Report

WOM Report – Destroyers Of All, Equaleft, Chaos Addiction @ Woodstock 69 Rock Bar, Porto – 19.04.25

No início do mês passado, os conimbricenses Destroyers Of All editaram o seu terceiro álbum “In Darkness We Remain”, e com ele vieram os obrigatórios concertos de apresentação/promoção. No Porto, a cidade “onde sempre os acolhem tão bem” (de acordo com o vocalista João Mateus), aconteceu na noite de 19 de Abril, no Woodstock 69 Rock Bar, na companhia dos Chaos Addiction e dos Equaleft.

Os primeiros são uma espécie de super-grupo: membros e ex-membros de várias outras bandas do nosso underground, liderados pelo carismático guitarrista dos Terror Empire, Rui Alexandre – conhecido pela maioria como Rui da Mosher e por alguns como Satan – que aqui também explora os seus dotes vocais. O projecto é relativamente recente, o álbum de estreia “há-de sair um dia”, mas temas como “Worst Things First”, “Yet I Live” ou “Sinto Muito” prometem um thrash cheio de speed, algo “apunkalhado” aqui e ali, a fazer jus ao “chaos” do seu nome. No final, Rui anunciou “agora sim, o nosso tema mais conhecido”, tratando-se da cover de “Davidian” dos Machine Head.

Os segundos deram o seu primeiro concerto como quarteto. Quer dizer, oficialmente – quem conhece os Equaleft há mais de uma década, certamente que está recordado de uma altura em que eram mais os concertos que, por um motivo ou por outro, davam sem um membro, do que aqueles em que toda a formação subia ao palco. Mas agora essa formação está fixada em quatro músicos e não há intenções de alterá-la. Confesso que estava apreensiva, e não só pela paixão assolapada que tenho pelo som do baixo; uma coisa, é usar backtracks em intros, ou os ocasionais samples electrónicos, e outra é usar linhas de baixo de músicas inteiras. Mas o profissionalismo que lhes assiste permitiu uma sincronização perfeita com as gravações, a performance do seu groove característico sem sofrer qualquer dano. Tocaram alguns dos temas mais imponentes do mais recente trabalho, “Momentum” (como “And It Will Thrive”, “Endure” ou “Hearless Machine”) mas sem esquecer as “glórias passadas” de “Invigorate”, “Overcoming” ou “We Defy”, com que encerraram o concerto – antes da distribuição dos húngaros, claro está.

Também os Destroyers Of All, novo álbum ou não, têm os seus “clássicos”, pelo que houve muito mais que os temas de “In Darkness We Remain” – pessoalmente, eu deserdava-os se não tivessem tocado “False Idols” e “Tormento”. Mas mesmo as mais recentes, como “Insaniam”, “Gehenna” ou “Neurosis”, pareciam ser já do agrado do público – ou isso, ou simplesmente o feedback merecido à sua prestação; as estruturas elaboradas do seu thrash são, por si só, combustível para a animação dos metaleiros, mas o afinco e toda a expressividade que levam para o palco são catalisadores naturais para essa mesma animação, que terminou com “Into The Fire”. O Porto recebe-os bem? Não há motivo para qualquer local fazer o contrário.

Texto e fotos Renata Lino
Agradecimentos Equaleft


 

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