia passado dez anos desde a sua formação poderá ser um indicador de que algo diferente se poderá passar aqui. Normalmente não quer dizer nada mas é o suficiente para nos despertar a curiosidade acerca desta estreia. Curiosidade essa que não é atraiçoada pelo que podemos ouvir em pouco mais de meia hora e que nos garante um excelente álbum do género, sem se presumir que vêm revolucionar o género. Ainda assim, temos abertura suficiente que nos permite assistir a algumas piscadelos a campos mais acessíveis do death metal.

É um trabalho mesmo que não ascenda a culto ou a clássico, servirá para apresentar a banda a um público maior para além daquele que os seus três EPs lançados entre 2011 e 2014 conquistaram. Consistente, dinâmico, violento e viciante. Estes são os adjectivos que caem que nem uma lua a temas como “Anathema”, “Covered In Red” e “Consigned To Fate” e são apenas exemplos da qualidade desta estreia. Recomendado.

Nota 8.5/10

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