Review

WOM Report – Kaipa / Derek Sherinian / Zero Hour / Dead Register

Kaipa – “Urskog”

2022 – InsideOut Music

Os Kaipa serão, provavelmente, uma das melhores bandas de rock progressivo que são subvalorizadas. Não têm um álbum mau ao longo de uma longa carreira e cada vez que têm um trabalho novo cá fora, já se sabe isso por antecipação. Afinal tem sido assim desde 1975, com mais ou menos espaço de intervalo entre discos. “Urskog” não é excepção tal como foi antecipado. Não é propriamente um disco que nos forneça aquela música que nos entra imediatamente mas sim um trabalho que percorremos por mais de uma hora e o qual queremos ouvir de seguida. E se não queremos, não é também por parti-lo em bocados que vai mudar a vossa opinião. Não, é para ouvir de uma vez só e viajar por ambiências progressivas e divagantes como só os suecos sabem tecer. Rock progressivo no seu melhor, sem surpresas.

9/10
Fernando Ferreira


Derek Sherinian – “Vortex”

2022 – InsideOut Music

Cada novo disco a solo de Derek Sherinian tem o mesmo impacto em igual ao de um guitarrista shred, seja ele qual for. Isto é, entusiasmo instântaneo. E não me recordo de ter igual entusiasmo por outros teclistas a solo, talvez excepção feita seja para Warmen. No caso de Sherinian isso acontece principalmente porque a sua abordagem ao teclado a nível de interpretação é, em muitos sentidos, semelhante à da guitarra. E claro que a cada trabalho a solo também temos sempre convidados (guitarristas) de luxo. O lote aqui é bastante rico nesse aspecto, com nomes como Nuno Bettencourt, Joe Bonamassa, Zakk Wylde, Michael Schenker, Bumblefoot entre muitos outros. Disco indicado para quem gosta de música instrumental, ora mais rock, ora mais blues, ora mais jazz de fusão.

9/10
Fernando Ferreira


Zero Hour – “Agenda 21”

2022 – Frontiers Music

Não querendo parecer mais arrogante daquilo que sou, é sempre bom encontrar bandas que ainda não conheço e que já têm uma carreira considerável. Principalmente quando o impacto do seu som é bastante elevado. Os norte-americanos Zero Hour têm já uma carreira considerável apesar do interregno que tiveram entre 2008 e 2020. A banda cessou funções devido à lesão do baixista Troy Tipton mas decidiram voltar em 2020 com uma nova formação, mantendo-se apenas o guitarrista Jasun Tipton e indo buscar o vocalista Erik Rosvol. Metal progressivo tradicional – ou seja, a lembrar Fates Warning – e com um excelente gosto na criação de melodias e de temas que são tão complexos como apelativos. Há também aqui certos momentos em que nos lembra Death e Atheist instrumentalmente nos seus momentos de menor intensidade. Um excelente disco de regresso e uma das melhores coisas prog de 2022.

9/10
Fernando Ferreira


Dead Register – “Alive”

2022 – Seeing Red

Devo confessar que a primeira abordagem, com as guitarras meio djenty, não foi propriamente animadora. Não que deteste o género, como já disse algumas vezes, apenas porque aquele som característico tende a tornar-se aborrecido depressa. Felizmente que não é o que acontece aqui, havendo muita dinâmica ao nível do som de guitarra como também dinâmica à qual também se junta a fantástica voz de M. Chvasta. Os fantásticos ambientes que são criados também ajudam e muito a que este seja um álbum com alcance bem superior ao esperado. Um álbum que nos vai hipnotizando mesmo que o primeiro impacto não seja tão agradável como aquele que descrevi. Progressivo, ambiências pós-rock e pós-punk mas acima de tudo um álbum único.

8.5/10
Fernando Ferreira


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