WOM Report – Glassjaw, Ash Is A Robot, Algumacena @ Lisboa Ao Vivo, Lisboa – 23.06.19
Depois de uma noite explosiva no Porto, era a vez dos Glassjaw arrasarem em Lisboa, mais concretamente no Lisboa Ao Vivo, uma sala que se encheu e fez sentir que era lá dentro que se sentia que era Verão contrariando o tempo chuvoso do exterior. Tal como no Porto, a banda nova-iorquina contou com duas bandas nacionais na abertura e em Lisboa essa honra coube aos Ash Is A Robot e aos Algumacena, onde a noite começou precisamente.
Com uma sala já muito bem composta, os Algumacena subiram ao palco e impressionaram todos os presentes. Sendo apenas o quinto concerto, este duo definitivamente ficou marcado na memória de todos os presentes. Com Alex D’Alva Teixeira na voz, guitarra e parafernália de pedais de efeitos e com Ricardo Martins na bateria. Uma sonoridade simples mas que devido aos já referidos pedais (principalmente de loop) e a um volume absurdamente alto, conseguiu preencher muito bem o espaço que estaria reservado aos outros instrumentos. Foi uma excelente introdução e a impressão deixada foi muito boa, particularmente impressionante a prestação de Ricardo.
A segunda banda lusitana a subir ao palco do LAV foram os setubalenses Ash Is A Robot. O seu pós-hardcore é bem dinâmico em termos auditivos e ainda mais é com a performance em cima do palco, principalmente Cláudio Anibal, o vocalista, que não parava quieto, malabarismos com o microfone e saltos para cantar no meio do público incluídos. A sala por esta altura já estava muito bem composta e a actuação da banda, apesar de alguns problemas técnicos que perturbaram a sua fluidez. O protagonismo do alinhamento foi dividido entre o álbum auto-intitulado de estreia e o segundo “Return Of The Pariah (The Chronicles Of Edward)” com o destaque para os temas “Shipwrecked On Dry Land” e “Cosmic Russian Doll On Afterlife Effect”.
Apesar de, como já termos referido, a sala estar muito bem composta, notou-se a diferença conforme a preparação do palco para os Glassjaw avançava. Isso e a temperatura, que estava a subir a olhos vistos. A condizer com a actuação explosiva da banda de Nova York. Principalmente como começou, uma sequência explosiva onde pudemos ouvir de seguida”Cut And Run”, “Tip Your Bartender” (cantada em uníssono pelo público num grande momento de comunhão com a banda), “You Think You’re (John Fucking Lennon)”, uma maneira alucinante de abrir qualquer concerto e que deu logo a entender como seria o resto do concerto.
Só antes de “Pink Roses” é que houve hipótese de respirar novamente mas também com esse tema era garantido que o público iria-se juntar na tarefa de cantar com Daryl Palumbo, algo que causa sempre um belo efeito. As escolhas no alinhamento centraram-se sobretudo entre o inevitável (e marcante), “Worship And Tribute” e o mais recente “Material Control” com algumas incursões (poucas) pela estreia “Everything You Ever Wanted to Know About Silence” e outros momentos da sua carreira discográfica. Sempre com bom humor e humildade, os Glassjaw tiveram o público desde o início consigo e nunca mais o largaram, mesmo em alguns momentos mais introspectivos como “The Gillette Cavalcade of Sports”.
O final seria esmagador com a “Siberian Kiss” do já mencionado álbum de estreia, com o público em êxtase. Êxtase esse que permitiu ter esperança para que voltassem ao palco mesmo após terem anunciado que seria o final. Tal não se verificaria mas mesmo assim, todos saíram de barriga cheia tanto em quantidade como em qualidade. E apostamos que a banda também. Na eventualidade de uma nova visita, já se sabe qual será o resultado: épico.
Texto Fernando Ferreira
Fotos Sónia Ferreira
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