WOM Interviews – Baest
Os Baest podem ser uma banda relativamente recente, mas que não se duvide do seu potencial e quem duvide, tem bom remédio. Basta ouvir com um mínimo de atenção “Danse Macabre”, o álbum de estreia, ou o mais recente “Venenum”, a bujarda old school que a banda lançou pouco tempo atrás. Com o intuito de falarmos um pouco mais sobre o já último álbum de originais e aproveitando a vinda da banda a Portugal com os Aborted e Entombed A.D. no RCA Club, no próximo dia 8 de Novembro, a World Of Metal foi falar com Svend Karlsson, guitarrista dos Baest. – por Fernando Ferreira
Olá Svend e bem vindo novamente ao nosso World Of Metal. Há pouco tempo atrás (para ser mais preciso, em Janeiro) falámos do vosso álbum de estreia e agora já qui estamos outra vez, desta vez para falar do segundo álbum. Quanto dele já tinham pronto por essa altura?
Olá World Of Metal! Já tinham a maior parte do álbum pronto por essa altura. Estávamos em digressão pelo Reino Unido com os Decapitated e Dyscarnat em Janeiro e Fevereiro e depois disso fomos logo para o estúdio.
O vosso álbum de estreia não só teve um impacto na cena underground europeia como também vos permitiu uma série documental de quatro partes na televisão pública do vosso próprio país. Como é que isso aconteceu?
O pessoal da televisão dinamarquesa reparou no burburinho à volta dos Baest e perguntaram-nos se se podiam juntar à digressão. Queriam mostrar como é que é a vida de um músico quando a música não é comercial. Um retrato de uma banda trabalhadora, a lutar pelo seu sonho. Foi fantástico que uma plataforma tão grande nos tenha decidido a seguir.
Adorei o “Danse Macabre” mas não é preciso muito tempo (e audições) para perceber que “Venenum” é uma besta superior. O primeiro aspecto que se realça são as suas dinâmicas. Muitas e muuito boas! Qual é, para ti, a maior distinção que fazes entre os dois álbuns?
“Danse Macabre” foi a nossa primeira tentativa para fazer um álbum. Depois disso, sabíamos que o conseguiríamos fazer e focamo-nos naquilo que iríamos gravar e como queríamos que soasse. Quisemos experimentar com as canções e tentá-las fazer mais death metal progressivo – mas ao mesmo tempo a torná-las mais esmagadoras e brutais, se pudéssemos. Pensamos que tivemos sucesso e estou feliz que também tenhas gostado de “Venenum”, man.
Lançaram um álbum, foram em digressão pela Europa, tiveram um grande impacto no vosso país e antes que o diabo esfregou o oho, já têm outro álbum cá fora. Não quiseram perder o embalo?
Sentimo-nos sortudos por ter tido uma boa sequência de acontecimentos e seria um desperdício não aproveitá-los. Um desperdício para nós e um desperdício de tempo para os fãs.
O que sentes diferente na banda e em vocês próprios se se compararem com aquilo que eram o ano passado?
Sentimo-nos melhor musicalmente e sentimo-nos muito mais profissionais. A produção e a forma como tocamos ao vivo está a ficar mesmo coesa! Tocar concertos faz-te bem à saúde!
O som está brutal, onde é que o gravaram e quem tratou da produção?
Trabalhámos com o Andreas Linnemann, que também tinha feito o EP e o “Danse Macabre”. Ele conhece-nos e sabe como queremos que as coisas soem. Adoramos tanto o seu trabalho que ele também tratou da mistura.
Gravaram “No Guts No Glory” de uma banda que todos adoramos, Bolt Thrower. Porquê a decisão de gravar uma cover e porquê esta em particular?
Pensamos que as covers de músicas de metal clássico são fantásticos. Os Havok fizeram umas covers brutais de Slayer, por exemplo. Todos adoramos Bolt Thrower e esta canção tem um lugar especial reservado nos nosso corações por causa do nosso primeiro agente de digressão, Peter. Então é a nossa homenagem a ele e aos Bolt Thrower!
Como disse, vocês estiveram na estrada no ano passado e vão embarcar agora numa digressão com os Aborted e Entombed A.D. que vai chegar a Portugal em Novembro. Como é que te sentes em andar em digressão com tais lendas do death metal?
Sentimo-nos a banda mais sortuda da Terra. Temos a oportunidade de provar o nosso valor todas as noites, com os padrinhos do grind e os fundadores do clássico death metal sueco – e eles até são nossos companheiros de digressão na Century Media. Não há melhor oportunidade para uma banda jovem.
Quão de “Venenum” vamos poder ouvir no vosso alinhamento?
O quanto for possível – talvez vocês nos possam dar uma série de sugestões? Vamos tentar fazer um alinhamento especial para Portugal!
Acho que agora vão ter mais tempo para explorar este álbum que o anterior ou será que vamos falar novamente daqui a oito meses?
Ninguém sabe! Mas sabemos que só vamos ter tempo para dormir quando estivermos mortos por isso talvez.
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