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Visions from the Pit – Natacha Atlas @ Teatro da Trindade, Lisboa – 13 de junho 2017

Dia 13 de junho de 2017, ontem à noite, a cantora belga (de origens egípcias e israelitas) Natacha Atlas foi encantar o Santo António lisboeta, atuando no teatro da Trindade. Acompanhada de uma troupe de 5 músicos (piano, contrabaixo, bateria, violino e trombone), o espetáculo vestiu-se de jazz.  
A pequena Natacha tem uma voz que não dececiona ao vivo. Entrou calmamente, após um início musical de introdução dos músicos, e começou a cantar. Imediatamente a audiência suspendeu a respiração, embalada no timbre e clareza da voz. “Heaven’s Breath”, “Visions”, “Voyager”, “These Things”, entre outras, as músicas que predominaram o concerto vieram diretamente do álbum mais recente “Myriad Roads “(de 2015) que, explicado pela própria, foi um projeto onde tentou fusionar jazz com o seu estilo mais pessoal (e de sonoridade mais oriental) de música.
Na primeira pausa, Natacha dirigiu-se ao público, elogiando o nosso queijo e o nosso vinho antes de introduzir, de forma casual, a música que vinha a seguir. A música romântica, Ya Tara, composta numa parceria com Ibrahim Maalouf levou a audiência a um estado de sonho. Quase todas as músicas foram pautadas de momentos a solo do violino e trombone, levando a algumas conversas entre estes dois instrumentos, mas na “Ya Tara”, o solo de violino teve a particularidade de arrepiar.

O concerto também incluiu a composição feita para ballet contemporâneo, Opium Dream, uma parceria Natacha Atlas & Samy Bishai. Como explicado pela cantora, uma fusão do oriente (árabe e indiano) com jazz mais experimental.
Um acontecimento digno de nota foi que, por várias vezes, durante as musicas, Natacha interagia com os músicos, utilizando a voz quase num diálogo com o violino ou o trombone, como é típico deste tipo de fusões.
No fim, 90 minutos souberam a pouco e faltaram tantos clássicos. Após uma ovação em pé do público após a última musica, Nile, tivemos direito a um encore de uma música e a aplaudirmos, mais uma vez em pé, a senhora da voz de Ouro, Natacha Atlas.

Reportagem e fotos por Filipa Nunes

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