WOM Electric Eye – Hills Have Eyes – “Agnes”
Os Hills Have Eyes o lançaram mais um single e a exemplo dos lançamentos anteriores, vamos dedicar-lhes um WOM Electric Eye. O single chama-se “Agnes”, o primeiro de avanço do novo álbum, conta com a participação do vocalista dos Crystal Lake, o Ryo Kinoshita.
Assim que começa o videoclipe é-nos apresentada uma figura feminina, de cabelo branco e que se movimenta de forma errática. Nos momentos seguintes, vemos a banda, que se encontra numa sala na penumbra. As cenas sucedem-se com eles a tocarem e as mesmas vão sendo intercaladas pela figura feminina, que deduzimos que seja a Agnes do tema. Com um grande impacto somos surpreendidos por torres de chamas que aparecem no palco. As imagens sucedem-se a grande ritmo, com a banda em plena performance, enquanto a figura feminina se banha em sangue. Sensivelmente a meio, dá-se a entrada do vocalista de Crystal Lake, Ryo Kinoshita para cantar a sua parte do tema e com o esperado impacto visual da sua presença. É certamente um videoclipe visualmente frenético e estimulante, onde a edição e filmagem estão bem conseguidas.
Numa breve análise ao tema em si, quanto à sonoridade, uma entrada melodicamente suave e electrónica, com um crescendo em som, até dar entrada um poderoso e longo berro, acompanhado de riffs de guitarra com a já característica sonora de Hills Have Eyes, velozes, pesados e furiosos, a raiar o djent e acompanhados de valentes breakdowns. A sonoridade e ritmo da bateria continua forte e demolidora com uma batida forte. Essa batida sente-se pelo tema todo .O baixo está inserido de forma presente, com o seu lugar bem definido dentro da mistura e sentindo-se bem a sua presença. A sensação também que me passou é que na parte cantada por Ryo, o mesmo foi acompanhado por sons de sintetizadores, que aliás se sentem também, do ínicio ao fim. Esta componente electrónica continua presente nestes lançamentos, penso eu que será sequência lógica dos temas anteriores e que estarão certamente presentes nos próximos trabalhos. Relativamente às vocalizações, Eddie continua a entregar-nos o seu berro áspero e potente, que é o seu tom de assinatura vocal. A sua voz limpa continua a ser o que me mais me agrada, bastante apelativa no refrão com a componente mais melódica mas neste tema os guturais também surgem nos momentos certos. Encaixam bem no gutural característico do vocalista Ryo Kinoshita, que aqui dá um ênfase particular ao seu tom, soando mais agudo, mas conseguindo dar ao tema o dramatismo e tenebrosidade que é requerido.
Aguardamos com expectativa o álbum e daqui certamente será sempre a subir.
Sabena Costa
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